Segundo o relatório, 850 mulheres e meninas foram mortas nos últimos cinco anos, o equivalente a uma mulher ou menina morta a cada 48 horas. Além disso, entre 2019 e 2022, houve um aumento de 27% nas mortes de suspeitos do sexo masculino.
Embora nem todas as mortes tenham acusadores identificados, 82% entre os identificados eram homens, enquanto 18% envolviam mulheres suspeitas. Um dos casos mais comuns de feminicídio envolveu violência por parceiro íntimo, seguido de feminicídio familiar e feminicídio não íntimo.
As mulheres de 24 a 34 anos geralmente constituem a maior ou a segunda maior faixa etária das vítimas, no entanto, a idade média de uma mulher morta por um acusado do sexo masculino é de 42 anos, enquanto a idade média dos acusadores do sexo masculino é de 37 anos.
O relatório também estima que uma em cada cinco vítimas do sexo feminino mortas por um acusado do sexo masculino eram indígenas, cerca de 19%. Entre as vítimas, um total de 868 crianças ficaram sem mães
Os defensores pedem que o Canadá reconheça os feminicídios no Código Penal do Canadá, ou seja implementado na legislação para fornecer proteção legal a mulheres e meninas, especialmente aquelas que são indígenas, negras e fazem parte de outras comunidades racializadas.
Segundo o relatório, 22 países têm o termo feminicídio implementado em alguma legislatura ou usam o termo para classificar determinados delitos.
Canadá também ainda não assinou um tratado global que visa criar iniciativas para investigar e eliminar o feminicídio, apesar de se comprometer a fazê-lo em 2018, afirma o relatório. Dos 35 países que assumiram esse compromisso, o Canadá é um dos três que ainda não o cumpriram.
“Este é um exemplo de como o Canadá fica atrás de outros países em sua resposta à violência masculina contra mulheres e meninas”, disse Dawson.