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16/11/2023 às 16h23min - Atualizada em 16/11/2023 às 16h21min

O agronegócio brasileiro tem o maior superávit comercial do mundo

Paulo Galvão Júnior (1)

Paulo Galvão Júnior

Paulo Galvão Júnior

Economista paraibano, autor de 18 e-Books de Economia, conselheiro do CORECON-PB e diretor secretário do Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da PB.

CITROSUCO
Estimado (a) leitor (a) do Portal North News, você sabia que o agronegócio brasileiro tem o maior superávit comercial do mundo. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram US$ 159,1 bilhões Free on Board (FOB), enquanto, as importações brasileiras do agrobusiness somaram apenas US$ 17,3 bilhões FOB, resultando um saldo positivo de US$ 141,8 bilhões FOB no ano de 2022.
 
De acordo com a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os números do agronegócio foram recordes em 2022, as exportações brasileiras totalizaram US$ 46,6 bilhões FOB de soja, US$ 11,8 bilhões FOB de carne bovina in natura, e US$ 9,5 bilhões FOB de açúcar, por exemplos.
 
Os três maiores parceiros comerciais dos produtos agropecuários do Brasil são a China (31,9% do total), a União Europeia (16,1%) e os Estados Unidos (6,6%). E o Brasil exporta também para outros países como o Japão (2,7%), a Coreia do Sul (2,0%), e a Índia (1,9%), por exemplos.
 
Com esse excelente resultado no ano passado, o Brasil é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e dos Países Baixos. E o Brasil exporta diversos produtos agropecuários para mais de 200 países em cinco continentes.
 
Desde janeiro até novembro deste ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) recebeu autorização para iniciar as exportações de produtos agropecuários brasileiros para 57 novos mercados, a carne bovina para o México, a carne suína para a República Dominicana, as carnes bovina e suína processadas para a Singapura, o algodão para o Egito, o mamão papaya para o Chile, o avocado para a Índia, a carne de frango para o Catar, e a carne suína para o Canadá, por exemplos.
 
O Brasil é líder mundial nas exportações de café, açúcar, soja, milho, carne bovina, carne de frango, etanol, fumo, celulose e suco de laranja concentrado e congelado. No primeiro semestre de 2023, o Brasil bateu recorde com exportações do agronegócio, totalizando US$ 82,8 bilhões FOB, com destaque as exportações de soja (US$ 26,8 bilhões FOB), farelo de soja (US$ 5,0 bilhões FOB), carne de frango (US$ 3,9 bilhões FOB), açúcar (US$ 3,9 bilhões FOB), celulose (US$ 3,5 bilhões FOB), e carne bovina (US$ 3,4 bilhões FOB).
 
Para os exportadores brasileiros o Incoterm mais usado é o FOB (em português, livre a bordo) e ao exportador caberá embarcar a mercadoria, de origem agropecuária, livre de quaisquer encargos para o importador. O exportador entregará a bordo de um navio no porto de origem até o porto de desembarque. E o exportador escolhe o navio de carga e paga o frete marítimo, assumindo essas despesas de exportação de embarque de produtos agropecuários. Mas, o exportador não paga o seguro internacional das mercadorias transportadas no navio porta-containers ou no navio graneleiro (transporta milhões de toneladas de granéis sólidos como soja e milho ou de granéis líquidos como etanol e suco de laranja concentrado e congelado).
 
A mecanização agropecuária e a tecnologia rural contribuem para o crescimento das exportações de produtos agropecuários. E o Brasil é uma potência agropecuária, e a conexão entre o crédito e o campo é fundamental para ser o maior exportador de alimentos do planeta nos próximos cinco anos.
 
As exportações de produtos do agronegócio, um dos principais setores da economia brasileira, poderão crescer muito com mais investimentos em LCAs, CRAs, CDCAs, CDAs, CPRs, Debêntures Agrícolas, FIAGROS, Ações ON, PN e UNITS de empresas ligadas ao agro brasileiro. E as expectativas são a quantidade maior de investidores e de cotistas nas cinco regiões brasileiras investindo em ativos financeiros de renda fixa e de renda variável.
 
O continental e populoso Brasil poderá exportar mais produtos agropecuários para o desenvolvido Canadá e a emergente Índia, por exemplos, porque é crescente a demanda de produtos agropecuários na economia mundial. É muito relevante o papel do agronegócio para aumentar a produção, a produtividade, e, sobretudo, as exportações brasileiras de commodities agrícolas (soja, milho, café, açúcar, algodão, celulose e suco de laranja concentrado e congelado), de commodities de proteína animal (carne bovina, carne de frango e carne suína) e de commodities energéticas (etanol).
 
É preciso revelar que os principais gargalos dos exportadores brasileiros de produtos agropecuários são os preços dos fertilizantes, antes da porteira; a escassez de armazenagem de grãos, dentro da porteira; e as precárias condições das rodovias, das ferrovias e das hidrovias para transportar a produção agropecuária até os portos, depois da porteira. E os agricultores e pecuaristas todos os dias enfrentam as mudanças climáticas, as pragas, as doenças, os elevados tributos e os sérios problemas com a conectividade rural.
 
Finalizando, o Brasil é uma potência agropecuária no mundo. Logo, com inovação tecnológica, e com sustentabilidade econômica, social e ambiental, os produtores rurais poderão gerar mais produtos de qualidade, mais emprego, mais renda, mais investimentos e mais riqueza. Em suma, o agronegócio brasileiro é um dos grandes responsáveis pela segurança alimentar no Brasil e no planeta.
 
(1) Economista brasileiro, professor de Economia no UNIESP, conselheiro do CORECON-PB e um dos três autores brasileiros do e-book intitulado Como investir em ativos financeiros no agronegócio brasileiro?: https://docs.google.com/forms/d/1O4vCgWBK1Fw1a-S7qLwGP6b9Z7e4gqo1qoZYqe1qSIY/viewform?edit_requested
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