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24/01/2023 às 13h25min - Atualizada em 24/01/2023 às 13h25min

'Relógio do juízo final' alerta e o fim do mundo pode estar próximo; veja o que dizem os cientistas

O 'relógio' é uma ideia de marketing para fomentar a discussão sobre os rumos do planeta, mas não uma medição exata de quanto tempo ainda resta no planeta; entenda como funciona

Júnior Mendonça
Redação North News
Divulgação/Bulletin of the Atomic Scientists
 
Um grupo de cientistas nucleares, intitulado Bulletin of the Atomic Scientists, anunciou nessa terça-feira (24) que o mundo está mais próximo do que nunca do seu fim.

Um mecanismo criado por eles seria capaz de alertar o planeta sobre os riscos de um potencial apocalipse: o “doomsday clock”, ou o relógio do juízo final – em uma tradução livre.

Quanto mais perto da meia-noite estiverem os ponteiros do relógio, mais próximo estará também o mundo do seu fim.

O grupo de cientistas notáveis anunciou que estamos a 90 segundos do fim do mundo, o mais perto que o relógio do juízo final já chegou da meia-noite desde sua criação, em 1947.

Um fator essencial para isso foram as ameaças da Rússia de usar armas nucleares contra a Ucrânia.

Para Rachel Bronson, PhD, presidente e CEO do Bulletin of the Atomic Scientists, o mundo está “vivendo em uma época de perigo sem precedentes".

"O Relógio do Juízo Final reflete essa realidade. 90 segundos para a meia-noite é o mais próximo que o Relógio já foi definido para a meia-noite, e é uma decisão que nossos especialistas não tomam de ânimo leve. O governo dos EUA, seus aliados da OTAN e a Ucrânia têm uma infinidade de canais de diálogo; exortamos os líderes a explorar todos eles em toda a sua capacidade para voltar no tempo”, afirmou Bronson.

Como funciona?
Primeiro é interessante deixar claro que o relógio é uma ideia de marketing para fomentar a discussão, mas não uma medição exata de quanto tempo ainda resta no planeta.

 
A posição dos ponteiros do relógio é determinada por uma série de cálculos matemáticos complexos que medem a probabilidade real de eventos catastróficos acontecerem.

Entre eles estão guerras nucleares, doenças epidêmicas e mudanças climáticas. O relógio foi criado logo depois da Segunda Guerra Mundial, quando os cientistas, entre eles o físico Albert Einstein, começaram a se preocupar com a corrida armamentista entre Estados Unidos e União Soviética.

Quando a contagem começou, o relógio estava a sete minutos da meia-noite. Em meio às tensões nucleares, o relógio chegou a marcar dois minutos para o fim do mundo, em 1953. Com o fim da guerra fria, voltou para 17 minutos.

Mas o refresco durou pouco e voltou a dois minutos no início deste século com o avanço das mudanças climáticas e ameaças nucleares da Coréia do Norte. Em 2021 e 2022, o relógio chegou a marcar 100 segundos para a meia-noite, por causa da pandemia da Covid-19 e dos riscos de uma nova corrida armamentista.

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