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28/11/2024 às 21h13min - Atualizada em 28/11/2024 às 20h04min

Um Ano do Programa "Economia em Alta" na Rádio Alta Potência

Por Paulo Galvão Júnior (1)

Paulo Galvão Júnior

Paulo Galvão Júnior

Economista paraibano, autor de 18 e-Books de Economia, conselheiro do CORECON-PB e diretor secretário do Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da PB.

Fonte: Like Mídias Digitais.
Considerações Iniciais

Estimado/a leitor/a, no dia 28 de novembro de 2023, o programa "Economia em Alta" estreava na Rádio Alta Potência, uma rádio web, localizada no bairro da Torre, no município de João Pessoa, no estado da Paraíba, Brasil, trazendo um formato inovador e acessível de discutir economia com a sociedade.
 
O primeiro entrevistado foi o economista paraibano Francisco Barros, eleito pelo Conselho Regional de Economia da Paraíba (CORECON-PB), o Economista do Ano 2023 na Paraíba, e seu tema foi à economia paraibana. Ontem, foi a CEO da JC Capital, Jennifer Chen, direto de São Paulo, pelo Google Meet. Hoje, ao celebrarmos um ano dessa jornada online, é momento de refletir sobre os resultados alcançados e os desafios superados no Brasil. 
 
Desde o início, o objetivo do programa “Economia em Alta” foi claro, descomplicar a economia. Toda terça-feira, a partir da 19h, como economista paraibano, conselheiro efetivo do CORECON-PB, atual diretor secretário do Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da Paraíba (FCF-PB) e apresentador do programa, em parceria com o operador técnico, Anderson Rodrigues, tentarmos mostrar como a Economia afeta diretamente a vida das famílias, das empresas, das cooperativas, dos municípios, dos estados, dos países, além dos exportadores e importadores.
 
Para isso, cada entrevista abordou temas diferentes como Economia Paraibana, Reforma Tributária, Economia Brasileira, Agronegócio, Cooperativismo de Crédito, Cryptomoedas, Educação Financeira, Transposição do Rio São Francisco, Economia Nordestina, Comércio Exterior, G20, BRICS, G7, Canadá, entre outros temas, sempre com uma linguagem simples, objetiva e conectada ao cotidiano. 
 
A Conexão com a Audiência Online 

O atual sucesso do programa “Economia em Alta” é resultado de um diálogo direto e constante com os ouvintes. Ao longo desse um ano, recebemos dezenas de perguntas, sugestões, recados, elogios e depoimentos pelo chat do YouTube, que enriqueceram as pautas e tornaram cada entrevista um espaço de aprendizado mútuo. Momentos como a Reforma Tributária e os seus impactos econômicos foram destaques que reforçaram a missão de levar informação de qualidade ao público.
 
O programa “Economia em Alta” apoiou todas as iniciativas de crescimento do agronegócio paraibano, em parceria com a Rádio Agro Hoje, no Mato Grosso, estado líder do agronegócio brasileiro. Recordo como se fosse hoje a ligação pelo WhatsApp do ex-secretário da Agricultura do estado da Paraíba, o advogado e produtor rural Romulo Montenegro, pela manhã, bem cedo, questionando quando seria a sua relevante entrevista na Rádio Alta Potência. Naquele dia, estava pensando em desistir, parar, dá um tempo, devido aos sérios problemas familiares, financeiros e motivacionais por poucos patrocinadores, então, o entusiasmo retornou e fiz uma das melhores entrevistas sobre o agronegócio nordestino, com mais de 300 visualizações até hoje. 
 
Outra entrevista marcante foi com o presidente do Centro Acadêmico de Economia (CAECO) Janser de Araújo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o estudante Pedro Augusto, além de estagiário do Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da Paraíba (FCF-PB), nas comemorações aos 30 anos do CAECO, com mais de 790 visualizações até o presente momento.
 
Entrevistas e Programas Especiais

O ponto alto do programa “Economia em Alta” foram às entrevistas com economistas, contadores, administradores, empresários, professores e estudantes de Economia e profissionais de outras áreas. Entre os convidados, nomes de relevância municipal, estadual, regional, nacional e internacional compartilharam suas visões sobre os rumos da economia pessoense, paraibana, nordestina, brasileira, sul-americana e global. Essas conversas trouxeram diferentes perspectivas, ampliando o alcance e a profundidade do conteúdo apresentado. 
 
