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03/09/2023 às 08h06min - Atualizada em 03/09/2023 às 07h55min

Mais Investimentos em Energia Solar no BRICS PLUS

Paulo Galvão Júnior (1)

Paulo Galvão Júnior

Paulo Galvão Júnior

Economista paraibano, autor de 18 e-Books de Economia, conselheiro do CORECON-PB e diretor secretário do Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da PB.

O principal resultado da histórica XV Cúpula do BRICS (em inglês, Brazil, Russia, India, China, and South Africa), em Joanesburgo, foi a ampliação do grupo econômico de nações emergentes para seis novos países membros a partir de 1 de janeiro de 2024.

Na atualidade, é preciso compreender os principais indicadores do BRICS, como também, dos seis novos países integrantes, a Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos (EAU), Etiópia e Irã, que juntos estão formando o BRICS PLUS no ano de 2024:
 
PAÍS ÁREA
TERRITORIAL
(milhões de km²)
PIB
NOMINAL
(US$ trilhões)
POPULAÇÃO
TOTAL
(bilhões)
IDH
 
(2021)
CAPACIDADE INSTALADA DE ENERGIA SOLAR
(Gigawatts)
Rússia 17,1 2,060 0,144 0,822 1,8
China 9,6 19,370 1,425 0,768 254,3
Brasil 8,5 2,080 0,203 0,754 22,3
Índia 3,3 3,740 1,428 0,633 40
Argentina 2,7 0,641 0,047 0,842 1,3
Arábia Saudita 2,1 1,060 0,035 0,875 4
Irã 1,6 0,367 0,087 0,774 1,6
África do Sul 1,2 0,399 0,058 0,713 4
Etiópia 1,1 0,156 0,126 0,498 10
Egito 1,0 0,387 0,112 0,731 2
EAU 0,8 0,499 0,009 0,911 2,5
BRICS PLUS 49,0 30,759 3,674 0,756 343,8
Quadro 1: Os principais indicadores do BRICS PLUS na atualidade.
Fontes: BANCO MUNDIAL, FMI, ONU, PNUD e AIE.
 
Analisando o Quadro 1 constatamos que o futuro grupo econômico de 11 países emergentes tem 49 milhões de quilômetros quadrados (km²) na superfície do planeta, ou seja, representa 42% da área territorial da Terra, de acordo com o Banco Mundial. E o maior país do BRICS PLUS é a Rússia, enquanto, o menor país é exatamente os Emirados Árabes Unidos (EAU). É preciso destacar que a Rússia, na atualidade, é o maior país em extensão territorial do planeta.

Onze países membros do BRICS PLUS têm um Produto Interno Bruto (PIB) nominal de 30,7 bilhões de dólares americanos em abril de 2023, ou seja, representa 29% do PIB global, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). E o país mais rico do BRICS PLUS é a China, enquanto, o mais pobre é a Etiópia. É preciso ressaltar que a China, hoje, é a segunda maior economia do mundo, e com forte influência no cenário global.

É preciso destacar que no BRICS PLUS existem cinco países com um PIB nominal superior a US$ 1 trilhão (China, Índia, Brasil, Rússia e Arábia Saudita) e seis nações com um PIB nominal inferior a US$ 1 trilhão (Etiópia, Irã, Egito, África do Sul, EAU e Argentina).

O BRICS PLUS tem uma população total de mais de 3,6 bilhões de habitantes, ou seja, representa 46% da população da Terra, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU). A nação mais populosa do BRICS PLUS é a Índia, enquanto, os EAU são a nação menos populosa. É preciso revelar que a Índia, nos dias atuais, é a nação mais populosa do planeta, e com profundas implicações econômicas, sociais e ambientais.

Verificando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do BRICS PLUS, os EAU são melhor IDH, enquanto, o pior IDH é da Etiópia. A média do IDH do BRICS PLUS alcançou um desenvolvimento humano alto, com IDH de 0,756, segundo os dados de 2021 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

É preciso destacar também que no BRICS PLUS existem quatro países com um IDH muito alto (EAU, Arábia Saudita, Argentina e Rússia), cinco nações com um IDH alto (China, Brasil, Irã, Egito e África do Sul), um país com um IDH médio (Índia) e uma nação com um IDH baixo (Etiópia).

