MENU

23/05/2023 às 07h02min - Atualizada em 23/05/2023 às 06h57min

O G7 na busca da paz mundial em Hiroshima

Paulo Galvão Júnior

Paulo Galvão Jr.

Paulo Galvão Jr.

Economista, escritor, palestrante, professor de Economia no UNIESP, autor de 12 eBooks de Economia pela Editora UNIESP e Conselheiro do CORECON-PB.

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O presente artigo tem como objetivo principal abordar o relevante Grupo dos Sete (G7), e pretende contribuir na reflexão crítica sobre os graves problemas globais. Recentemente, ocorreu a G7 Hiroshima Summit 2023, no milenar Japão, o terceiro país mais rico do mundo.
 
E o artigo está dividido em quatro capítulos. Inicialmente, o primeiro capítulo trata das considerações iniciais. Em seguida, o segundo aborda o início do G7. O terceiro analisa a situação socioeconômica dos países integrantes do G7 na atualidade. O quarto mostra como a humanidade está amedrontada com quatro graves problemas mundiais. E, finalmente, o quinto capítulo apresenta as considerações finais.
 
2 O QUE É O G7?
Cabe lembrar que a primeira reunião de Cúpula do Grupo dos Seis (G6) foi em 15 de novembro de 1975, no Castelo de Rambouillet, na França. Lembrando que, por causa do Primeiro Choque do Petróleo, em 1973, surge em 1975 o G6, com França, Estados Unidos da América (EUA), Reino Unido (RU), Alemanha, Japão e Itália, e que no ano de 1976 se tornou o G7, com a entrada do Canadá.
 
O então primeiro-ministro canadense Pierre Trudeau foi decisivo para entrada do segundo maior país do planeta no G6. Até hoje já aconteceram 49 reuniões do G7, um fórum internacional que reúne anualmente as sete nações democráticas mais ricas do mundo, os EUA, Japão, Alemanha, RU, França, Itália e Canadá.
 
E o G7 é composto por sete países industrializados e localizados em três continentes (América, Ásia e Europa), mais a União Europeia (UE), convidada permanente para as cúpulas dos chefes de Estado e de Governo desde 1981.
 
As cúpulas anuais dos líderes das nações do G7 desde 1976 têm o chanceler da Alemanha, os presidentes dos EUA e da França, e os primeiros-ministros do Japão, do RU, da Itália, e do Canadá. E no próprio Canadá já ocorreram seis Cúpulas do G7 desde 1981.
 
O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, foi o líder anfritião da recente Cúpula do G7, na cidade portuária de Hiroshima, local histórico do primeiro ataque atômico do mundo, com a presença do presidente americano Joe Biden, do presidente francês Emmanuel Macron, do chanceler alemão Olaf Scholz, do primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, e do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, além da presidenta da Comissão Europeia, a belga Ursula von der Leyen, e do presidente do Conselho Europeu, o belga Charles Michel.

3 A SITUAÇÃO SOCIOECONÔMICA DO G7 NA ATUALIDADE

Sim, após a 49ª Cúpula do G7, em Hiroshima, é possível analisar os seis principais indicadores socioeconômicos (PIB Nominal, População Total, IDH, Esperança de Vida ao Nascer e Média de Anos de Estudo) dos sete países membros do G7 (Canada, France, Germany, Italy, Japan, United Kingdom, and United States) na atualidade:
 
País PIB
Nominal
(US$ trilhões)
População
Total
(milhões de hab.)
IDH Esperança de Vida ao Nascer (anos) Média de anos de estudo
EUA 24,4 334,8 0,921 77,2 13,7
Japão   4,7 125,6 0,925 84,8 13,4
Alemanha   4,1   83,9 0,942 80,6 14,1
RU   3,3   68,5 0,929 80,7 13,4
França   2,8   65,6 0,903 82,5 11,6
Itália   2,1   60,3 0,895 82,9 10,7
Canadá   2,0   38,4 0,936 82,7 13,8
G7 43,3 777,0 0,922 81,6 12,9
 
Quadro 1. Os principais indicadores socioeconômicos do G7 na atualidade.
Fontes: Banco Mundial e PNUD.