Ocorreram três programas especiais do “Economia em Alta”, o primeiro programa especial foi para divulgação dos 5 anos do FCF/PB, com a presença do presidente e do sócio fundador do FCF/PB, o economista Celso Pinto Mangueira e o economista João Bosco, respectivamente. Além da divulgação do III Seminário do FCF/PB intitulado “A Interiorização do Desenvolvimento da Paraíba: Oportunidades e Desafios”, com o apoio total do CORECON-PB, na presença do presidente e vice-presidente, os economistas Celso Mangueira e João Bosco.
 
O segundo programa especial foi o lançamento na Paraíba do e-book intitulado “Investimentos no Agronegócio: Como investir em ativos financeiros do agro brasileiro?”, pela Editora Ciência Capital. Eu sou um dos autores do livro em parceria com a estimada economista paulista Katherine Buso e o estimado jornalista paulista Ronaldo Luis Araujo. O e-book foi lançado oficialmente na Rádio Agro Hoje, pela economista Katherine Buso, CEO da BlueBI Solution.
 
O terceiro programa especial foi o lançamento oficial do meu segundo e-book sobre o Canadá intitulado “A Importância do Canadá no G7 e G20”, com coletânea de 13 artigos publicados na minha coluna digital do Portal North News, em Toronto, na província de Ontário, no Canadá.
 
Impactos e Projeções Futuras

Para além da informação, o programa "Economia em Alta" também se consolidou como um canal online de valorização do economista na Paraíba. No estado da Paraíba nasceu o maior economista brasileiro de todos os tempos, Celso Monteiro Furtado (1920-2004). O progroma "Economia em Alta" começou tratando sobre a economia paraibana, e, sobretudo, destacando livros de economistas paraibanos.
 
Nesse artigo comemorativo, é fundamental rever esta seleta lista de obras de Economia ou não, revistas divulgadas por quase uma hora no programa ao vivo e eternizadas nas gravações do programa pelo YouTube e destacar 20 delas: 1. A Paraíba que Podemos Ser: Da Crítica a Ação contra o Atraso, de Rômulo Soares Polari; 2. Revista Economistas, do COFECON. 3. The Wealth of Nations, de Adam Smith. 4. Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico, de Celso Furtado. 5. Celso Furtado 100 anos, de Celso Mangueira e Márcia Paixão (Organizadores); 6. O Paraibano Celso Furtado: centenário de um pensador genial, de Rômulo Polari e Ivan Targino (Organizadores); 7. Canadá, da Folha de São Paulo; 8. Dicionário de economia do século XXI, de Paulo Sandroni. 9. Formação Econômica do Brasil, de Celso Furtado; 10. Celso Furtado: a esperança militante, de Cindoval de Sousa, Ivo Marcos e José Luciano Barbosa (Organizadores); 11. Revista Nordeste, liderada pelo jornalista Walter Santos; 12. Celso Furtado e o século XXI, de João Saboia e Fernando de Carvalho (Organizadores); 13. Revista Moçada Que Agita, liderada pelo jornalista Anchieta Maia; 14. Desenvolvimento como Liberdade, de Amartya Sen; 15. Revista Economistas, do COFECON; 16. A Dor da Pobreza: Uma Dor de Mundo, de Zélia Almeida; 17. Economia Brasileira Contemporânea, de Fabio Giambiagi e Andre Villela (Organizadores); 18. Investimentos no Agronegócio: Como investir em ativos financeiros do agro brasileiro?, de Katherine Buso, Paulo Galvão Júnior e Ronaldo Luis Araújo; 19. A Paraíba e seus Problemas, de José Américo de Almeida; e 20. Paraíba: Desenvolvimento econômico e a questão ambiental, de Antonio Sergio Tavares de Melo e Janete Lins Rodriguez.
 
Com o sucesso do primeiro ano, os planos para o futuro incluem novas parcerias com instituições acadêmicas e a expansão do programa para duas horas, contando com novos patrocinadores nacionais e internacionais. Dessa forma, queremos alcançar ainda mais pessoas no Brasil e no mundo, em especial, os ouvintes dos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade economicamente mais consciente. 
 
