https://www.cop27.eg/#/. Na atualidade, as mudanças climáticas têm sido algo de enorme preocupação para a humanidade. E o presente artigo visa contribuir na reflexão crítica sobre os devastadores impactos das mudanças climáticas na Paraíba, no Brasil, no Canadá, na América e no mundo e alertar que falta 1 dia para a COP27 no Egito.
Em 6 de novembro de 2022, no Egito, começará a 27ª Conferência das Partes (COP27) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (em inglês, UNFCCC) com o principal objetivo de abrir caminho para a ambição futura de enfrentar efetivamente o desafio global das mudanças climáticas no planeta Terra.
A UNFCCC é um tratado internacional com o objetivo de estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, principalmente de dióxido do carbono e a última COP foi realizada na cidade escocesa de Glasgow, em novembro de 2021. E a COP26 terminou com um acordo histórico que cria um mercado global de carbono (EXAME, 2022).
Desde a COP3 em Kyoto, no ano de 1997, que o Brasil é um dos três países emergentes que mais projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) poderão gerar créditos de carbono no mercado mundial em prol da preservação do meio ambiente. E o Brasil é um dos países mais bonitos do planeta e com 61,8% da maior floresta tropical do mundo, a Floresta Amazônica. E o continental país tem seis tipos de biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal.
Os líderes de cerca de 200 países estão seriamente preocupados no que se referem às mudanças climáticas, pois os GEE interferem na qualidade de vida das pessoas. Dessa forma, os GEE estão interferindo na sua vida pessoal, familiar, acadêmica e profissional, sendo assim, para aumentar a esperança de vida ao nascer requer mais recursos financeiros para os setores de educação e de saúde, com a finalidade de proporcionar uma melhor condição de vida.
Nos dias atuais, os agentes econômicos têm se preocupado cada vez mais em alinhar os resultados altamente produtivos com a maior conservação ambiental, aplicando os conceitos mais modernos de sustentabilidade. É fundamental que as famílias, as empresas e os Governos incentivem o não uso de copos e sacolas de plástico e o maior uso de carros elétricos no país.
O Brasil apresenta elevada desigualdade de renda e é um dos dez países mais desiguais do planeta. Segundo os autores Philippi Jr. e Pelicioni (2005, p. 8), “A redução das desigualdades sociais é primordial para atingir plenamente a sustentabilidade em todas as suas dimensões; isso poderá ocorrer com a modificação da distribuição de renda no país”. E o Brasil é um país ensolarado que precisa utilizar mais a energia solar (22 gigawatts). Um país repleto de rios que necessita utilizar mais a aquicultura. Sim, é visível a evolução do Brasil na geração de energia eólica e, atualmente, o Brasil ocupa o sexto lugar no ranking mundial de capacidade instalada de energia eólica com 22 gigawatts (SITEBARRA, 2022).
É preciso destacar que o Brasil detém o maior uso de fontes renováveis do planeta, com 84% da matriz elétrica em fontes renováveis como energia hidroelétrica, eólica, solar e biomassa. É fundamental aumentar o número de residências com placas fotovoltaicas em seus telhados e com saneamento básico, já que 100 milhões de habitantes não têm coleta de esgoto no País.
Segundo os autores May, Lustosa e Vinha (2003, p. XI), “Foi na década de 1960 que a questão ambiental entrou definitivamente na agenda de pesquisa dos economistas. As projeções catastróficas acerca da finitude dos recursos naturais evidenciaram a falta de atenção aos aspectos ecológicos dos modelos econômicos”. As mudanças climáticas estão provocando temperaturas mais quentes, tempestades mais severas, aumento das secas, aumento dos oceanos, inundações e doenças.
O Brasil é “um país com enormes riquezas naturais, com os maiores biomas do planeta e que necessita utilizar essas dádivas da natureza em prol de sua população atual e futura” (MAY; LUSTOSA; VINHA, 2003, p. XII). E o Brasil tem a Amazônia Verde e a Amazônia Azul e é fundamental entender que os recursos naturais são finitos e que podemos realizar projetos sustentáveis para promover a prosperidade econômica nas cinco regiões do País.
Os recursos naturais podem ser renováveis e não-renováveis. As águas dos rios e as árvores das florestas são recursos renováveis, já o petróleo e o gás natural são recursos não-renováveis. “No entanto, os recursos renováveis podem se esgotar e tornarem-se não-renováveis” (MAY; LUSTOSA; VINHA, 2003, p. 48).