 
3.1 Produto Interno Bruto Nominal
O Produto Interno Bruto (PIB) total do G7 alcançou US$ 43,3 trilhões em 2022, ou seja, o G7 representa 43% do PIB mundial em termos nominais. E o PIB nominal variou entre US$ 24,4 trilhões nos EUA e US$ 2,0 trilhões no Canadá, segundo o Banco Mundial.
 
O PIB do Japão foi de US$ 4,7 trilhões, sendo superior aos PIBs nominais de três países europeus, da Alemanha (US$ 4,1 trilhões), do RU (US$ 3,3 trilhões) e da França (US$ 2,8 trilhões). E o Japão é a segunda maior economia do G7, destacando-se na produção de navios, automóveis, motos, fibras sintéticas e produtos eletrônicos.
 
Já a soma dos PIBs de seis países desenvolvidos, Japão (US$ 4,7 trilhões), Alemanha (US$ 4,1 trilhões), RU (US$ 3,3 trilhões), França (US$ 2,8 trilhões), Itália (US$ 2,1 trilhões) e Canadá (US$ 2,0 trilhões) alcançam US$ 19,0 trilhões e não ultrapassam o PIB dos EUA, a maior potência econômica do planeta com um PIB nominal de US$ 24,4 trilhões e responsável por 56,3% do PIB total do G7.
 
E o PIB do Canadá foi de US$ 2,0 trilhões, o que o situa como o 7º maior PIB do G7, atrás dos EUA, Japão, Alemanha, RU, França e Itália. De acordo com Statistics Canada, nos dias atuais, com dez províncias e três territórios, o Canadá tem uma taxa de inflação de 4,4%, uma taxa de desemprego de 5% e um superávit comercial de US$ 972 milhões.
 
3.2 População Total
A população total dos países integrantes do G7 foi de 777,0 milhões de habitantes em 2022, ou seja, 10% da população mundial. E o contingente populacional dos sete países variou entre 334,8 milhões de habitantes nos EUA e 38,4 milhões de habitantes no Canadá, de acordo com o Banco Mundial.
 
No insular Japão vivem 125,6 milhões de habitantes, e os EUA e o Japão são os dois países mais populosos do G7, ambos representam 59,2% do total. E a República Italiana tem uma população total de 60,3 milhões de pessoas, sendo a 6ª posição no ranking do G7.
 
Dois países membros do G7 têm quase o mesmo número de habitantes, a República Francesa com 65,6 milhões e o RU com 68,5 milhões. Enquanto, a República Federal da Alemanha tem 83,9 milhões de habitantes, sendo a maior população da UE e a 3ª mais populosa do G7.
 

3.3 Índice de Desenvolvimento Humano
O Relatório do Desenvolvimento Humano (RDH) 2021/2022 foi elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), que classificou o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 191 países no ano de 2021.
 
Para o RDH 2021/2022, do PNUD, o IDH mensura três dimensões do desenvolvimento humano: viver uma vida longa e saudável (medida pela esperança de vida ao nascer), ter estudos (medido pela média de anos de estudos e pelos anos futuros de escolaridade) e ter um padrão de vida decente (medido pela Renda Nacional Bruta – RNB, em dólares internacionais em paridade do poder de compra – PPC).
 
A média do IDH do G7 foi de 0,922 em 2021 e a Itália é o país de menor IDH com 0,895 e a Alemanha de maior IDH com 0,942. O Japão e os EUA têm quase o mesmo IDH, 0,925 e 0,921, respectivamente. O Canadá, o RU e a França têm IDHs diferentes, com 0,936, 0,929 e 0,903, respectivamente.
 
E o PNUD classifica o IDH em quatro níveis: país com IDH muito alto (acima de 0,800); país com IDH alto (entre 0,700 e 0,799), país com IDH médio (entre 0,550 e 0,699); e país com IDH baixo (entre 0 e 0,549). Não há países do G7 de IDH baixo, médio ou alto. Logo, os sete países são classificados de IDH muito alto, com a Alemanha liderando o G7, seguida por Canadá, RU, Japão, EUA, França, RU e Itália.


