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03/03/2022 às 09h01min - Atualizada em 03/03/2022 às 09h01min

Putin monta o cerco

Separatistas cercam Mariupol momentos antes de acordo entre países

Leandro Mendonça
Reprodução/Twitter
Quem estudou a Segunda Guerra Mundial conhece a história do Cerco de Leningrado, cidade que passaria a ser chamada de St. Petersburgo após a dissolução da União Soviética. Esta história foi considerada como uma das mais sangrentas da luta entre nazistas e soviéticos, pois os alemães cercaram a cidade, enfrentaram habitantes que não tinham armas para se defender e foi considerado por muitos historiadores, como o maior cerco a uma cidade na história da Segunda Guerra (quase 900 dias).

Na manhã desta quinta-feira, o prefeito de Mariupol citou a invasão de sua cidade como um novo Cerco de Leningrado. A Rússia precisou cercar a cidade litorânea para enviar suprimentos através do mar e para impedir que ucranianos saiam do país através de navios e trens. O prefeito de Mariupol fez algumas declarações em sua conta no Twitter.

“Eles destruíram pontes e trens para nos impedir de tirar nossas esposas, filhos e idosos”, e continuou, “eles estão tentando impor um bloqueio, como em Leningrado.

Vadim Boitchenko falou a respeito da estratégia de Vladimir Putin em ‘tomar’ sua cidade aos poucos, como os nazistas fizeram com os soviéticos.

“Durante sete dias, eles destruíram deliberadamente a infraestrutura vital de Mariupol. Não temos eletricidade, água e aquecimento. As hordas militares de Putin bombardeiam a cidade e não permitem evacuações dos feridos, mulheres ou crianças”.

O principal interesse de Putin na cidade de mais de 440 mil habitantes é juntar a zona da Criméia com DonBass (área pró-Rússia), através do Mar de Azov.
 
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