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24/05/2023 às 11h21min - Atualizada em 24/05/2023 às 11h21min

Polícia resolve assassinato de adolescente de Montreal, ocorrido em 1975

Crime foi solucionado graças a novas evidências de DNA 48 anos depois

Júnior Mendonça
com informações CTV News Montreal e The Canadian Press
CTV News Montreal | Reprodução
 
O assassinato da adolescente de Montreal, Sharron Prior, foi resolvido 48 anos depois.

Em uma entrevista coletiva nessa terça-feira, o inspetor-chefe da Divisão de Crimes Graves, Pierre Duquette, do serviço policial de Longueuil, revelou que um avanço científico no campo da genealogia genética os levou a identificar o autor do caso arquivado de 1975. 

Testes biológicos confirmaram 100% que Franklin Maywood Romine, nascido em 2 de abril de 1946, era o assassino que a polícia vinha tentando identificar há quase cinco décadas.


"A resolução do caso de Sharron nunca trará Sharron de volta. Mas saber que seu assassino não está mais nesta Terra e não matará mais nos leva a um encerramento", disse a irmã de Prior, Doreen.

O grande avanço em um dos casos arquivados de maior destaque de Quebec segue a exumação do corpo de Romine no início deste mês em West Virginia.

Romine, que morreu em 1982, foi identificado como o principal suspeito depois que uma nova técnica de análise descobriu seu DNA nas roupas de Prior.

Prior, de 16 anos, desapareceu no bairro de Pointe-Saint-Charles, em Montreal, em 1975, quando ia encontrar amigos em uma pizzaria. Quatro dias depois, seu corpo espancado e nu foi encontrado em um campo em Longueuil, na costa sul de Montreal.

Depois de cometer um estupro na Virgínia Ocidental em 1974, Romine supostamente fugiu para o Canadá, onde acredita-se que ele tenha sequestrado e assassinado Prior.

Pouco depois, ele foi preso em Montreal pelo estupro na Virgínia Ocidental e extraditado para os Estados Unidos.

Os investigadores disseram que o DNA foi coletado das roupas de Prior e de uma camisa usada para contê-la nunca foi suficiente para análise até recentemente. Avanços na tecnologia de DNA permitiram que a polícia obtivesse um espécime amplificado do DNA, o suficiente para compará-lo com amostras em um banco de dados contendo milhares de perfis de pessoas identificadas por seus nomes de família. Esse banco de dados levou a polícia ao nome da família Romine.

A polícia analisou o DNA do cromossomo Y, transmitido quase inalterado de pai para filho, para identificar uma linhagem familiar e comparou a amostra com quatro irmãos em West Virginia.

Como Romine morreu, a polícia de Longueuil diz que a confirmação de sua identidade encerra este caso arquivado e não levará a nenhuma acusação nos tribunais canadenses.

Durante a entrevista coletiva nessa terça-feira, a família agradeceu à polícia de ambos os lados da fronteira pelo "milagre da ciência" que os levou ao assassino de sua irmã.

"Você pode nunca ter voltado para nossa casa ou Congregation Street naquele fim de semana, mas nunca deixou nossos corações e nunca o fará", disse Moreen, irmã de Sharron. "Nós te amamos Sharron agora, que você realmente descanse em paz".

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