Os EUA são a maior economia do mundo, com um PIB nominal de US$ 30,507 trilhões
, de acordo com dados do FMI em 28 de abril de 2025. Os EUA têm uma robusta infraestrutura logística, elevado nível educacional, grandes avanços tecnológicos, relevantes inovações industriais e forte sistema financeiro. Apesar do tamanho impressionante da economia americana, o crescimento real do PIB está projetado em 1,8% para 2025 e 1,7% para 2026, indicando uma expansão econômica moderada.
A Índia é agora a quarta maior economia do mundo, com um PIB nominal de US$ 4,187 trilhões, superando o Japão, com um PIB nominal de US$ 4,186 trilhões. A Índia lidera a projeção de crescimento do PIB, com 6,2% para 2025 e 6,3% para 2026, demonstrando forte dinamismo econômico impulsionado por tecnologia, infraestrutura logística e mercado consumidor em expansão.
A Alemanha possui a maior economia da Europa e a terceira maior do mundo, consolidando-se como um dos principais polos industriais e comerciais do planeta. O país europeu destaca-se pela produção e exportação de bens de alto valor agregado, incluindo produtos químicos, automóveis, alimentos processados, eletrônicos, metais, borracha e diversos outros bens manufaturados.
Com um PIB nominal de US$ 4,744 trilhões, a economia alemã é impulsionada pela sua forte infraestrutura industrial, pela capacidade tecnológica avançada e por um setor exportador altamente competitivo, liderado por empresas multinacionais de renome, como Basf, Volkswagen, Bayer, Siemens, Bosch, Adidas e Mercedes-Benz. Além disso, o país europeu desempenha um papel crucial no comércio internacional e na formulação de políticas econômicas da União Europeia (UE).
A Alemanha apresenta 0,0% de crescimento para 2025, o que indica um cenário de estagnação econômica. No entanto, há uma expectativa de fraca recuperação para 0,9% em 2026. É preciso ressaltar que com o fraco crescimento do PIB alemão e o forte crescimento do PIB indiano, no ano de 2026, a Índia, provavelmente, será a terceira maior economia do planeta, atrás apenas dos EUA e da China.
O Brasil ocupa a décima posição no ranking da economia mundial, com um PIB nominal de US$ 2,125 trilhões e uma previsão de crescimento de 2,0% para 2025 e 2026. Isso evidencia um crescimento sólido entre as economias emergentes, mas ainda atrás da Índia e China em termos de ritmo de expansão econômica. Fatores como expansão do agronegócio, investimentos em infraestrutura logística e maiores exportações podem impulsionar esse desempenho econômico.
Entretanto, desafios como inflação, taxa de juros elevada, inadimplência crescente entre pessoas físicas e jurídicas, taxa de desemprego em alta e a necessidade de reformas estruturais podem impactar essa trajetória econômica. O ambiente econômico global e decisões de política econômica interna serão essenciais para consolidar essas previsões do FMI.
É preciso revelar que a classificação das dez maiores economias do mundo pode variar dependendo da fonte e do método de cálculo do PIB, o valor total dos bens e serviços finais que um país produz durante um determinado período, geralmente um ano. Entre os critérios estão o PIB nominal, que mede o valor absoluto da produção econômica em dólares norte-americanos, e o PIB em Paridade de Poder de Compra (PPC), que ajusta o valor do PIB com base no custo de vida e no poder de compra em cada país.
A China ocupa a segunda posição entre as dez maiores economias do planeta em termos de PIB nominal, com US$ 19,231 trilhões. No entanto, ao considerar o critério do PIB PPC, o país asiático assume a primeira colocação, registrando um valor de $ 37,07 trilhões, superando os $ 29,17 trilhões dos EUA. Esse indicador econômico mostra que a China possui uma capacidade econômica maior quando se trata de produção interna e consumo doméstico.
O avanço da economia chinesa no critério PPC reflete seu crescimento industrial acelerado, seu papel de líder global na exportação de bens e manufaturas e suas políticas de expansão tecnológica e infraestrutura. No entanto, desafios como desaceleração econômica, guerra comercial com os EUA, tensões com Taiwan e mudanças na política monetária global podem impactar seu desempenho no biênio 2025-2026.
