Enquanto a Rússia segue com os bombardeios na Ucrânia, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse nesta terça-feira (15) que a aliança continuará a enviar armas e mantimentos para os ucranianos, além de ampliar a presença de tropas nas fronteiras dos países aliados, com 40 mil militares na fronteira com a Ucrânia. No domingo, a Rússia bombardeou Yavoriv, a 25 quilômetros da Polônia, país membro da Otan.
Stoltenberg também disse que está preocupado que a Rússia utilize armas químicas na Ucrânia em uma operação de “bandeira falsa” (um ataque seguido de desinformação sobre os autores). Ele ainda declarou que a China “deveria se unir ao mundo e condenar a Rússia”.
“Mexer com um membro da aliança é mexer com a aliança, por isso combates perto da fronteira com a Polônia nos colocam em alerta, usaremos todos nossos esforços para que não saia do controle”, declarou em entrevista coletiva.
Segundo o secretário-geral, a guerra foi causada por Vladimir Putin e ele poderia “encerrá-la agora”. “A Ucrânia é um parceiro muito valioso pra nós, que continuamos a apoiar com apoio financeiro e militar, além de impor sanções à economia russa para que Putin encerre essa guerra, ele pode fazer isso agora”, destacou o secretário-geral.
A preocupação com o uso de armas químicas também foi tema das perguntas dos jornalistas, mas Stoltenberg prometeu seguir os tratados que proíbem esse armamento: “nós não vamos espelhar o que a Rússia faz, não iremos usar o mesmo tipo de armamento que eles, mas ao mesmo tempo estamos prontos para proteger os aliados e a Ucrânia.”
Segundo o secretário-geral, a Otan segue atendendo a pedidos das forças ucranianas, “enviando baterias antiaéreas e outros armamentos para resistir a esses ataques.”
O secretário confirmou ainda que nesta quarta-feira (16), haverá uma reunião de defesa da Otan, contando com ministros dos países aliados: “no encontro vamos tratar sobre mudanças de estratégias referente a Ucrânia e reavaliar para oferecer uma resposta imediata.”