A capacidade instalada de produção de energia solar do Grupo BRICS PLUS foi de 343,8 gigawatts (GW), de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE). E o líder é a China, e o último lugar é a Argentina. Mas, é na Índia que está localizada o maior parque solar do mundo, em Bhadla, na província de Rajastão, ocupando uma área de 5.700 hectares, ou seja, o tamanho equivalente a 54 campos de futebol. E o Parque Solar Bhadla gera 2.245 megawatts (MW) e abastece de energia elétrica cerca de quatro milhões de casas.

A China é a fábrica do mundo e as empresas chinesas produzem diariamente bens úteis à sociedade de consumo como smartphones, smartwatches, guarda-chuvas, e painéis solares. É a líder global em investimentos e implantação de energia solar, possuindo uma das maiores capacidades instaladas do mundo. Sua combinação de investimentos substanciais, políticas energéticas e um ambiente de produção solar competitivo a colocou na posição de destaque global nesse setor.

Por outro lado, a Argentina, embora tenha feito progressos na adoção de energia solar, tem uma capacidade instalada menor até os dias atuais em comparação com outros países do BRICS PLUS. E a capacidade instalada de energia solar em um país pode ser influenciada por vários fatores, incluindo políticas energéticas, investimentos, incentivos, recursos disponíveis e o estágio de desenvolvimento de energias renováveis.

O BRICS PLUS vem sendo introduzido como uma expansão da influência de economias emergentes, e nas discussões e iniciativas do grupo econômico para melhorar a cooperação econômica e ampliar a sua influência global. E os líderes do BRICS PLUS enfatizam a importância de uma economia aberta e promover a integração econômica, e condenam veementemente o protecionismo e o neoprotecionismo.

O real, o rand, a rúpia, o renminbi e o rublo, os 5R serão a futura moeda comum do BRICS PLUS, lastreada ao ouro, para futuras relações comerciais internacionais, sem a utilização do dólar americano. E o New Development Bank (NDB), com sede em Xangai, na China, já representa uma nova opção como fonte de financiamento, uma nova alternativa ao FMI e Banco Mundial, principalmente, para projetos ambiciosos de infraestrutura como usinas de energia solar em onze países emergentes.

O NDB financiará projetos de energia solar para reduzir significativamente o número de pessoas que não têm acesso a eletricidade. E na nova ordem econômica global, o BRICS PLUS ganhou atenção internacional como forma de ampliar o alcance do grupo para além dos seus 11 países membros, sendo 1 país com renda baixa (menor que US$ 1.135), 2 países com renda média baixa (entre US$ 1.136 e US$ 4.465), 6 países com renda média alta (entre US$ 4.446 e US$ 13.845) e 2 países com renda alta (acima dos US$ 13.845).

A ampliação do BRICS para o BRIC PLUS provocará vantagens econômicas e o aumento da influência geopolítica em questões internacionais, permitindo-lhe enfrentar uma gama mais ampla de desafios globais para o século XXI, como as mudanças climáticas, a fome mundial, a desigualdade global, e o aumento do desemprego.

A inclusão de mais seis países emergentes no grupo BRICS levará à exploração de novas oportunidades comerciais e econômicas, criando potencialmente um mercado maior para os 11 países membros do BRICS PLUS, sendo 1 país da Europa, 2 países da América, 3 países da África, e 5 países da Ásia, e destacando que a Rússia é um país transcontinental, abrange tanto a Europa como a Ásia, e facilitando os investimentos públicos e privados, e a partilha de tecnologia, como por exemplo, da energia solar.

A energia solar é uma fonte renovável e limpa de energia que desempenhará um papel significativo na redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e na transição para um sistema energético mais sustentável.

O BRICS PLUS promoverá alianças mais fortes entre as economias emergentes, ajudando a contrabalançar a influência das potências globais, aliadas e integrantes do Grupo dos Sete (G7), para criar uma ordem mundial mais multipolar. Ressalta-se que o emergente México não se unirá ao BRICS PLUS, mas, continuará firme e forte nas relações econômicas e comerciais com os Estados Unidos e o Canadá.

Com certeza, o presente artigo acentua uma visão otimista dos investimentos em energia solar e a promoção de mais usinas solares no âmbito do BRICS PLUS, que poderão proporcionar mais partilha de tecnologia, incluindo inovações em painéis fotovoltaicos.