Agradecimentos 

Esse um de aniversário não seria possível sem a confiança dos ouvintes pelo YouTube, mais de 6 mil, exatamente 6.723 visualizações entre 28 de novembro de 2023 e 27 de novembro de 2024, a cada um que nos acompanhou ao longo desse primeiro ano, meu mais sincero agradecimento. "Economia em Alta" é mais do que um programa online; é um compromisso com a educação econômica, a transformação social e a conscientização ambiental.
 
Meus sinceros agradecimentos ao suporte técnico, administrativo e comercial da estimada equipe da Rádio Alta Potência. Muito obrigado a CEO da Rádio Alta Potência, o farmacêutico Sergio Luis. Muito obrigado ao operador técnico, Anderson Rodrigues. Aos colegas apresentadores desde novembro de 2023, Adauto Brito, Dry, Wallen, Zeca Mendonça e Sérgio Farmacêutico. Muito obrigado ao responsável técnico pela criação dos cards, Krystian Comberlang, da Like Mídias Digitais.
 
Meus agradecimentos aos patrocinadores, em especial, a BlueBI Solution (São Paulo, Brasil), como também, os patrocinadores que já não estão conosco por diversos motivos, como a Companhia Usina São João (Santa Rita, Brasil), Arruda Consulting (Porto, Portugal), Investimentos Projetos Econômicos e Financeiros, da estimada economista paraibana Lucia Jefersonia Ramalho (João Pessoa, Brasil) e Canada Intercambio (Vancouver, Canadá).
 
Meus agradecimentos especiais aos entrevistados, 11 mulheres e 41 homens, pelas relevantes reflexões e informações do tema tratado em sua entrevista. Sua colaboração profissional foi fundamental para alcançar um ano de programa “Economia em Alta”, o único programa de rádio da Paraíba que é exclusivo sobre o tema Economia. No dia 27 de novembro foi entrevistada a Jennifer Chen, CEO da JC Capital, em São Paulo. Enquanto, em Brasília, no mesmo dia, foi anunciado as Medidas de Fortalecimento da Regra Fiscal, para economizar R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos.
 
Reflexões das entrevistas
em 28 de novembro de 2024 do economista Paulo Galvão Júnior na Rádio Correio 98.3 FM  e na Rádio 100.5 FM Líder sobre o Pacote Fiscal 

Eu comecei a estudar Economia a partir de 9 de novembro de 1989, com a queda do Muro de Berlim. Já são 35 anos de leitura de Economia. Ontem, o governo federal lançou um pacote fiscal, em Brasília, e planeja economizar R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos, 2025 e 2026.

Devido ao pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não é economista, mas sim advogado paulista, pela primeira vez na história da economia brasileira o dólar americano foi cotado a R$ 6,00, às 11h28. O dólar alto provoca vantagens e desvantagens ao mesmo tempo. Para os exportadores do agronegócio maior lucro nas exportações de commodities agrícolas, por exemplo. Já para os importadores do agronegócio menor lucro com o aumento do custo de produção nas importações de fertilizantes, por exemplo.

O índice Bovespa caiu, estamos operando com 125.947 pontos. Já tivemos resultados negativos com outro Fernando, e resultados positivos, com outro Fernando.

Com o Fernando Collor de Mello, ex-presidente do Brasil, economista carioca responsável ao lançar com a então ministra da Economia, a economista paulista Zélia Cardoso, sua prima, o Plano Collor em 16 de março de 1990. Foi o pior plano econômico e a recessão econômica foi de 4,3% em 1990.

Já obtivemos resultados positivos com o Fernando Henrique Cardoso, ex-ministro da Fazenda, sociólogo fluminense ao idealizar as três etapas do Plano Real. Foi lançado pelo presidente Itamar Franco e pelo ministro da Fazenda Rubens Ricupero em 1 de julho de 1994. Devido ao sucesso do Plano Real, foi eleito presidente do Brasil por duas vezes e governou a República Federativa do Brasil de 1 de janeiro de 1995 até 1 de janeiro de 2023.