“O desmatamento é um dos problemas ambientais mais sérios enfrentados pelo Brasil” (MAY; LUSTOSA; VINHA, 2003, p. 124). É fundamental a redução imediata do desmatamento na Amazônia, o maior vetor de emissões de GEE no País. É um absurdo o índice de desmatamento no Brasil, portanto, podemos afetar no resultado final com o reflorestamento ambiental e a conservação da floresta tropical.
A República Popular da China é o maior emissor de GEE do mundo, com 28% de dióxido de carbono na atmosfera. Portanto, os investimentos em energias renováveis e a redução da poluição pelas fábricas chinesas são essenciais para cumprir a meta da COP11, em Montreal, no Canadá, que defendeu a redução global de emissões de GEE em torno de 20% a 30% até 2030.
Os acordos para a cooperação internacional entre o Consórcio dos Governadores da Amazônia Legal e alguns países desenvolvidos poderão gerar fundos em torno de 50 milhões de reais. A Noruega e a Alemanha, ambas retornarão as doações ao Fundo Amazônia no próximo ano. Já o Governo do Canadá investiu 55 milhões de dólares canadenses no Fundo de Neutralidade da Degradação de Terras para restaurar ecossistemas degradados e se adaptar a Economia Verde.
É preciso destacar que “O conceito de desenvolvimento sustentável é um conceito normativo que surgiu com o nome de ecodesenvolvimento no início da década de 1970. Ele surgiu num contexto de controvérsia sobre as relações entre crescimento econômico e meio ambiente, exacerbada principalmente pela publicação do relatório do Clube de Roma que pregava o crescimento zero como forma de evitar a catástrofe ambiental” (MAY; LUSTOSA; VINHA, 2003, p. 6).
Conforme os autores May, Lustosa e Vinha (2003, p. 156), “O setor industrial é um dos que mais provoca danos ao meio ambiente, seja por seus processos produtivos ou pela fabricação de produtos poluentes e/ou que tenham problemas de disposição final após sua utilização”. Certamente, a Economia Verde é o melhor caminho para o Brasil, o Canadá e o mundo conterem o aquecimento global a 1,5ºC até 2050. Logo, precisamos incentivar a indústria verde, a geração de empregos verdes, a contabilidade ambiental, a produção do hidrogênio verde, as boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa (em inglês, ESG) e a educação ambiental.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a Economia Verde significa “Uma economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz, significativamente, riscos ambientais e escassez ecológica” (BRASIL ESCOLA, 2022).
Em suma, vários líderes mundiais estão a caminho do resort egípcio de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, entre 6 e 18 de novembro de 2022. E na COP27 deverão se unir pelo crescimento econômico com inclusão social e com preservação do meio ambiente. Enfim, do Rio 1992 a Sharm el-Sheikh 2022, são trinta anos consecutivos na luta contra as mudanças climáticas e na busca de um desenvolvimento sustentável.
Referências SITEBARRA.
Capacidade instalada da energia eólica no Brasil pode abastecer 28,8 milhões de residências por mês. Disponível em: https://sitebarra.com.br/v7/capacidade-instalada-da-energia-eolica-no-brasil-pode-abastecer-288-milhoes-de-residencias-por-mes.html. Acesso em: 05 nov. 2022.
BRASIL ESCOLA.
O Brasil e a economia verde. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/o-brasil-economia-verde.htm#:~:text=Segundo%20o%20PNUMA%20(Programa%20das,riscos%20ambientais%20e%20escassez%20ecol%C3%B3gica%22. Acesso em: 05 nov. 2022.
EXAME.
COP27: o que esperar da conferência internacional da ONU sobre mudanças climáticas. Disponível em:
https://exame.com/esg/cop-27-o-que-esperar-da-conferencia-internacional-da-onu-sobre-mudancas-climaticas/. Acesso em: 04 nov. 2022.
MAY, Peter H.; LUSTOSA, Maria Cecília; VINHA, Valéria da. (Org.).
Economia do meio ambiente. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
ONU.
COP27. Disponível em:
https://www.cop27.eg/#/. Acesso em: 04 nov. 2022.
PHILIPPI JR., Arlindo; PELICIONI, Maria Cecília Focesi.
Educação Ambiental e Sustentabilidade. Barueri: Manole, 2005.