É importante notar que o cenário econômico do BRICS PLUS mudará muito a partir de 1 de janeiro de 2024, e aumentará o processo de transição para uma matriz energética mais limpa, como também, os investimentos públicos e privados em energia solar nos onze países membros (China, Índia, Brasil, Etiópia, Arábia Saudita, África do Sul, EAU, Egito, Rússia, Irã e Argentina):

A China é a líder global e do BRICS PLUS na instalação de capacidade de energia solar. Fez investimentos significativos em infraestrutura solar e tem uma das maiores capacidades solares instaladas do mundo, com uma capacidade de 254,3 GW.

A China é uma das maiores impulsionadoras da energia solar no planeta. O país asiático tem investido significativamente em tecnologias de energia solar como parte de seus esforços para lidar com a crescente demanda por energia elétrica e reduzir sua dependência de fontes de energia fósseis, como o carvão e o petróleo. Na atualidade, a China é a quinta maior produtora de petróleo do planeta.

E os sete principais pontos-chave sobre a energia solar na República Popular da China são os seguintes:

Produção e Capacidade Instalada: A China é a líder mundial na produção e instalação de painéis solares. Ela possui uma capacidade instalada impressionante de energia solar fotovoltaica, com gigantescas fazendas solares e sistemas de geração distribuída espalhados por todo o continental país.

Incentivos: O governo chinês implementou vários incentivos para promover o uso de energia solar. Isso incluiu subsídios para empresas de energia solar e reduções nos custos de instalação para os consumidores.

Manufatura de Painéis Solares: A China é uma superpotência econômica e uma das principais produtoras globais de painéis solares. Muitas empresas chinesas estão envolvidas na fabricação de células solares e painéis fotovoltaicos, contribuindo para a redução dos custos globais.

Crescimento Rápido: A capacidade de geração de energia solar da China cresceu exponencialmente ao longo dos últimos dez anos. Através de leilões, incentivos governamentais e investimentos substanciais, o país aumentou sua capacidade solar para fornecer uma parte significativa de sua eletricidade.
 
Desafios Ambientais e Técnicos: Apesar dos avanços, o rápido crescimento da indústria solar também trouxe desafios. Muitas instalações solares foram construídas em regiões ecológicas sensíveis, levantando preocupações sobre impactos ambientais. Além disso, a integração eficaz da energia solar na rede elétrica nacional e a garantia da estabilidade da rede são questões técnicas que precisam ser abordadas.

Tecnologia e Inovação: A China também tem se concentrado em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de tecnologias solares avançadas, como células solares de película fina, e sistemas de armazenamento de energia. Esses esforços visam melhorar a eficiência, reduzir os custos e tornar a energia solar ainda mais acessível.

Desenvolvimento Sustentável: A ampliação da energia solar faz parte dos esforços mais amplos da China para avançar em direção a um desenvolvimento sustentável e mitigar os sérios impactos das mudanças climáticas na Ásia. E na China encontra-se o segundo maior parque solar fotovoltaico do planeta, o Parque Solar Hidrelétrico Huanghe Hainan de 2.200 MW .

A Índia também é um dos principais players globais na adoção e expansão da energia solar. O país asiático tem demonstrado um forte compromisso com a energia solar como parte de sua estratégia para lidar com desafios energéticos, melhorar a segurança energética e reduzir as emissões de GEE.

E os sete pontos importantes sobre a energia solar na República da Índia são:

Metas Ambiciosas: A Índia estabeleceu metas ambiciosas para a capacidade de geração de energia solar. Uma das metas notáveis é a aspiração de atingir 100 GW de capacidade solar instalada dos atuais 40 GW.

Leilões Solares: O governo indiano conduz leilões competitivos para concessão de projetos solares. Esses leilões atraem investidores nacionais e estrangeiros interessados em desenvolver usinas solares em todo o país.

Energia Solar em Telhados: Além das grandes usinas solares, a Índia também está promovendo a geração distribuída, incentivando residências, instalações industrias privadas e órgãos estatais a instalar painéis solares em seus telhados para geração de energia elétrica.

Parques Solares: O país tem construído parques solares de grande escala, que consistem em extensas áreas cobertas por painéis solares para gerar eletricidade em larga escala. Isso inclui o Parque Solar de Pavagada, o terceiro maior parque solar fotovoltaico do mundo, com uma área de 53 km².