3.4 Esperança de Vida ao Nascer
A média de esperança de vida ao nascer no G7 foi de 81,6 anos em 2021. E a expectativa de vida ao nascer variou entre 77,2 anos nos EUA e 84,8 anos no Japão, a maior esperança de vida ao nascer do G7, devido os enormes gastos públicos em seguridade social e em saúde.
 
A Itália e o Canadá têm quase a mesma expectativa de vida ao nascer, 82,9 e 82,7 anos, respectivamente, devido aos avanços na medicina, a expansão do saneamento básico e a boa assistência médica nos serviços públicos de saúde.
 
A França ocupa a 4ª posição no ranking do G7, com 82,5 anos, em razão de alimentação saudável associada à prática de exercícios físicos. A Alemanha e o RU têm quase igual esperança de vida ao nascer, com 80,6 e 80,7 anos, respectivamente.
 
E a expectativa de vida dos americanos é de 77,2 anos, a mais baixa do G7, por causa de estilo de vida muito consumista, e sedentária, além do processo de envelhecimento da população do país.


3.5 A média de anos de estudo
Em plena era do conhecimento, as médias de anos de estudo foram extraídos do RDH 2021/2022, do PNUD, no qual o G7 foi de 12,9 anos em 2021.
 
A Itália tem a pior média de anos de estudo do G7, com 10,7 anos. Enquanto, a Alemanha tem a melhor média de anos de estudo do G7, com 14,1 anos. Dois países têm idênticas médias de anos de estudo, RU e Japão, ambos com 13,4 anos.
 
E o Canadá e os EUA têm quase idêntica média de anos de estudos, com 13,8 anos e 13,7 anos, respectivamente. É importante destacar que a França tem a segunda pior média de anos de estudo do G7, com 11,6 anos, segundo o PNUD.

4 OS GRAVES PROBLEMAS MUNDIAIS
De 19 a 21 de maio de 2023, na turística Hiroshima, no Japão, aconteceu à última Cúpula do G7, e neste artigo enfatizamos quatro graves problemas mundiais, a segurança alimentar global, as mudanças climáticas, o desarmento nuclear e não proliferação de armas atômicas, e a Guerra na Ucrânia.
 
O emergente Brasil participou como país convidado da Cúpula do G7. Além do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, também participaram os líderes dos países convidados pelo Japão, o primeiro-ministro indiano e presidente atual do Grupo dos Vinte (G20), Narenda Modi, o presidente da Coreia do Sul (Yoon Suk-yeol) e os primeiros-ministros da Austrália (Anthony Albanese) e do Vietnã (Pham Minh Chinh), além do representante da União Africana (UA), o presidente de Comores (Azali Assoumani), o representante do Fórum das Ilhas do Pacífico (FIP), o primeiro-ministro das Ilhas Cook (Mark Brown), e o representante da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), o presidente da Indonésia (Joko Widodo).
 
O primeiro-ministro do Japão convidou também organizações internacionais para Cúpula do G7, em Hiroshima, entre elas, destacam-se, a Organização das Nações Unidas (ONU), o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Agência Internacional de Energia (AIE), a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Organização Mundial da Saúde (OMS), e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
 
É preciso enfatizar que o Brasil já foi convidado para reuniões anuais por sete vezes não consecutivas, de 2003 na França, de 2005 no RU, de 2006 na Rússia, de 2007 na Alemanha, de 2008 no Japão, de 2009 na Itália, e de 2023 no Japão. E a previsão é que o Brasil, com um PIB nominal de US$ 2,08 trilhões, participará também da próxima Cúpula do G7, em 2024, em Puglia, no sul da Itália, na futura condição de presidente do G20 e do BRICS (Brazil, Russia, India, China, and South Africa).

4.1 A segurança alimentar global
O G7 continua profundamente preocupado com a segurança alimentar global, e nos últimos três anos aconteceram vários fatores que aumentaram a fome no mundo, entre eles, destacam-se a pandemia da COVID-19, o aumento dos preços dos alimentos a nível mundial, a Guerra na Ucrânia, e as mudanças climáticas.
 
