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22/05/2025 às 08h17min - Atualizada em 22/05/2025 às 08h05min

As Dez Maiores Economias do Mundo em 2025

Por Paulo Galvão Júnior (*)

Paulo Galvão Júnior

Paulo Galvão Júnior

Economista paraibano, autor de 18 e-Books de Economia, conselheiro do CORECON-PB e diretor secretário do Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da PB.

Estimado leitor lusófono do Portal North News, em Banff, na província de Alberta, os ministros das Finanças e governadores e presidentes dos bancos centrais do Grupo dos Sete (G7) estão reunidos no Canadá para discutir a estabilidade econômica global.

Entre as dez maiores economias do mundo em 2025, encontram-se Estados Unidos da América (EUA), China, Alemanha, Índia, Japão, Reino Unido (RU), França, Itália, Canadá e Brasil. Segundo os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), os dois países mais ricos do planeta são os EUA e a China, com um Produto Interno Bruto (PIB) nominal de US$ 30,507 trilhões e US$ 19,231 trilhões, respectivamente.

No relatório World Economic Outlook em abril de 2025, o FMI apresenta projeções econômicas globais. O principal objetivo desse artigo é analisar o PIB nominal e as previsões para as dez maiores economias do planeta no biênio 2025-2026. Fatores como inflação, políticas monetárias restritivas e incertezas globais com os impactos da Guerra na Ucrânia, da Guerra em Israel, e da guerra comercial, iniciada pelo presidente norte-americano Donald Trump, podem influenciar essas previsões econômicas do FMI:
 
Quadro 1: As Dez Maiores Economias do Mundo em 2025
Ranking País PIB Nominal
(US$ trilhões)
PIB real projetado
 para 2025 (em %)
PIB real projetado
para 2026 (em %)
EUA 30,507 1,8 1,7
China 19,231 4,0 4,0
Alemanha 4,744 0,0 0,9
Índia 4,187 6,2 6,3
Japão 4,186 0,6 0,6
RU 3,839 1,1 1,4
França 3,211 0,6 1,0
Itália 2,422 0,4 0,8
Canadá 2,225 1,4 1,6
10º Brasil 2,125 2,0 2,0
Fonte: FMI
 

Os EUA são a maior economia do mundo, com um PIB nominal de US$ 30,507 trilhões, de acordo com dados do FMI em 28 de abril de 2025. Os EUA têm uma robusta infraestrutura logística, elevado nível educacional, grandes avanços tecnológicos, relevantes inovações industriais e forte sistema financeiro. Apesar do tamanho impressionante da economia americana, o crescimento real do PIB está projetado em 1,8% para 2025 e 1,7% para 2026, indicando uma expansão econômica moderada.

A Índia é agora a quarta maior economia do mundo, com um PIB nominal de US$ 4,187 trilhões, superando o Japão, com um PIB nominal de US$ 4,186 trilhões. A Índia lidera a projeção de crescimento do PIB, com 6,2% para 2025 e 6,3% para 2026, demonstrando forte dinamismo econômico impulsionado por tecnologia, infraestrutura logística e mercado consumidor em expansão.

A Alemanha possui a maior economia da Europa e a terceira maior do mundo, consolidando-se como um dos principais polos industriais e comerciais do planeta. O país europeu destaca-se pela produção e exportação de bens de alto valor agregado, incluindo produtos químicos, automóveis, alimentos processados, eletrônicos, metais, borracha e diversos outros bens manufaturados.

Com um PIB nominal de US$ 4,744 trilhões, a economia alemã é impulsionada pela sua forte infraestrutura industrial, pela capacidade tecnológica avançada e por um setor exportador altamente competitivo, liderado por empresas multinacionais de renome, como Basf, Volkswagen, Bayer, Siemens, Bosch, Adidas e Mercedes-Benz. Além disso, o país europeu desempenha um papel crucial no comércio internacional e na formulação de políticas econômicas da União Europeia (UE).

A Alemanha apresenta 0,0% de crescimento para 2025, o que indica um cenário de estagnação econômica. No entanto, há uma expectativa de fraca recuperação para 0,9% em 2026. É preciso ressaltar que com o fraco crescimento do PIB alemão e o forte crescimento do PIB indiano, no ano de 2026, a Índia, provavelmente, será a terceira maior economia do planeta, atrás apenas dos EUA e da China.

O Brasil ocupa a décima posição no ranking da economia mundial, com um PIB nominal de US$ 2,125 trilhões e uma previsão de crescimento de 2,0% para 2025 e 2026. Isso evidencia um crescimento sólido entre as economias emergentes, mas ainda atrás da Índia e China em termos de ritmo de expansão econômica. Fatores como expansão do agronegócio, investimentos em infraestrutura logística e maiores exportações podem impulsionar esse desempenho econômico.

Entretanto, desafios como inflação, taxa de juros elevada, inadimplência crescente entre pessoas físicas e jurídicas, taxa de desemprego em alta e a necessidade de reformas estruturais podem impactar essa trajetória econômica. O ambiente econômico global e decisões de política econômica interna serão essenciais para consolidar essas previsões do FMI.

É preciso revelar que a classificação das dez maiores economias do mundo pode variar dependendo da fonte e do método de cálculo do PIB, o valor total dos bens e serviços finais que um país produz durante um determinado período, geralmente um ano. Entre os critérios estão o PIB nominal, que mede o valor absoluto da produção econômica em dólares norte-americanos, e o PIB em Paridade de Poder de Compra (PPC), que ajusta o valor do PIB com base no custo de vida e no poder de compra em cada país.