Incentivos Governamentais: O governo indiano oferece incentivos financeiros, como subsídios e benefícios fiscais, para promover a adoção de energia solar. Além disso, políticas como a Make in India incentivam a fabricação local de equipamentos solares para impulsionar a indústria doméstica.

Tecnologia e Inovação: A Índia tem buscado inovações tecnológicas para melhorar a eficiência da geração solar. Isso inclui a pesquisa em células solares de próxima geração, armazenamento de energia e soluções de integração na rede elétrica.

Desafios e Oportunidades: A Índia enfrenta desafios como questões de conexão à rede, variabilidade da geração solar e a necessidade de modernizar sua infraestrutura elétrica. No entanto, a crescente adoção da energia solar oferece oportunidades significativas para melhorar a resiliência energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

O Brasil passa por um rápido crescimento na geração da energia solar nas cinco regiões do País, com 22,3 GW no ano de 2022, consolidando-se como um dos líderes na América Latina e no BRICS PLUS. O país sul-americano realizou mais de R$ 113,3 bilhões em novos investimentos em energia solar como parte de seus esforços para diversificar sua matriz energética, e aumentar a capacidade de geração de energia renovável, de criação de novos empregos e de redução das emissões de GEE. Nos dias atuais, o Brasil é o oitavo maior produtor de petróleo do planeta.

Atualmente, os sete mais relevantes pontos sobre a energia solar na República Federativa do Brasil são:
 
Crescimento Rápido: O Brasil experimentou um crescimento rápido na capacidade de geração de energia solar nos últimos anos. Projetos de grande escala, como usinas fotovoltaicas e parques solares, foram desenvolvidos em várias regiões.

Potencial Solar: O Brasil possui um imenso potencial solar devido ao seu vasto território e alta incidência solar. E o Nordeste possui os melhores recursos solares do mundo, o que torna a energia solar uma opção atraente para suprir a crescente demanda por eletricidade na economia brasileira.

Leilões de Energia: O governo brasileiro promoveu leilões de energia para contratar projetos de geração de energia renovável, incluindo energia solar. Esses leilões atraíram investidores nacionais e estrangeiros interessados em desenvolver projetos solares.

Geração Distribuída: Além dos projetos em grande escala, a geração distribuída vem ganhando destaque no Brasil. Isso permitiu que consumidores residenciais, comerciais e industriais instalassem sistemas solares em seus telhados para produzir eletricidade.

Incentivos e Políticas: O governo brasileiro implementou políticas e incentivos para promover a energia solar, incluindo linhas de crédito especiais, isenções fiscais e tarifas de incentivo para sistemas de geração distribuída.

Desafios e Oportunidades: A expansão da energia solar no Brasil trouxe desafios, como a integração eficiente na rede elétrica e a necessidade de investimentos em armazenamento de energia para lidar com a variabilidade da geração solar. No entanto, também trouxe oportunidades significativas para diminuir a dependência de fontes fósseis e melhorar a resiliência do sistema elétrico.

Emprego e Desenvolvimento Local: O Brasil possui a matriz elétrica mais renovável do BRICS PLUS, e as fontes renováveis (hidráulica, eólica, solar e biomassa) criam oportunidades de emprego e desenvolvimento local, especialmente em áreas onde os projetos solares são implantados.

A Etiópia vem explorando a energia solar como parte de seus esforços para aumentar o acesso à eletricidade, diversificar sua matriz energética e promover o desenvolvimento sustentável. O país africano enfrenta desafios em relação ao acesso à eletricidade em áreas remotas e rurais, e a energia solar está sendo considerada uma solução viável.

Os sete principais pontos sobre a energia solar na República Democrática Federal da Etiópia são:

Acesso Limitado à Eletricidade: Grande parte da população da Etiópia ainda não tem acesso confiável à eletricidade, especialmente em áreas rurais. A energia solar é vista como uma maneira de levar eletricidade as comunidades mais pobres que não estão conectadas à rede elétrica convencional.

Potencial Solar: A Etiópia possui um alto potencial solar devido ao seu clima ensolarado e localização próxima à Linha do Equador. Isso faz com que a energia solar seja uma opção promissora para atender às necessidades energéticas do país africano.

Projetos de Energia Solar: A Etiópia vem investindo em projetos de energia solar, incluindo sistemas solares em larga escala e sistemas de geração distribuída para atender áreas isoladas.

