A monarca em exercício mais velha do mundo, a rainha Elizabeth II, comemorou seu 96º aniversário em particular na quinta-feira (21), enquanto Londres comemorava sua soberana com tiros de canhão e bandas militares tocando "Parabéns para você".
Largamente afastada da vida pública por problemas de mobilidade, a soberana, que em fevereiro ultrapassou a marca dos 70 anos de reinado, optou por celebrar o aniversário na calmaria de Sandringham, 200 quilômetros ao norte de Londres.
Ela passou alguns dias na Wood Farm, uma casa relativamente amada por seu marido Philip, que morreu no ano passado, aos 99 anos.
Centenas de pessoas, no entanto, se reuniram do lado de fora do Castelo de Windsor (oeste de Londres), onde ela costuma residir. Uma banda da Coldstream Guards, com túnicas vermelhas e gorros de pele de urso negro, tocou “Parabéns pra você” . A banda disparou dezenas de tiros de canhão, em homenagem à Rainha. Para a ocasião, o Palácio de Buckingham publicou uma foto tirada no mês passado, mostrando a soberana segurando dois pôneis Fell brancos, uma raça do norte da Inglaterra, em frente ao Palácio de Windsor.
O primeiro-ministro Boris Johnson prestou homenagem à soberana no Twitter, referindo-se aos "70 anos de dedicação impecável". Seu neto William e sua esposa Kate saudaram com a frase, "uma inspiração para muitos no Reino Unido, na Commonwealth e no mundo".
Saúde abalada e uso de cadeira de rodas
Segundo a imprensa britânica, ela usaria uma cadeira de rodas e um elevador adaptado teria sido instalado em sua residência escocesa, em Balmoral.
Somando-se a esses problemas, ela pegou Covid-19 em fevereiro. "Deixa a pessoa exausta não é, esta pandemia horrível", confidenciou recentemente a soberana.
“Ela está em ótima forma”, disse seu neto Harry, na quarta-feira, após uma visita surpresa, com a esposa Meghan. O casal agora estabelecido na Califórnia, não a via há dois anos.
Mas a recente viagem de William e Kate às Caraíbas, para celebrar a ligação da monarquia às ex-colônias por ocasião do Jubileu de Platina, por vezes deu origem a confrontos tensos, em particular sobre o passado escravista do Reino Unido, criando dificuldades com países que pensam em se emancipar.
O primeiro-ministro jamaicano Andrew Holness também considerou "inevitável" a transição de seu país, do qual a rainha é chefe de Estado, para um regime republicano.
Twitter/AFP