30 anos depois do Plano Real, com o Fernando Haddad, surgiu ontem, em 27 de outubro de 2024, o pacote fiscal com várias medidas econômicas, uma política fiscal contracionista, de redução dos gastos públicos. É preciso estar bem atento as principais medidas contra a elevada dívida pública bruta do Brasil, no patamar de R$ 8,93 trilhões, em setembro de 2024. Dentre as medidas destacam-se:

1. Isentar Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) para quem ganhar até R$ 5 mil e terá impacto de R$ 35 bilhões;
2. Criação de novas faixas de impostos, de até 10%, para quem ganha acima de R$ 50 mil por mês (R$ 600 mil por ano). Com a finalidade de aumentar a arrecadação tributária, mas de prevalecer o princípio da neutralidade fiscal. Ou seja, ser mais progressiva, de modo que quem ganha menos pague menos, e quem ganha mais pague mais;
3. Idade mínima para militares entrarem na reserva;
4. Abono salarial restrito a quem ganha até R$ 2.640, corrigido pela inflação até atingir 1,5 salário mínimo;
5. Limite para transferências de pensões militares;
6. Limitação de supersalários no setor público para corrigir brechas na legislação sobre os salários ao teto constitucional;
7. Mudanças na regra do salário mínimo, limitar o ritmo de crescimento do salário mínimo nos próximos anos, o que reduzirá o valor pago em aposentadorias, pensões e benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O salário mínimo que é hoje é de R$ 1.412,00 passará para R$ 1.515,00, em 2025, ou seja, um aumento nominal de R$ 103,00, ou seja, um crescimento relativo de 7,29%. O que podemos comprar atualmente com R$ 103,00 no Supermercado Ajubá? A dona-de-casa poderá comprar 9 (nove) quilos de maçãs nacionais. Ou pintor poderá adquirir uma cachaça Matuta do rótulo preto no período da Black Friday;
8. Ampliação da política de proteção dos recursos do BPC, de modo que o benefício seja rigorosamente destinada a quem precisa, dentro do que determina a Constituição Federal de 1988. Será combatida a "indústria" criada em torno desse benefício, em outras palavras, como obter a concessão sem perícia médica, por exemplo. Evitar fraudes.

Mas, é bem provável, que aposentados, pensionistas e beneficiados por programas sociais vinculados ao salário mínimo (como o BPC) devem arcar com a maior parte do corte de gastos anunciado pelo governo federal em Brasília.
 
Faços votos que o atual Fernando conseguia levar o Brasil para o seleto grupo dos países desenvolvidos, como o Canadá, em pleno século XXI, porque outros dois Fernandos, ambos não conseguiram realizar essa grande conquista para o povo brasileiro. Sonhamos com o Brasil próspero, justo e sustentável. Um Brasil de economia avançada e de renda per capita alta e de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito elevado, como o Canadá.

Mas, diariamente, enfrentamos uma péssima distribuição de renda nas cinco regiões do País. Estamos entre os vinte países mais desiguais do mundo. A Paraíba é o estado mais desigual do Brasil, com Índice de Gini de 0,558. A divisão das classes econômicas no Brasil por salário mínimo é a seguinte na atualidade:

Classe A: Famílias que ganham mais de 20 salários mínimos mensais, com uma renda média acima de R$ 28.240,00 por mês;
Classe B: Famílias que ganham entre 10 e 20 salários mínimos mensais. De R$ 14.120,00 até R$ 28.240,00 por mês;
Classe C: Famílias que ganham entre 4 e 10 salários mínimos mensais, ou seja, com rendimentos de R$ 5.648,00 até R$ 14.120,00 por mês;
Classe D: Famílias que ganham entre 2 e 4 salários mínimos mensais. De R$ 2.824,00 até R$ 5.648,00 por mês; e
Classe E: Famílias que ganham até 2 salários mínimos mensais. De R$ 0 até R$ 2.824,00 por mês.  

O pacote fiscal será enviado ao Congresso Nacional e precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em Brasília, para virar mais uma lei no continental, populoso, emergente, tropical e desigual Brasil. Para entrar em vigor em 1 de janeiro de 2026.

Considerações Finais

Enfim, que venha 2025, ano que será da busca das primeiras entrevistas internacionais pelo Google Meet e de novos patrocinadores nacionais e internacionais. Lembrando aos estimados leitores do Portal North News e ouvintes do Programa "Economia em Alta", o ouro do século XXI é o conhecimento! Muito obrigado! Merci beaucoup! Thank you very much!
 
(1) Paulo Galvão Júnior é economista paraibano, conselheiro efetivo do CORECON-PB, diretor secretário do Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da Paraíba, palestrante, apresentador do programa "Economia em Alta" na Rádio Alta Potência e autor de 18 e-books de Economia, cujo último e-book foi “A Importância do Canadá no G7 e G20”: https://paulogalvaojunior.com.br/canada/
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