Desenvolvimento Rural: A energia solar tem o potencial de melhorar a qualidade de vida nas áreas rurais da Etiópia, fornecendo eletricidade para iluminação, comunicação e acesso a serviços básicos.

Incentivos e Políticas: O governo etíope vem implementando políticas para promover a adoção da energia solar, incluindo incentivos financeiros para empresas e indivíduos interessados em investir em sistemas solares.

Desafios Logísticos e Técnicos: A Etiópia enfrenta desafios logísticos e técnicos para implantar efetivamente sistemas solares em áreas remotas. Isso inclui questões relacionadas ao transporte de equipamentos e à manutenção de sistemas em locais de difícil acesso.

Desenvolvimento Sustentável: A expansão da energia solar está alinhada com os esforços da Etiópia para promover o desenvolvimento sustentável e reduzir os impactos das mudanças climáticas na África Subsaariana.

A Arábia Saudita vem fazendo progressos significativos na exploração e adoção da energia solar como parte de sua estratégia de diversificação econômica e redução da dependência de combustíveis fósseis. E a Arábia Saudita é segundo maior produtor de petróleo do planeta, e o oitavo maior produtor de gás natural do planeta.

Na atualidade, os sete pontos relevantes sobre a energia solar no Reino da Arábia Saudita são:

Potencial Solar: A Arábia Saudita possui um dos maiores potenciais solares do mundo devido ao seu clima ensolarado e altos níveis de radiação solar. Isso a torna um local ideal para a geração de energia solar.

Programas e Metas: O governo saudita estabeleceu metas ambiciosas para a capacidade de geração de energia solar. O programa "Visão Saudita 2030" tem como objetivo diversificar a economia e aumentar a participação das energias renováveis, incluindo a energia solar, na matriz energética do país.

Projetos de Energia Solar: A Arábia Saudita vem investindo em uma série de projetos de energia solar, incluindo usinas fotovoltaicas.

Incentivos e Políticas: O governo saudita implementou políticas e incentivos para promover a adoção da energia solar, incluindo acordos bilionários de compra de energia (Power Purchase Agreements - PPAs) para projetos de energia solar.

Pesquisa e Desenvolvimento: A Arábia Saudita também investiu em P&D de tecnologias solares avançadas, incluindo sistemas de armazenamento de energia e soluções de integração à rede elétrica.

Desafios e Oportunidades: Embora o país asiático tenha um enorme potencial solar no Oriente Médio, ele também enfrenta desafios como a variabilidade da geração solar e a necessidade de modernizar sua infraestrutura elétrica para acomodar a energia solar. No entanto, a expansão da energia solar oferece oportunidades significativas para reduzir as emissões de GEE e diversificar a economia.

Parcerias Internacionais: A Arábia Saudita tem buscado parcerias internacionais e investimento estrangeiro para apoiar o desenvolvimento de projetos solares.

A África do Sul está emergindo como um dos líderes em energia solar no continente africano. O país vem fazendo progressos significativos na adoção e expansão da energia solar como parte de seus esforços para diversificar sua matriz energética, para lidar com desafios energéticos e diminuir as emissões de GEE.

E os sete mais relevantes pontos sobre a energia solar na República da África do Sul são:

Programa de Energias Renováveis: A África do Sul lançou um programa de energia independente que visa aumentar a capacidade de geração de energia renovável, incluindo a energia solar. Esse programa envolve leilões competitivos para concessão de projetos solares em larga escala.

Parques Solares e Usinas Fotovoltaicas: O país africano construiu uma série de parques solares e usinas fotovoltaicas de grande escala em várias regiões. Esses projetos ajudaram a aumentar a capacidade de geração solar e a estabilidade da rede elétrica.

Geração Distribuída: Além dos projetos em grande escala, a geração distribuída também inclui a instalação de sistemas solares em telhados de residências, empresas e órgãos públicos, logo, com valorização imobiliária.

Clima Favorável: A África do Sul possui um clima ensolarado em muitas regiões, o que a torna um local propício para a geração de energia solar. Essa vantagem climática tem sido explorada para impulsionar a expansão da energia solar.

Incentivos e Políticas: O governo sul-africano implementou políticas e incentivos para promover a energia solar, incluindo a redução de tarifas que torna os investimentos em energia solar mais atraentes, por razões ambientais e econômicas.

