Greve no início das aulas em Ontário? Aqui está o que os pais precisam saber sobre a negociação entre professores e província

Professores estão sem contrato há mais de um ano; nenhum dos quatro sindicatos que representam os professores e alguns trabalhadores da educação em Ontário chegou a um consenso com o governo provincial

Richard Lautens/ Toronto Star

 

As crianças estão voltando à escola neste outono em meio a alguma incerteza, enquanto os professores continuam a negociar novos contratos.

Nenhum dos quatro sindicatos que representam os professores e alguns trabalhadores da educação em Ontário chegou a um consenso com o governo provincial sobre um novo acordo coletivo, com três dos quatro comprometendo-se a realizar votações de greve no Outono.

Aqui está o que os pais precisam saber sobre uma possível greve:

Quem está negociando?
Os seguintes sindicatos estão em negociações com o governo provincial: a Federação de Professores Elementares de Ontário (ETFO), a Federação de Professores de Escolas Secundárias de Ontário (OSTF), a Associação de Professores Católicos Ingleses de Ontário (OECTA) e a Association des enseignantes et des Enseignants franco-ontariens (AEFO).

Todos, exceto o OSTF, rejeitaram a oferta da província de arbitragem vinculativa de interesses, o que acabaria por colocar a decisão final de negociação sobre um terceiro neutro. Este processo poderia, se acordado, ajudar a evitar uma greve nas escolas públicas.

Haverá uma greve em breve?
Por hora, a resposta é não. A ação de trabalho provavelmente não acontecerá por alguns meses, se é que acontecerá.

Todos os três sindicatos restantes disseram que avançarão com uma votação de greve no outono se as negociações continuarem fracassando. As votações estão programadas para meados de setembro a meados de novembro.

Os membros devem votar a favor de uma greve antes de qualquer ação ser planeada.

O ETFO disse que está avançando nos próximos passos e solicitando conciliação, um processo formal de mediação no qual um terceiro é trazido para trabalhar com ambos os lados e ajudar a encontrar uma resolução.

É um processo comum antes dos sindicalistas se envolverem em qualquer greve ou ação trabalhista.

Se nenhum acordo for alcançado durante a conciliação, será emitido um aviso de “no-board”. Neste ponto, terá início uma contagem regressiva de 16 dias para uma greve legal ou ação trabalhista.

As crianças serão mandadas para casa?
Há uma série de ações profissionais que os professores podem realizar além de uma greve total. Por exemplo, os professores podem retirar-se das atividades extracurriculares, comprometendo-se a fazer o mínimo na sala de aula.

No ano passado, quando a província legislou à força um contrato com trabalhadores de apoio à educação e aprovou um projeto de lei que tornava as greves ilegais, os sindicatos realizaram uma paralisação de um dia em toda a província, bem como greves rotativas de um dia, em desafio. Durante esse período, as crianças não puderam estar nas salas de aula. Não houve greve geral de vários dias.

Os professores estão sem contrato há mais de um ano.

De acordo com um documento obtido pela CTV News Toronto, a província ofereceu aos professores um aumento de 1,25% ao ano, durante quatro anos. No entanto, os professores têm pedido um aumento de 1% ao ano, além de um ajustamento anual do custo de vida ligado à inflação. O Statistics Canada disse que a taxa de inflação do Canadá subiu para 3,3% em julho.

Os professores também mencionaram que estão sendo discutidas questões como a violência nas escolas e as práticas de contratação.