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24/01/2023 às 10h12min - Atualizada em 24/01/2023 às 10h12min

Mesmo 'distribuindo' ministérios para 51% da oposição, Lula pode não ter maioria na Câmara; entenda

Presidente formou a Esplanada dos Ministérios entregando 26 dos 37 ministérios a integrantes de nove partidos políticos, todos com representação na próxima legislatura

Júnior Mendonça
com informações da CNN
Ricardo Stuckert/Divulgação
 
Os partidos que têm ao menos um ministério no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) representam 51,07% da composição da Câmara dos Deputados da próxima legislatura, que começa em fevereiro.

Por esse cálculo, a coalizão formada pelo presidente da República petista terá 262 dos 513 deputados federais na Casa.

O número garante, por exemplo, uma maioria que possibilita a aprovação de projetos de lei, que exigem maioria simples (257 votos favoráveis). O quórum, porém, não é suficiente para outros tipos de textos, como Propostas de Emenda à Constituição (PEC), que exigem 308 votos.

Lula formou a Esplanada dos Ministérios entregando 26 dos 37 ministérios a integrantes de nove partidos políticos, todos com representação na Câmara.

Ainda assim, na prática, a maioria dos votos na Câmara não está garantida.

Isso porque os números não levam em consideração 'negociações' individuais que o Palácio do Planalto terá de fazer com integrantes de determinados partidos de centro e direita para viabilizar a aprovação de matérias de seu interesse.

Embora tenha sido contemplado com três ministérios, no União Brasil nem todos os deputados federais devem aderir à base de Lula de forma automática, por exemplo.

O PT também deve ter que lidar com parte dos deputados do MDB e do PSD que não votarão com o governo de imediato. Os partidos foram contemplados com três ministérios cada.

Por outro lado, há partidos não contemplados com ministérios que devem se posicionar como independentes, mas que podem ajudar o governo eventualmente. PP e Republicanos são legendas que não integrarão, pelo menos por enquanto, a base de apoio ao governo. Contudo, parte de seus integrantes não fecha as portas para apoiar o Planalto em votações específicas.

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