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28/04/2025 às 21h52min - Atualizada em 28/04/2025 às 21h45min

Apagão na Europa provoca o caos

Por Paulo Galvão Júnior (*)

Paulo Galvão Júnior

Paulo Galvão Júnior

Economista paraibano, autor de 18 e-Books de Economia, conselheiro do CORECON-PB e diretor secretário do Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da PB.

1. Considerações Iniciais

Estimado(a) leitor(a) lusófono(a) do Portal North News, começou pela manhã do dia 28 de abril de 2025, em doze países europeus – Portugal (10,6 milhões de  hab.), Espanha (47,4 milhões de hab.), França (67,8 milhões de hab.), Alemanha (83,2 milhões de hab.), Itália (59,0 milhões de hab.), Bélgica (11,7 milhões de hab.), Andorra (78 mil hab.), Países Baixos (17,6 milhões de hab.), Suécia (10,5 milhões de hab.), Suíça (8,9 milhões de hab.), Grécia (9,9 milhões de hab.) e Noruega (5,2 milhões de hab.) – o maior apagão dos últimos anos.

A interrupção no fornecimento de energia elétrica, provavelmente, mergulhou no máximo 331,2 milhões de pessoas no caos, afetando serviços públicos essenciais e gerando um impacto econômico e social sem precedentes. Não há informações precisas sobre o número exato de europeus atingidos pelo apagão, que gerou tumulto e medo.

Atualmente, três hipóteses estão em análise pelas autoridades europeias e são consideradas as mais prováveis como causas do apagão histórico que afetou doze países europeus: i) Fenômeno atmosférico raro; ii) Ataque cibernético; e iii) Falhas técnicas em linhas de alta tensão.

Estas três hipóteses refletem o amplo escopo das investigações, que buscam não apenas identificar as causas, mas também propor medidas preventivas para evitar incidentes futuros de semelhante magnitude.

A previsão é que o fornecimento de energia elétrica seja restabelecido o mais rápido possível e no máximo em até 72 horas, mas os danos econômicos já são imensuráveis e os efeitos sobre a vida cotidiana dos europeus têm sido devastadores.

2. O Caos Econômico e Social

Sem energia elétrica, a infraestrutura dos países afetados entrou em colapso, expondo a vulnerabilidade de sistemas interconectados. Semáforos desligados transformaram o trânsito em um verdadeiro caos, gerando congestionamentos severos nas principais cidades europeias. Nos aeroportos, rodoviárias e estações de metrô e de trens, o pânico tomou conta. Passagens suspensas, vagões parados e voos nacionais e internacionais cancelados tornaram viagens praticamente impossíveis.

Hospitais, mesmo com o suporte de geradores de emergência, enfrentaram dificuldades para manter serviços críticos, como UTIs e procedimentos cirúrgicos urgentes. A interrupção no fornecimento de água potável agravou ainda mais a situação, enquanto postos de gasolina se tornaram inoperantes, deixando motoristas sem combustível.

A falta de Internet e outros meios de comunicação dificultaram ainda mais a coordenação de esforços emergenciais, isolando comunidades e amplificando o sentimento de insegurança. Supermercados foram invadidos por consumidores em busca de alimentos, água mineral, lanternas, pilhas, rádios a pilhas e velas, enquanto o uso de dinheiro em espécie voltou a ser essencial devido à falha nos sistemas eletrônicos de pagamento.

As enormes filas nos supermercados provocaram rapidamente o desabastecimento de vários produtos, sobretudo, de alimentos enlatados nas prateleiras. E as filas nos caixas eletrônicos 24h, provocaram a escassez de dinheiro em espécie, o papel-moeda do euro foi bem disputado pelos clientes.

A recomendação anterior de se preparar com um Kit Emergencial para 72 horas, alimentos, água mineral, remédios, pilhas e outros itens básicos de sobrevivência, mostrou-se indispensável durante este apagão misterioso até o presente momento. Provavelmente, um ataque cibernético.

3. As Três Hipóteses como Causas do Apagão na Europa

Nesta segunda-feira, enquanto a energia elétrica não é completamente restaurada, a população nervosa nas ruas, surgem três hipóteses, consideradas como possíveis causas do apagão elétrico de grande escala na Europa:

i) Fenômeno atmosférico raro: Eventos climáticos incomuns, como tempestades geomagnéticas, “poderia” ter desestabilizado as redes elétricas interconectadas, provocando um colapso em larga escala;

ii) Ataque cibernético: A possibilidade de ataques de hackers que “poderia” ter comprometido sistemas críticos de energia é altamente provável, dado o aumento de ataques cibernéticos sofisticados que visam infraestruturas sensíveis; e

iii) Falhas técnicas de linhas de alta tensão: Uma sobrecarga ou erro técnico nas linhas de transmissão de alta tensão da Espanha “poderia” ter desencadeado o colapso, evidenciando a fragilidade das redes elétricas europeias.

4. Considerações Finais

Concluindo, o apagão na Europa Ocidental é um alerta global sobre a fragilidade das infraestruturas modernas e a dependência excessiva de sistemas interconectados. Ele destaca a necessidade urgente de investimentos em segurança cibernética, na modernização das redes elétricas e na elaboração de planos de contingência robustos para enfrentar emergências.

Além disso, o episódio ressalta a importância da comunicação eficaz, da colaboração internacional e de estratégias de resiliência comunitária para reduzir os impactos financeiros de crises futuras. Enquanto os europeus aguardam a restauração completa da energia elétrica, este apagão serve como um lembrete de que a preparação é crucial.

A criação de kits de emergência, a promoção de sistemas de energia descentralizados e o fortalecimento das políticas de segurança são passos fundamentais para evitar que desastres semelhantes ocorram novamente na Europa e no mundo.

Enfim, as pessoas estão seriamente preocupadas, o clima é muito desesperador, pessoas já morreram por diversos motivos, presas nos elevadores ou em decorrência da falta de energia nos hospitais. O apagão não é apenas uma interrupção temporária na Europa; é um chamado à ação para construir um futuro mais resiliente, mais sustentável e, sobretudo, uma preparação para os desafios que estão por vir.

(*) Economista brasileiro. WhatsApp para entrevistas: +55 (83) 98122-7221.
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