Emprego e Desenvolvimento: A expansão da energia solar também tem proporcionado oportunidades de empregos verdes, especialmente em áreas rurais e menos desenvolvidas. Isso inclui a criação de empregos na construção, operação e manutenção de instalações solares. E a energia solar requer baixo custo de manutenção.

Desafios e Integração na Rede: A integração eficaz da energia solar na rede elétrica sul-africana é um desafio, pois a variabilidade da geração solar pode impactar a estabilidade da rede. Investimentos em armazenamento de energia e tecnologias de gestão de rede são considerações importantes.

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) estão emergindo como líderes na adoção da energia solar na região do Golfo Pérsico. O país asiático vem fazendo avanços notáveis na implantação de projetos solares de grande escala, impulsionados pela necessidade de diversificar sua matriz energética e reduzir as emissões de GEE.

Nos dias de hoje, os sete pontos mais relevantes sobre a energia solar nos EAU são:

Clima Favorável: Os EAU têm um clima extremamente ensolarado durante a maior parte do ano, o que os coloca em uma posição vantajosa para a geração de energia solar. A intensidade solar no Oriente Médio é um recurso valioso para a produção de eletricidade a partir do sol.

Projetos Solares de Grande Escala: Os EAU têm investido significativamente em projetos de energia solar de grande escala, incluindo usinas fotovoltaicas e usinas de energia solar concentrada. A Usina Solar Noor Abu Dhabi, por exemplo, é uma das maiores usinas solares do mundo e contribui significativamente para a capacidade de geração de energia renovável do país, com 3,2 milhões de painéis solares.

Inovação Tecnológica: Os EAU também têm buscado a inovação em tecnologias solares avançadas, incluindo o desenvolvimento de soluções de armazenamento de energia para enfrentar a variabilidade inerente à geração solar.

Políticas e Incentivos: O governo dos EAU implementou políticas e incentivos para promover a adoção da energia solar, incluindo tarifas de alimentação e acordos de compra de energia (PPAs) para projetos solares.

Sustentabilidade e Diversificação: A expansão da energia solar faz parte dos esforços mais amplos dos EAU para diversificar sua economia, reduzir a dependência de fontes de energia fósseis como o petróleo e promover a sustentabilidade. E os EAU são o sétimo maior produtor de petróleo do mundo.

Exportação de Tecnologia: Os EAU têm buscado compartilhar sua expertise em energia solar com outras nações, inclusive por meio de investimentos em projetos solares em outros países.

Desafios Técnicos: Embora os EAU tenham um enorme potencial solar, eles também enfrentam desafios como a necessidade de gerenciar a variabilidade da geração solar e garantir a integração eficaz da energia solar na rede elétrica.

O Egito está começando a explorar e adotar a energia solar como uma parte importante de sua estratégia de energia renovável. O país africano reconheceu o potencial da energia solar para diversificar sua matriz energética, reduzir a dependência de combustíveis fósseis e enfrentar desafios energéticos.

Os sete principais pontos sobre a energia solar na República Árabe do Egito são os seguintes:

Recursos Solares Abundantes: O Egito possui um clima ensolarado e regiões com altos níveis de radiação solar, o que torna a geração de energia solar uma opção promissora para o país.

Grandes Projetos Solares: O Egito tem investido em grandes projetos de energia solar, incluindo usinas fotovoltaicas e parques solares. Esses projetos visam aumentar a capacidade de geração de energia renovável e reduzir as emissões de GEE.

Programa de Energias Renováveis: O Egito lançou um ambicioso programa de energia renovável que visa atingir uma parcela significativa de sua capacidade elétrica a partir de fontes renováveis. Esse programa inclui metas específicas para a capacidade solar instalada.

Incentivos e Políticas: O governo egípcio tem implementado políticas e incentivos para promover a adoção da energia solar. Isso inclui tarifas de alimentação que incentivam a produção de energia solar por meio de contratos de compra de energia.

Desenvolvimento Econômico: A expansão da energia solar no Egito tem o potencial de criar empregos no setor de energia renovável. Isso inclui oportunidades de emprego na construção, operação e manutenção de instalações solares.

