Twitter/AFPApós o retorno dos Estados Unidos com a reversão da lei Roe v. Wade pela Suprema Corte, políticos canadenses expressaram seus sentimentos às mulheres que perderam o direito fundamental ao aborto.
"Nenhum governo, político ou homem deve ditar a uma mulher o que ela pode ou não fazer com seu corpo", disse o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, em um post no Twitter.
Ele chamou a notícia de "horrível" e disse que "apoia de todo coração às milhões de mulheres americanas que perderam seu direito legal ao aborto".
Em um comunicado, o líder do Novo Partido Democrático (NDP), Jagmeet Singh, disse que a proibição do aborto ameaça a saúde e a vida das mulheres.
“Você não pode tornar o aborto ilegal; você só pode tornar o aborto seguro. Esta decisão devastadora vai custar à vida de muitas mulheres”, referiu em particular o Sr. Singh, lembrando que esta decisão do Supremo Tribunal representa um retrocesso para os direitos das mulheres.
Por sua vez, o primeiro-ministro do Quebeque, François Legault, falou de um “triste revés contra os direitos de liberdade das mulheres”, depois de a sua colega e ministra responsável pelo estatuto da mulher, Isabelle Charest, ter oferecido o seu apoio às mulheres “que vêem seu direito ao aborto ameaçado".
"Em Quebec, nunca deixaremos esse direito ser questionado", acrescentou Charest.
A Oxfam Canada, uma organização dedicada aos direitos das mulheres e à justiça de gênero, também disse estar “devastada” com a notícia.
“A decisão de hoje da Suprema Corte dos Estados Unidos colocará em risco a saúde e a vida de inúmeras pessoas. Isso, sem dúvida, alimentará o estigma e a desinformação sobre o aborto, animará os negacionistas e seus movimentos no Canadá e no exterior”, disse a diretora executiva da Oxfam Canada, Lauren Ravon.
