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27/05/2022 às 09h19min - Atualizada em 27/05/2022 às 09h19min

Ex-presidente da Fórmula 1 paga fiança após apreensão de arma de fogo

Bernie Ecclestone foi preso no aeroporto de Viracopos, em São Paulo

Leandro Mendonça
MAXIM SHEMETOV / REUTERS
O ex-chefe da Fórmula 1 Bernie Ecclestone negou nesta sexta-feira ter sido preso no Brasil e disse que uma arma ilegal encontrada em sua bagagem antes de embarcar em um voo nunca foi usada e não tinha munição.
 
O britânico de 91 anos, agora em Portugal, disse que um "pequeno e bobo incidente" causou muita irritação quando ele e sua família tentaram deixar São Paulo, em um avião particular, na noite de quarta-feira.
 
“Não tenho tido nenhuma publicidade ultimamente e achei que deveria fazer alguma coisa para conseguir alguma”, brincou ele em uma conversa por telefone.
 

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo confirmou em comunicado nesta quinta-feira, que o empresário foi preso por porte de arma de fogo no aeroporto de Viracopos, mas não o nomeou diretamente.
 
“Nunca fui preso”, disse Ecclestone, que não fala português e confirmou que teve que pagar fiança de 6.060 reais (US$ 1.260) antes de poder sair.
 
“Eles queriam em moeda local que nunca tivemos”, acrescentou. “Então houve outro drama tentando encontrar o dinheiro. Eu estava saindo do país, não tinha dinheiro local.
 
“Foi um drama desnecessário, por nada.”
 
Ecclestone disse que comprou a arma, uma LW Seecamp .32, de um mecânico de Fórmula 1 no Brasil anos atrás, sem munição, para proteção pessoal. O homem que vendeu a pistola disse que ajudaria em caso de assalto.
 
"Eles disseram que você precisa de algo assim", explicou ele. “Pode funcionar se alguém tentar assaltar você ou algo assim. Então eu comprei do cara”.
 
“Eu tinha em casa e costumava brincar com ele se as pessoas viessem me visitar ou algo assim, nós brincávamos”, acrescentou.
 
O bilionário tem uma plantação de café perto de São Paulo, onde passa regularmente quando não está na Europa.
 
Ecclestone disse que estava brincando com seu filho Ace e deixou a arma no bolso da camisa e as pessoas que estavam arrumando sua bagagem a colocaram em uma mala sem saber da arma.
 
Uma varredura no aeroporto revelou então a arma de fogo, que não havia sido registrada.
 
“Nunca teria baleado ninguém, pois nunca teve balas, então nunca me preocupei em registrá-lo. Eu não sabia que era preciso”, disse Ecclestone.
 
O bilionário disse que passou das 20h às 5h no aeroporto fazendo declarações e preenchendo a papelada antes de sair pela manhã.
“Foi bom que o tenham apanhado porque se eu viesse a Portugal e eles o encontrassem, teria sido outro problema aqui”, disse.
Ecclestone é casado com a brasileira Fabiana Ecclestone, vice-presidente da FIA e membro da World Motor Sport Council.
Sua mãe, Aparecida Schunck, foi sequestrada em São Paulo em 2016, com criminosos exigindo 120 milhões de reais (US$ 25,07 milhões) em resgate. Ela foi libertada nove dias depois, após em uma batida policial sem nenhum pagamento.
Os Ecclestones participaram de vários eventos no Brasil, em maio, incluindo uma corrida local de Stock Car, no interior de São Paulo. Bernie Ecclestone também se  encontrou com o tricampeão mundial, Nelson Piquet, em Brasília.

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