A Fórmula 1 voltou com tudo este ano. Com a nova geração de motores híbridos (agora chamados de unidades de potência) a disparidade entre as equipes pode aumentar significativamente. A Ferrari, que nos testes de Barcelona mostrou uma excelente evolução comparado ao carro do passado, foi a grande surpresa do início da temporada. Mercedes e Red Bull continuam escondendo o jogo, mesmo com o bom rendimento de Max Verstappen no último dia de treino.
Na primeira corrida da temporada, não veremos Sebastian Vettel com sua Aston Martin. O tetracampeão mundial testou positivo para Covid-19 e vai ceder a vaga para o reserva Niko Hulkenberg. O alemão deixou a titularidade na F-1 em 2020, quando a Force India perdeu a vaga no Grid. A volta de Kevin Magnussen a um carro de Fórmula 1 também será surpresa no GP do Bahrein. O piloto dinamarquês assumiu a vaga de segundo piloto da Haas (que poderia ser de Pietro Fittipaldi) devido a sua experiência na categoria e acordos financeiros com patrocinadores. O brasileiro, piloto imediato da equipe, não conseguiu fechar um acordo com o Banco do Brasil.
A promessa de uma disputa acirrada entre Mercedes e Red Bull continua, mas a concorrência está chegando. A Ferrari, maior campeã da história, está trazendo um carro no mínimo ‘diferente’. Não foi só o vermelho Ferrari que mudou, mas sua Unidade de Potência parece mais forte, com até 15 cavalos a mais que do que as concorrentes. O balanço do carro agradou nos treinos de Barcelona a Charles Leclerc e Carlos Sainz.
Quem promete uma temporada melhor é a Williams. Equipe tradicional, campeã do mundo, mas em decadência nas últimas temporadas, a equipe que leva o nome de Frank Williams mesmo sem pertencer à família, terá Alexander Albon como piloto titular. Mas a decisão não agradou a Mercedes, que fornece os motores à Williams. Agora, Albon (que tem contrato com a Red Bull) terá acesso direto à tecnologia dos alemães. A principal promessa da equipe é a de um chassi melhor, com um downforce no mesmo nível das concorrentes. Deve brigar diretamente com Haas e Alfa Romeo, no final do Grid.
E, por fim, teremos um chinês na F-1. Guanyu Zhou, vice-campeão da Fórmula 2, vai competir pela Alfa Romeo. O asiático ganhou a disputa pela vaga no cockpit contra nomes de peso como Albon, Nyck de Vries (campeão da Fórmula-E) e Oscar Piastri (campeão da Fórmula 2). Zhou vai levar 25 milhões de dólares para sua escuderia, que conta com o veterano Valtteri Bottas.
Nada está ganho antes da largada, então nomes badalados como Fernando Alonso, Gasly, Russel e Pérez podem surpreender. Então, vamos esperar a classificação, às 12h, de Brasília.
O ronco dos motores para o GP do Bahrein começou a surgir!