O conteúdo do laudo de 22 páginas, no entanto, permanecerá lacrado, disse a justiça nessa quarta-feira.
O instituto Philippe-Pinel de Montreal foi incumbido de avaliar o estado mental de Pierre Ny St-Amand no momento de seus supostos crimes em 8 de fevereiro. As autoridades e a defesa pediram que o caso fosse adiado até 13 de junho para permitir que avaliassem seu conteúdo do relatório.
St-Amand foi considerado apto para ser julgado em 24 de fevereiro após uma avaliação psiquiátrica inicial, mas seu advogado, Julien Lespérance Hudon, pediu outra avaliação para ajudar a determinar se o acusado deve ser responsabilizado criminalmente por suas ações.
Lespérance Hudon disse após a audiência que precisava consultar seu cliente e a Coroa para determinar os próximos passos no caso. Ele disse que um conceito médico de responsabilidade criminal não é exatamente o mesmo que um conceito legal.
"Não é necessariamente porque ele não foi considerado criminalmente responsável por um especialista médico que legalmente ele (seria) não responsável", disse ele a repórteres fora do tribunal. Apenas o juiz, a Coroa e a defesa no caso podem ler o relatório, acrescentou.
St-Amand compareceu ao tribunal por videoconferência e ouviu sem demonstrar emoção enquanto o juiz ordenava que a avaliação fosse lacrada.
Ele enfrenta duas acusações de homicídio em primeiro grau, bem como sete outras acusações, incluindo tentativa de homicídio e agressão agravada.
Maëva David e Jacob Gauthier, ambos de quatro anos, morreram no acidente.
Inicialmente, não estava claro se St-Amand permaneceria no hospital ou seria devolvido a um centro de detenção convencional enquanto aguardava sua próxima audiência no tribunal.
A promotora Karine Dalphond disse acreditar que o acusado seria transferido porque a avaliação foi concluída, mas Lespérance Hudon disse que seu cliente permaneceria no hospital psiquiátrico até a próxima audiência. Ele não deu uma razão para a hospitalização continuada, apenas disse que tal decisão é geralmente baseada em um plano de tratamento.
Graham Hughes | The Canadian Press