A China ocupa a segunda posição entre as dez maiores economias do planeta em termos de PIB nominal, com US$ 19,231 trilhões. No entanto, ao considerar o critério do PIB PPC, o país asiático assume a primeira colocação, registrando um valor de $ 37,07 trilhões, superando os $ 29,17 trilhões dos EUA. Esse indicador econômico mostra que a China possui uma capacidade econômica maior quando se trata de produção interna e consumo doméstico.

O avanço da economia chinesa no critério PPC reflete seu crescimento industrial acelerado, seu papel de líder global na exportação de bens e manufaturas e suas políticas de expansão tecnológica e infraestrutura. No entanto, desafios como desaceleração econômica, guerra comercial com os EUA, tensões com Taiwan e mudanças na política monetária global podem impactar seu desempenho no biênio 2025-2026.

Além disso, outro indicador econômico relevante é o PIB per capita, o PIB total dividido pela população total, que mede a renda média de cada cidadão em um país, sendo liderado por Luxemburgo, com uma renda per capita de US$ 140.941 em 2025, conforme o FMI. Os EUA têm uma renda per capita de US$ 89.105, demonstrando a alta qualidade de vida da população norte-americana. Por outro lado, a Índia com um PIB per capita de US$ 2.934, refletindo os desafios de uma economia emergente com alta densidade populacional e elevadas desigualdades socioeconômicas, apesar de seu rápido crescimento econômico.

A disputa entre as dez maiores economias do planeta é dinâmica e sujeita a variações anuais devido a fatores como crescimento econômico, inflação, taxa de câmbio, taxa de juros e desemprego. O Brasil, por exemplo, está em constante competição com o Canadá pela nona colocação no ranking mundial, e essa ordem no ranking global pode se alterar dependendo do desempenho econômico de ambos os países.

Portanto, o posicionamento do Brasil como a décima maior economia global reflete sua relevância econômica, mas também os desafios a serem enfrentados no biênio 2025-2026. A continuidade de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável será crucial para manter o ritmo de crescimento econômico, fortalecer sua presença no cenário internacional e ganhar novas posições.

É preciso revelar que no critério das dez maiores economias do mundo em PIB PPC, o Brasil ocuparia a sétima posição no ranking global, com um PIB de $ 4,70 trilhões PPC em 2025. Já o Canadá não figuraria entre as dez maiores economias do planeta, conforme o FMI. A França e o RU seriam o nono e décimo colocados, respectivamente, com um PIB PPC em $ 4,36 trilhões e $ 4,28 trilhões.

Com um PIB nominal de US$ 3,839 trilhões, o RU projeta um crescimento real de 1,1% em 2025 e 1,4% em 2026. Esse crescimento é relativamente modesto, indicando um ritmo estável, possivelmente impulsionado pelo setor de serviços e comércio internacional. Os impactos do Brexit continuam sendo um fator relevante na economia britânica.

O PIB nominal francês está em US$ 3,211 trilhões, com uma previsão de crescimento de 0,6% em 2025 e 1,0% em 2026. A economia francesa enfrenta desafios de recuperação, com o setor industrial e as políticas econômicas internas influenciando o crescimento.

Com um PIB nominal de US$ 2,422 trilhões, a Itália apresenta uma das menores taxas de crescimento da lista, 0,4% em 2025 e 0,8% em 2026. A economia italiana tem sido caracterizada por um crescimento lento, impactado por desafios estruturais, como alta dívida pública e baixa produtividade.

O Canadá tem um PIB nominal de US$ 2,225 trilhões, com uma taxa de crescimento projetada de 1,4% em 2025 e 1,6% em 2026, a segunda maior projeção do G7. A economia canadense se beneficia de recursos naturais robustos e um mercado de trabalho dinâmico. A inovação tecnológica e a demanda por energia renovável podem impulsionar o crescimento do PIB no biênio 2025-2026.

Esses países desenvolvidos e membros do G7 mostram diferentes trajetórias econômicas, com o Canadá destacando-se por sua maior estabilidade econômica, enquanto a França e a Itália enfrentam desafios para acelerar o crescimento do PIB. Já o RU mantém uma perspectiva de expansão econômica moderada.

Concluindo, o cenário econômico global para o biênio 2025-2026 revela um contraste marcante entre as economias desenvolvidas, como Alemanha, Japão e Itália, membros do G7, que apresentam crescimento baixo, e as economias emergentes, como Índia, China e Brasil, integrantes do grupo BRICS, que demonstram maior dinamismo econômico.

Embora, em termos percentuais, o crescimento dos EUA seja inferior ao das economias emergentes como Índia, China e Brasil, seu PIB nominal permanece o mais importante do mundo em 2025, consolidando sua posição como a maior economia global, do G7 e do Grupo dos Vinte (G20). No entanto, sua expansão econômica ocorre em ritmo mais lento em comparação com países emergentes e asiáticos, como Índia e China.

(*) Paulo Galvão Júnior é economista brasileiro, conselheiro efetivo do CORECON-PB, diretor secretário do Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da Paraíba, e autor de 18 e-books de Economia, entre eles, O CANADA! (2022) e A IMPORTÂNCIA DO CANADÁ NO G7 E G20 (2024). Acesse o link para comprar o e-book de 2024: https://paulogalvaojunior.com.br/canada/. WhatsApp para entrevistas e palestras sobre o G7, G20 e BRICS: +55 (83) 98122-7221.
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