Investimento Estrangeiro: O Egito tem buscado investimento estrangeiro para apoiar o desenvolvimento de projetos solares em larga escala. Isso inclui parcerias com empresas e investidores internacionais para o armazenamento de energia elétrica.

Desafios Técnicos e Econômicos: Apesar do potencial solar, o Egito enfrenta desafios como a integração eficaz da energia solar na rede elétrica e a necessidade de investimentos em infraestrutura solar para apoiar a expansão das energias renováveis.

A Rússia vem começando a explorar mais ativamente a energia solar como uma fonte de energia alternativa, mas, seu progresso na adoção da energia solar ainda era relativamente limitado em comparação com outros países do BRICS PLUS.

E os sete mais relevantes pontos sobre a energia solar na Federação Russa são:

Parques Solares: Ocorre um interesse crescente na energia solar na continental Rússia. Algumas instalações solares foram implantadas, incluindo parques solares, especialmente em regiões com condições climáticas mais favoráveis.

Potencial Solar: Apesar de ser conhecida por seu clima frio, a Rússia possui regiões com níveis razoáveis de radiação solar. Partes do sul da Rússia e da Sibéria, por exemplo, têm potencial para aproveitar a energia solar durante os meses de verão.

Incentivos Governamentais: O governo russo começou a implementar medidas para incentivar a energia solar, incluindo subsídios e incentivos fiscais para projetos solares. No entanto, o progresso vem ocorrendo em um ritmo relativamente lento.

Pesquisa e Desenvolvimento: A Rússia também está investindo em P&D de tecnologias solares, incluindo células solares de próxima geração e sistemas de armazenamento de energia. Esses esforços visam melhorar a eficiência e a viabilidade econômica da energia solar em condições russas.

Desafios Únicos: A Rússia enfrenta desafios únicos devido às suas vastas extensões territoriais e às variações climáticas extremas. A integração eficiente da energia solar na rede elétrica e a adaptação de tecnologias às condições climáticas russas são considerações importantes.

Importância Geopolítica: A Rússia também pode considerar a energia solar como uma maneira de diversificar sua matriz energética e reduzir a dependência de fontes de energia tradicionais, não renováveis, como o gás natural e o petróleo. A Rússia é o segundo produtor mundial de gás natural, o maior exportador de gás natural, e com as maiores reservas globais de gás natural. E a Federação Russa é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo e tem a sexta maior reserva de petróleo do planeta.

O Irã vem também explorando a energia solar como parte de seus esforços para diversificar sua matriz energética, aumentar a capacidade de geração de energia renovável e diminuir as emissões de GEE. E o país asiático enfrentava desafios relacionados à segurança energética, e demanda crescente por eletricidade.

No presente momento, os sete pontos relevantes sobre a energia solar na República Islâmica do Irã são:

Potencial Solar: O Irã possui um potencial solar significativo devido à sua localização geográfica no Oriente Médio, com grande parte do país experimentando altos níveis de irradiação solar. Isso torna a energia solar uma opção viável para atender às demandas energéticas.

Leilões e Investimentos: O governo iraniano vem incentivando a adoção da energia solar por meio de leilões competitivos e atraindo investimentos para projetos de energia solar em larga escala. O país asiático vem buscando parcerias com empresas nacionais e internacionais para desenvolver projetos solares.

Projetos de Energia Solar: O Irã é o nono maior produtor de petróleo do mundo, todavia, o país está investindo em projetos de energia solar, incluindo parques solares e usinas fotovoltaicas, para aumentar sua capacidade de geração de energia renovável.

Incentivos e Políticas: O governo iraniano implementou políticas e incentivos para promover a adoção da energia solar, incluindo tarifas de alimentação (feed-in tariffs) e outros mecanismos que tornam os investimentos em energia solar mais atraentes.

Desafios e Oportunidades: O Irã tem a quarta maior reserva de petróleo do planeta, porém, enfrenta enormes desafios como a necessidade de modernizar sua infraestrutura elétrica para geração de energia renovável. No entanto, a expansão da energia solar oferece oportunidades para melhorar a segurança energética e diminuir as emissões de GEE.

Integração na Rede Elétrica: A integração eficaz da energia solar na rede elétrica é uma consideração importante para garantir a estabilidade do sistema de energia sustentável, já que o Irã é o terceiro maior produtor de gás natural do planeta.

