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17/01/2023 às 10h57min - Atualizada em 17/01/2023 às 10h57min

China registra primeiro declínio populacional em 60 anos

População do país foi para 1,411 bilhão, uma queda de cerca de 850.000 pessoas em relação ao ano anterior

Redação North News
com informações da CNN
VCG/Getty Images
 
A população da China diminui em 2022 pela primeira vez em mais de 60 anos.

É um novo marco no aprofundamento da crise demográfica do país, com implicações significativas para a desaceleração da economia.


De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS), a população foi para 1,411 bilhão, uma queda de cerca de 850.000 pessoas em relação ao ano anterior.


Durante anunciou feito nessa terça-feira (17) analistas disseram que o declínio foi o primeiro desde 1961, durante a grande fome desencadeada pelo Grande Salto Adiante do ex-líder Mao Tsé-Tung.

“A população provavelmente diminuirá daqui nos próximos anos. Isso é muito importante, com implicações para o crescimento potencial e a demanda doméstica”, disse Zhiwei Zhang, presidente e economista-chefe da Pinpoint Asset Management.

A taxa de natalidade também caiu para um recorde de 6,77 nascimentos por 1.000, abaixo dos 7,52 do ano anterior e o nível mais baixo desde a fundação da China comunista em 1949.

Cerca de 9,56 milhões de bebês nasceram, em comparação com 10,62 milhões em 2021 – apesar de um pressão do governo para encorajar mais casais a terem filhos.

Os novos dados acompanham o anúncio de um dos piores desempenhos econômicos anuais da China em quase meio século, com a economia crescendo apenas 3% no ano, muito abaixo da meta do governo, ressaltando os grandes desafios econômicos que o país enfrenta à medida que sua força de trabalho a força encolhe e seu grupo demográfico aposentado cresce.

A crise demográfica, que deverá ter um impacto crescente sobre o crescimento chinês nos próximos anos, tem sido uma preocupação fundamental para os formuladores de políticas.

Pequim descartou sua política de “filho único” de décadas e altamente controversa em 2015, depois de perceber que a restrição havia contribuído para o rápido envelhecimento da população e a redução da força de trabalho que poderia prejudicar gravemente a estabilidade econômica e social do país.

Para deter a queda da taxa de natalidade, o governo chinês anunciou em 2015 que permitiria que os casais tivessem dois filhos. Mas depois de um breve aumento em 2016, a taxa de natalidade nacional continuou a cair.

Os formuladores de políticas relaxaram ainda mais os limites de nascimentos em 2021, permitindo três filhos, e intensificaram os esforços para incentivar famílias maiores, mas esses esforços têm sido difíceis de vender em meio às mudanças nas normas de gênero, ao alto custo de vida e à incerteza econômica iminente.

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