MENU

23/12/2022 às 10h44min - Atualizada em 23/12/2022 às 10h44min

Presidente da Venezuela foi proibido por Bolsonaro de comparecer à Posse de Lula

Assessores e Chefe da Venezuela estão proibidos por decreto assinado por Jair Bolsonaro

ELMER MARTINEZ/AFP via Getty Images

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistiu da presença do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em sua cerimônia de posse, no próximo dia 1º de janeiro. A decisão foi sinalizada ao governo venezuelano pelo Itamaraty e bem recebida por Maduro.

Motivo da desistência

A ausência do presidente venezuelano se dará por uma ação não do novo chefe do Executivo brasileiro, mas de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), que decretou o bloqueio de Maduro e seus assessores em território brasileiro.

Com o impedimento estabelecido por Bolsonaro, a equipe que faria a preparação para a chegada de Maduro em Brasília está impedida de vir ao país e organizar a recepção do presidente venezuelano, que aconteceria já no dia 1º.

Uma nova decisão, liberando a entrada de Maduro e seus assessores, teria de ser emitida às pressas e chegou a ser negociada pela equipe de transição com o governo Bolsonaro, mas foi negada.

A equipe de transição de Lula emitiu um documento criticando a ação de Bolsonaro. "Ao apostar no isolamento da Venezuela, o Brasil cometeu erro estratégico de transformar a América do Sul em palco da disputa geopolítica entre EUA, Rússia e China. De catalisador de processos de integração, o país passou a ser fator de instabilidade regional."

Cerimônia terá recorde de líderes

Apesar da ausência de Maduro, quase toda a América do Sul estará representada na cerimônia de posse de Lula. Além da Venezuela, apenas o Peru, que vive uma profunda crise política, ainda não sinalizou sobre o envio de um líder.

O evento quebrará o recorde como a cerimônia com o maior número de líderes estrangeiros na história do Brasil. Até o último dia 14, representantes de 22 países já haviam confirmado presença, mas a tendência é que mais de 30 estejam em Brasília.

Os nomes confirmados, até o momento, são:

  • Frank-Walter Steinmeier (presidente da Alemanha)

  • João Lourenço (presidente de Angola)

  • Alberto Fernández (presidente da Argentina)

  • Luis Arce (presidente da Bolívia)

  • José Maria Neves (presidente de Cabo Verde)

  • Gabriel Boric (presidente do Chile)

  • Gustavo Petro (presidente da Colômbia)

  • Rodolfo Solano (ministro das Relações Exteriores da Costa Rica)

  • Guillermo Lasso (presidente do Equador)

  • Rei Filipe VI de Espanha

  • Irfaan Ali (presidente da Guiana)

  • Umaro Sissoco Embaló (presidente de Guiné Bissau)

  • Luis Videregaray (ministro das Relações Exteriores do México)

  • Riad Malki (ministro das Relações Exteriores da Palestina)

  • José Gabriel Carrizo (vice-presidente do Panamá)

  • Mario Abdo Benítez (presidente do Paraguai)

  • Marcelo Rebelo de Sousa (presidente de Portugal)

  • Chan Santokhi (presidente do Suriname)

  • José Ramos-Horta (presidente de Timor Leste)

  • Mevlüt Çavuşoğlu (ministro das Relações Exteriores da Turquia)

  • Luis Alberto Lacalle Pou (presidente do Uruguai)

  • Emmerson Mnangagw (presidente do Zimbabwe)


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »