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03/01/2025 às 12h42min - Atualizada em 03/01/2025 às 12h42min

Por enquanto, Brasil está fora do giro latino-americano para denunciar Nicolás Maduro

Itamaraty e Planalto veem com cautela movimento de oposicionista venezuelano Edmundo González

Redação North News
com informações CNN
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
 
Apesar do anúncio de que fará um giro pela América Latina para denunciar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o oposicionista Edmundo González ainda não tem agenda prevista no Brasil para encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Até agora, não teria chegado ao conhecimento do Palácio do Planalto ou do Itamaraty um pedido para reunião o presidente do Brasil.

Sob reserva, diplomatas brasileiros avaliam que não seria prudente ao receber González diante das tentativas de o país se colocar como mediador entre governo e oposição, na Venezuela, por uma saída pacífica sobre as eleições locais.


Edmundo González informou, no “X”, sobre a viagem: “Começa nossa viagem pela América Latina. Primeira parada: Argentina”, escreveu.
 
 
 
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou vitória de Maduro contra González, nas eleições presidenciais de 28 de julho, mas jamais apresentou as atas com os registros das urnas. Maduro toma posse na próxima sexta-feira (10) para um novo mandato de seis anos.

Países como Estados Unidos, Argentina e muitos europeus reconheceram González com vencedor. O Brasil não atestou a vitória de Maduro e cobra a apresentação das atas, mas também não reconhece o oposicionista como presidente legítimo.

O giro latino-americano de González ocorre, simultaneamente, a um anúncio do governo Maduro de uma recompensa de 100 mil dólares por informações sobre o paradeiro do opositor.

O oposicionista está asilado na Espanha desde setembro e tem mandado de prisão expedido pelo governo venezuelano.

Após o resultado das eleições que reconduziu Maduro ao poder, Lula buscou outros países, a exemplo do México e Colômbia para pressionar a Venezuela pela apresentação das atas eleitorais, posteriormente, colocadas sob sigilo pela Suprema Corte do país.

Apesar de ainda não haver previsão de receber González em Brasília, Lula enviará à posse de Maduro a diplomata Glivânia Maria de Oliveira, embaixadora do Brasil em Caracas.

A tensão entre Brasil e Venezuela aumentou após Lula orientar, pessoalmente, veto à entrada do país vizinho à Cúpula dos Brics.

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