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10/10/2023 às 08h25min - Atualizada em 10/10/2023 às 08h25min

Brasileiro que estava em festival foi morto em ataque terrorista do Hamas, em Israel; duas brasileiras estão desaparecidas

Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, estava com a namorada quando o Hamas invadiu a festa

Júnior Mendonça
com informações CNN e Itamaraty
Reprodução / Redes Sociais
 
O brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, foi encontrado morto, segundo confirmaram a família do jovem e o Itamaraty. O pai de Ranani reconheceu o corpo do rapaz.

Ele estava desaparecido desde sábado (7), quando o grupo terrorista islâmico Hamas atacou uma festa de música eletrônica em que estava com a namorada.

Ranani chegou a postar em uma rede social sobre o bombardeio em um bunker. Ele vivia em Israel há aproximadamente sete anos, e residia em Tel Aviv. Ele havia terminado recentemente o tempo de serviço militar, obrigatório no país, e trabalhava como entregador.

Ranani nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e trabalhou anteriormente como editor de vídeos e designer de propagandas animadas.

A namorada do jovem, Rafaela Treistman, que estava com ele durante o ataque, relatou em entrevista exclusiva à CNN os momentos de pânico.

“Eu não lembro direito das coisas. Sei que em uma hora ele estava comigo, estávamos em um canto, abraçados, e em outra hora ele não estava mais. Eu estava tão desorientada que perguntava para uma menina que estava do meu lado ‘Ranani, é você?’. E ela não respondia”, conta.

Nota do Itamaraty

Falecimento de cidadão brasileiro em Israel

O Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel.

Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis.


Brasileiras desaparecidas

Bruna Valeanu, de 24 anos, nasceu no Rio de Janeiro e mora atualmente em Petah Tikva, tendo se mudado para Israel em 2015. Ela frequentou a escola TTH Barilan, no Brasil. Uma irmã de Bruna confirmou o desaparecimento da jovem nas redes sociais.

Bruna estuda Comunicação e Sociologia/Antropologia na Universidade de Tel Aviv. Em uma publicação, a jovem havia dito que estava desenvolvendo habilidades em marketing e redes sociais.

Ela também foi instrutora de tiro das Forças de Defesa de Israel durante dois anos, entre 2018 e 2020. Trabalhou também com vendas em uma empresa de seguros de Israel.

Outra brasileira desaparecida é a carioca Karla Stelzer.

O Itamaraty não divulga o nome dos desaparecidos, mas, conforme apurou a CNN, Karla estava em um festival de música que foi atacado pelo Hamas.

À CNN, um amigo da brasileira informou que ela tem um filho que também mora em Israel.

Ele relatou o que seria o último áudio enviado por Karla a uma amiga. Na mensagem, ela teria dito que estava junto a pelo menos outras três pessoas.

No início, ainda segundo a descrição, acharam que os foguetes eram fogos de artifício da festa e afirmaram que estavam fugindo do local.

A mãe de Karla, Regina Stelzer, também confirmou nas redes sociais o desaparecimento da filha, e disse que ela estava acompanhada do namorado, o israelense Gabriel Azulay, que também está desaparecido.

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