Cooperação Internacional: O Irã tem a segunda maior reserva de gás natural do mundo, porém, vem buscando cooperação internacional e parcerias para compartilhar experiências e conhecimentos em relação à energia solar.

A Argentina já começou a explorar e adotar mais ativamente a energia solar como uma fonte de energia alternativa. O país sul-americano vem enfrentando desafios energéticos e ambientais e continua diversificando sua matriz energética.

No presente momento, os sete pontos sobre a energia solar na República Argentina são:

Potencial Solar: A Argentina possui um potencial significativo para a geração de energia solar, especialmente o Noroeste do país, onde há alta irradiação solar. Isso torna a energia solar uma opção viável para diversificar sua matriz energética.

Leilões de Energia Renovável: O governo argentino tem realizado leilões competitivos para a concessão de projetos de energia renovável, incluindo energia solar. Esses leilões atraíram investidores nacionais e internacionais interessados em desenvolver projetos solares em larga escala.

Incentivos e Políticas: O governo argentino implementou políticas e incentivos para promover a energia solar. Isso inclui tarifas de alimentação (feed-in tariffs) e acordos de compra de energia (PPAs) para projetos solares.

Geração Distribuída: A geração distribuída também vem ganhando destaque na Argentina, incentivando residências, empresas privadas e estatais a instalar sistemas solares em seus telhados para geração de energia local.

Desenvolvimento Sustentável: A expansão da energia solar está alinhada com os esforços mais amplos da Argentina para promover o desenvolvimento sustentável e reduzir as emissões de GEE.

Desafios e Oportunidades: A Argentina enfrenta desafios técnicos e regulatórios para integrar eficientemente a energia solar à sua rede elétrica. No entanto, a crescente adoção da energia solar oferece oportunidades para melhorar a resiliência energética e reduzir os impactos ambientais.

Investimento Internacional: A Argentina tem buscado investimento estrangeiro para apoiar o desenvolvimento de projetos solares em larga escala na América do Sul.

Finalizando, a expansão do BRICS tem como objetivo principal promover uma maior cooperação econômica entre as nações emergentes. A combinação dessas relevantes estratégias poderá criar um ambiente propício para os investimentos públicos e privados em energia solar no BRICS PLUS. No Brasil, por exemplo, já é possível investir em terrenos para a instalação de painéis solares pelo fundo de investimento imobiliário (FII) denominado de FII Suno Energias Limpas (SNEL11), na Brasil, Bolsa, Balcão (B3), no valor de R$ 99,86. Em suma, precisamos de mais investimentos em energia solar no BRICS PLUS para promover o desenvolvimento sustentável e reduzir as emissões de GEE.
 
REFERÊNCIAS
AIE. World Energy Outlook 2021. Disponível em: https://iea.blob.core.windows.net/assets/4ed140c1-c3f3-4fd9-acae-789a4e14a23c/WorldEnergyOutlook2021.pdf. Acesso em: 02 Set. 2023.
BANCO MUNDIAL. World Development Report 2022. Disponível em: https://openknowledge.worldbank.org/server/api/core/bitstreams/e1e22749-80c3-50ea-b7e1-8bc332d0c2ff/content. Acesso em: 02 Set. 2023.
FMI. Perspectivas Econômicas Mundiais: Abril de 2023: PIB, preços correntes. Disponível em: https://www.imf.org/external/datamapper/NGDPD@WEO/OEMDC/ADVEC/WEOWORLD. Acesso em: 02 Set. 2023.
ONU. Perspectivas da População Mundial 2022. Disponível em: https://population.un.org/wpp/. Acesso em: 02 Set. 2023.
PNUD. The Human Development Report 2021/2022. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents/global-report-document/hdr2021-22pdf_1.pdf. Acesso em: 09 de setembro de 2022.
(1) Economista brasileiro, graduado em Ciências Econômicas pela UFPB, com especialização em Gestão em RH pela UNINTER. Professor de Economia no UNIESP. Economista do Ano 2019 na Paraíba. Professor Destaque do UNIESP 2022. Professor de Economia Destaque no Ano 2023. Atual conselheiro suplente do CORECON-PB e sócio efetivo do Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da Paraíba. Autor de 12 e-books de Economia pela Editora UNIESP. E autor e co-autor de mais de 290 artigos de Economia. E-mail: [email protected] Instagram: @paulogalvaojunior e PIX: 738.451.244-15.
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