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15/01/2024 às 10h26min - Atualizada em 15/01/2024 às 10h26min

Número de mortos em Gaza chega a 24.000 em três meses de guerra

Quase 61 mil pessoas ficaram feridas; Papa Francisco equiparou guerra a crimes contra a humanidade

Júnior Mendonça
com informações The Associated Press
AP Photo/Hatem Moussa
 
Ataques israelenses atingiram a Cidade de Gaza e soldados lutaram contra militantes no sul da Faixa de Gaza nessa segunda-feira, depois que os EUA, seu principal aliado, disse que era hora de reduzir as operações. As autoridades palestinas disseram que o número de mortos na guerra passou de 24.000.

A África do Sul acusou Israel de genocídio na guerra contra o Hamas, uma alegação que Israel rejeitou.

Embora seja provável que o caso completo leve anos para ser resolvido, o tribunal superior das Nações Unidas poderia decidir dentro de semanas sobre o pedido da África do Sul de uma ordem de suspensão imediata da ofensiva de Israel. Não está claro se Israel cumpriria qualquer ordem judicial.


O ataque do Hamas de Gaza ao sul de Israel, em 7 de outubro, que desencadeou a guerra, matou cerca de 1.200 pessoas e cerca de 250 outras foram feitas reféns por militantes.

O Ministério da Saúde de Gaza disse nessa segunda-feira que os corpos de 132 pessoas mortas em bombardeios israelenses foram levados aos hospitais do enclave nas últimas 24 horas.

De acordo com o grupo de Defesa Civil de Gaza, 33 dessas pessoas foram mortas em ataques aéreos israelenses na Cidade de Gaza.

Os hospitais também receberam 252 feridos, informou o ministério do território governado pelo Hamas em seu relatório diário.

As mortes elevaram o número de mortos na faixa para 24.100 desde o início da guerra em 7 de outubro, disse o ministério, acrescentando que mais de 60.834 pessoas ficaram feridas.

O ministério, que não faz distinção em sua contagem entre combatentes e não combatentes, diz que dois terços dos mortos na guerra eram mulheres e crianças. Israel afirma ter matado cerca de 8.000 militantes na guerra.

CRIME CONTRA A HUMANIDADE
O Papa Francisco equiparou guerra a crimes contra a humanidade.

Em comentários ao público reunido na Praça de São Pedro nesse domingo para sua aparição semanal, o pontífice disse: "Não nos esqueçamos de quantos sofrem a crueldade da guerra em tantas partes do mundo, especialmente na Ucrânia, na Palestina e em Israel".

Francisco lamentou que "no início do ano, trocamos desejos de paz, mas as armas continuam a matar e destruir".

Ele pediu uma reflexão sobre o fato de que a guerra "semeia a morte entre os civis e destrói cidades e infraestrutura. Em outras palavras, hoje, a própria guerra é um crime contra a humanidade".

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