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29/09/2022 às 09h34min - Atualizada em 29/09/2022 às 09h34min

Empresas que fazem pesquisas desistem da boca de urna

O medo dos resultados diferentes das pesquisas causou discussão entre empresas

Leandro Mendonça
Reprodução

O levantamento de boca de urna  para presidente não será realizado no primeiro turno das  eleições de 2022 . Desde a redemocratização do país, está a e primeira vez que os grupos de pesquisa rompem a tradição histórica. 

 

O Ipec — fundado por ex-executivos  do Ibope — decidiu não enviar pesquisadores às ruas no dia 2 de outubro. O levantamento era realizado com eleitores na porta de suas seções eleitorais e divulgados quando as urnas eram lacradas, no dia do pleito, a partir das 17h.

 

Já o Datafolha, que realizou pesquisas boca de urna de 1989 a 2000,  também decidiu não fazer mais os levantamentos — que normalmente são caros e trabalhosos.

 

A Quaest informou que também não fará a pesquisa durante as eleições deste domingo (2). "Não faz sentido [fazer o levantamento], dado que é muito caro e o resultado oficial sai logo em seguida", afirmou Felipe Nunes, CEO da empresa.

 

Para evitar influência da opinião pública, as pesquisas de boca de urna só podem ser divulgadas a partir das 17h do dia da eleição. Nas eleições de 2018, o Ibope foi a única empresa que divulgou a pesquisa no primeiro turno.

Na época, o levantamento entrevistou 30.000 pessoas, a pesquisa custou R$ 347.653,33 e foi pago, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), pela própria empresa. 

Até o momento, nenhuma empresa de pesquisa registrou estudos de boca de urna para as eleições presidenciais de 2022. 


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