Além disso, outro indicador econômico relevante é o PIB per capita, o PIB total dividido pela população total, que mede a renda média de cada cidadão em um país, sendo liderado por Luxemburgo, com uma renda per capita de US$ 140.941 em 2025, conforme o FMI. Os EUA têm uma renda per capita de US$ 89.105, demonstrando a alta qualidade de vida da população norte-americana. Por outro lado, a Índia com um PIB per capita de US$ 2.934, refletindo os desafios de uma economia emergente com alta densidade populacional e elevadas desigualdades socioeconômicas, apesar de seu rápido crescimento econômico.
A disputa entre as dez maiores economias do planeta é dinâmica e sujeita a variações anuais devido a fatores como crescimento econômico, inflação, taxa de câmbio, taxa de juros e desemprego. O Brasil, por exemplo, está em constante competição com o Canadá pela nona colocação no ranking mundial, e essa ordem no ranking global pode se alterar dependendo do desempenho econômico de ambos os países.
Portanto, o posicionamento do Brasil como a décima maior economia global reflete sua relevância econômica, mas também os desafios a serem enfrentados no biênio 2025-2026. A continuidade de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável será crucial para manter o ritmo de crescimento econômico, fortalecer sua presença no cenário internacional e ganhar novas posições.
É preciso revelar que no critério das dez maiores economias do mundo em PIB PPC, o Brasil ocuparia a sétima posição no ranking global, com um PIB de $ 4,70 trilhões PPC em 2025. Já o Canadá não figuraria entre as dez maiores economias do planeta, conforme o FMI. A França e o RU seriam o nono e décimo colocados, respectivamente, com um PIB PPC em $ 4,36 trilhões e $ 4,28 trilhões.
Com um PIB nominal de US$ 3,839 trilhões, o RU projeta um crescimento real de 1,1% em 2025 e 1,4% em 2026. Esse crescimento é relativamente modesto, indicando um ritmo estável, possivelmente impulsionado pelo setor de serviços e comércio internacional. Os impactos do Brexit continuam sendo um fator relevante na economia britânica.
O PIB nominal francês está em US$ 3,211 trilhões, com uma previsão de crescimento de 0,6% em 2025 e 1,0% em 2026. A economia francesa enfrenta desafios de recuperação, com o setor industrial e as políticas econômicas internas influenciando o crescimento.
Com um PIB nominal de US$ 2,422 trilhões, a Itália apresenta uma das menores taxas de crescimento da lista, 0,4% em 2025 e 0,8% em 2026. A economia italiana tem sido caracterizada por um crescimento lento, impactado por desafios estruturais, como alta dívida pública e baixa produtividade.
O Canadá tem um PIB nominal de US$ 2,225 trilhões, com uma taxa de crescimento projetada de 1,4% em 2025 e 1,6% em 2026, a segunda maior projeção do G7. A economia canadense se beneficia de recursos naturais robustos e um mercado de trabalho dinâmico. A inovação tecnológica e a demanda por energia renovável podem impulsionar o crescimento do PIB no biênio 2025-2026.
Esses países desenvolvidos e membros do G7 mostram diferentes trajetórias econômicas, com o Canadá destacando-se por sua maior estabilidade econômica, enquanto a França e a Itália enfrentam desafios para acelerar o crescimento do PIB. Já o RU mantém uma perspectiva de expansão econômica moderada.
Concluindo, o cenário econômico global para o biênio 2025-2026 revela um contraste marcante entre as economias desenvolvidas, como Alemanha, Japão e Itália, membros do G7, que apresentam crescimento baixo, e as economias emergentes, como Índia, China e Brasil, integrantes do grupo BRICS, que demonstram maior dinamismo econômico.
Embora, em termos percentuais, o crescimento dos EUA seja inferior ao das economias emergentes como Índia, China e Brasil, seu PIB nominal permanece o mais importante do mundo em 2025, consolidando sua posição como a maior economia global, do G7 e do Grupo dos Vinte (G20). No entanto, sua expansão econômica ocorre em ritmo mais lento em comparação com países emergentes e asiáticos, como Índia e China.
(*) Paulo Galvão Júnior é economista brasileiro, conselheiro efetivo do CORECON-PB, diretor secretário do Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da Paraíba, e autor de 18 e-books de Economia, entre eles, O CANADA! (2022) e A IMPORTÂNCIA DO CANADÁ NO G7 E G20 (2024). Acesse o link para comprar o e-book de 2024: https://paulogalvaojunior.com.br/canada/. WhatsApp para entrevistas e palestras sobre o G7, G20 e BRICS: +55 (83) 98122-7221.