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08/01/2025 às 11h26min - Atualizada em 08/01/2025 às 11h26min

Meta encerra checagem de fatos nos EUA e mudança deve ser global

Entenda melhor alterações e redes afetadas; o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou o fim do sistema de verificação de fatos e o lançamento do recurso ‘notas da comunidade’

Redação North News
com informações CNN
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg (Foto: David Paul Morris / Bloomberg via Getty Images)
 
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou nesta terça-feira uma grande mudança nas plataformas Facebook, Instagram e Threads: o sistema de verificação de fatos (fact-checking) realizado por terceiros está sendo oficialmente descontinuado nos Estados Unidos.

Para não encerrar totalmente a checagem de informações, a empresa planeja implementar o modelo de “notas da comunidade”, um recurso semelhante ao que já está sendo utilizado no X. Além disso, o setor da companhia de checagem de fatos continuará funcionando para assuntos mais graves.

De acordo com Zuckerberg, a mudança está sendo realizada para evitar cenários ruins e reduzir a quantidade de publicações e perfis de pessoas que foram acidentalmente removidos devido ao serviço de checagem de fatos. O CEO afirma que a companhia trabalhará em conjunto com a administração do presidente eleito dos EUA, Donald Trump.


“É hora de voltar às nossas raízes em torno da liberdade de expressão. Estamos substituindo verificadores de fatos pelo [recurso] notas da comunidade, simplificando nossas políticas e focando em reduzir erros”, disse Zuckerberg.

O que muda?
Por enquanto, as mudanças estão limitadas aos Estados Unidos. Contudo, com as declarações de Zuckerberg sobre supostas censuras por parte de governos na Europa e América Latina, é provável que essas alterações também sejam implementadas globalmente.

No caso do Brasil, ainda não há uma definição clara, mas o Ministério Público Federal (MPF) já solicitou explicações da empresa sobre o encerramento do sistema de checagem de fatos no país.

Até então, Facebook, Instagram e Threads utilizavam um sistema de verificação que buscava garantir a disseminação de informações confiáveis em mais de 26 idiomas; o propósito era combater notícias falsas (fake news), especialmente relacionadas a conteúdos políticos. Para realizar esse trabalho, a companhia contava com o apoio de dezenas de organizações especializadas.

A partir de agora, a Meta deixará de verificar conteúdos de menor gravidade. Segundo Zuckerberg, o objetivo é reduzir os casos de publicações e perfis removidos pelo sistema, a fim de promover uma maior liberdade de expressão.

A equipe de “confiança, segurança e moderação de conteúdo” da empresa passará a focar exclusivamente em publicações de alta gravidade que possam representar violações legais, como terrorismo, exploração sexual infantil, drogas, fraudes e golpes.

Nos casos de menor gravidade, os usuários poderão utilizar o recurso “notas da comunidade”, um mecanismo que permite adicionar informações para alertar a plataforma sobre a possível impropriedade de um conteúdo. Diferentemente do sistema de checagem de fatos, que contava com profissionais dedicados à verificação de publicações e perfis, esse modelo permite que a própria comunidade identifique e sinalize conteúdos potencialmente prejudiciais.

Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp
Em um comunicado oficial, a Meta anunciou que a novidade será implementada gradualmente no Facebook, Instagram e Threads.

Além do encerramento do sistema de checagem de fatos e da inclusão do recurso ‘notas da comunidade’, o CEO informou que as plataformas voltarão a permitir a recomendação de conteúdos relacionados à política.

O comunicado oficial da Meta não faz nenhuma menção ao WhatsApp.

Em março de 2024, surgiram informações indicando que a Meta já havia reduzido os recursos destinados às empresas de checagem de fatos no Brasil, especificamente em relação ao WhatsApp. Na época, foi divulgado que os cortes chegaram a 30%.

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