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21/03/2022 às 12h00min - Atualizada em 21/03/2022 às 12h00min

Avião com 132 pessoas cai no sul da China; não há sinal de sobreviventes

Boeing-737 da China Eastern Airlines saiu de Kunming em direção a Guangzhou; Xi Jinping pede investigações o mais "rápido possível"

Co - autora: Isabela Peixer
CNN
Foto: GETTY IMAGES
Um jato Boeing-737 da China Eastern Airlines que transportava 132 pessoas caiu nas montanhas da região de Guangxi, no sul da China, nesta segunda-feira (21), segundo a Administração de Aviação Civil da China (CAAC).

Segundo a mídia estatal chinesa CCTV, as equipes de resgate não encontraram sinais de sobreviventes.

O avião estava a caminho da cidade de Kunming, no sudoeste do país, para Guangzhou, quando perdeu contato sobre a cidade de Wuzhou. A bordo estavam 123 passageiros e nove tripulantes, disse a CAAC em um comunicado publicado online.

Equipes de resgate estão no local do acidente, onde há fogo visível. “A Administração de Aviação Civil das companhias aéreas da China Eastern ativou o mecanismo de resposta de emergência após a queda de um Boeing 737”, declarou a CAAC.


Acidente

O voo partiu de Kunming às 13h11 locais (02h11 pelo horário de Brasília), mostraram os dados do FlightRadar, e deveria pousar em Guangzhou às 15h05 (04h11).

O avião estava voando a uma altitude de 29.100 pés às 03h20 pelo horário de Brasília. Pouco mais de dois minutos e 15 segundos depois, os dados mostraram que havia descido para 9.075 pés.

Em mais 20 segundos, sua última altitude rastreada foi de 3.225 pés, indicando uma descida vertical de 31.000 pés por minuto, segundo o Flightradar.

Os dados meteorológicos disponíveis online mostraram condições parcialmente nubladas com boa visibilidade em Wuzhou no momento do acidente.

O presidente chinês, Xi Jinping, pediu aos investigadores que determinem a causa do acidente o mais rápido possível e garantam a segurança “absoluta” da aviação, informou a CCTV.

O modelo 737-800 tem um bom histórico de segurança e é o antecessor do modelo 737 MAX, que está parado na China há mais de três anos após acidentes fatais em 2018, na Indonésia, e em 2019, na Etiópia.

Os investigadores tentarão recuperar as duas caixas pretas do avião – o gravador de dados de voo e o gravador de voz da cabine – para ajudar a esclarecer o acidente.

De acordo com a Aviation Safety Network, o último acidente fatal com jato na China foi em 2010, quando 44 das 96 pessoas a bordo morreram quando um jato regional Embraer E-190 da Henan Airlines caiu na aproximação ao aeroporto de Yichun, que estava com baixa visibilidade.

Em 1994, um Tupolev Tu-154 da China Northwest Airlines que voava de Xian para Guangzhou caiu, matando todas as 160 pessoas a bordo e classificando-se como o pior desastre aéreo da China, de acordo com a Aviation Safety Network.


Mercado

O provedor de dados de aviação OAG disse este mês que a estatal China Eastern Airlines era a sexta maior do mundo em capacidade semanal programada de assentos e a maior da China.

A China teve um mercado de aviação doméstico relativamente forte durante a pandemia de coronavírus, apesar das restrições apertadas aos voos internacionais.

O histórico de segurança do setor aéreo da China está entre os melhores do mundo na última década.

“A China Eastern e a China geralmente tiveram um bom histórico de segurança aérea na última década”, disse Shukor Yusof, chefe da consultoria de aviação Endau Analytics, com sede na Malásia.

“A CAAC tem normas de segurança muito rígidas e só precisamos esperar mais detalhes para ajudar a esclarecer a causa plausível do acidente.”

As ações da Boeing Co BA.N caíram 6,4%, para US$ 180,44 no pré-mercado. A Boeing não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

As ações da China Eastern Airlines 0670.HK em Hong Kong fecharam em queda de 6,5% após a notícia do acidente, enquanto suas ações CEA listadas nos EUA caíram 17% nas negociações de pré-mercado.

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