Segundo a Food and Agriculture Organization (FAO) no relatório intitulado O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2022, 828,0 milhões de pessoas enfrentaram a fome em todo o planeta, no ano de 2021. Sendo 465,4 milhões de pessoas famintas na Ásia; em segundo lugar, na África, com 296,0 milhões; em terceiro lugar, encontra-se a América Latina e Caribe, com 64,0 milhões; em quarto e último lugar, a Oceania com 2,6 milhões de habitantes.
 
Estamos num momento de reflexão crítica sobre a segurança alimentar global e as populações mais vulneráveis passam fome em vários países. É preciso destacar que o grande médico e geógrafo pernambucano Josué de Castro (1908-1973) foi o primeiro presidente do Conselho Executivo da FAO, de 1952 a 1956.
 
A FAO foi fundada em 16 de outubro de 1945, na cidade de Québec, na província francófona de Québec, no bilíngue Canadá. Foram 46 países integrantes na primeira sessão da FAO, ocorrida no Château Frontenac, com 610 quartos, um dos mais belos hotéis de luxo do Canadá e do mundo, localizado na 1 Rue des Carières, com uma belíssima vista do Rio São Lourenço.
 
E a FAO, com sede em Roma, na Itália, defende que todas as pessoas devem ter acesso a uma quantidade mínima de alimentos que possam garantir uma vida saudável. E a FAO tem 194 países membros e seu lema oficial é Fiat Panis (Haja Pão). E o Canadá e o Brasil são grandes produtores e exportadores de alimentos, que podem garantir a segurança alimentar global. E o Japão é um líder global como doador de recursos financeiros e de iniciativas para fortalecer a segurança alimentar global.


4.2 As mudanças climáticas
Os líderes do G7 se comprometem a combater as mudanças climáticas, e pretendem trabalhar juntos para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas, que estão causando muitas mortes e enormes perdas econômicas.
 
A humanidade está sofrendo com os furacões, tufões, ciclones, queimadas, enchentes, secas, nevascas, ondas de calor e tsunamis. Recentemente, no norte da Itália, as inundações provocaram mais de 15 mortes, feridos, desaparecidos, desabrigados, e prejuízos econômicos em milhões de euros.
 
Nos dias atuais, a China é o maior poluidor do mundo, com cerca de 30% de todas as emissões globais de dióxido de carbono. E o Brasil é um poluidor mundial de emissões de gases do efeito estufa, devido ao desmatamento e às queimadas, principalmente na Floresta Amazônica. E o Fundo Amazônia, criado em 2008, é muito importante para a preservação do maior bioma brasileiro para as atuais e futuras gerações.
 
É fundamental promover um mundo sustentável, para isso ocorrer, é necessário combater a poluição, criar novos padrões de consumo, intensificar o reflorestamento, aumentar o uso de fontes de energias sustentáveis como eólica e solar, ampliar a coleta seletiva de lixo, além de reduzir a emissão global de gases do efeito estufa.
 
E o aumento do nível dos oceanos está ameaçando países litorâneos como o Canadá e a Itália e nações insulares como o Japão e o RU. Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), o aumento do nível do oceano e seus efeitos são preocupantes nos seis continentes, e se nada for feito e as emissões mundiais de gases de efeito estufa prosseguirem nas taxas atuais, os oceanos podem subir entre 1 e 1,5 metro até 2100.


4.3 O desarmento nuclear e não proliferação de armas atômicas
É preciso debater uma questão global que amendronta a humanidade, o tenebroso início da Terceira Guerra Mundial, todavia, para ela não acontecer é necessário urgente o desarmento nuclear e não proliferação de armas atômicas.
 
Sabemos que a primeira bomba atômica foi lançada por um avião bombardeio dos EUA na cidade japonesa de Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, e que foi decisiva para o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
 
Sabemos também a importância de um novo compromisso de não usar armas nucleares, que dependerá muito da Rússia, o maior arsenal atômico do planeta, com 5.977 ogivas nucleares em janeiro de 2022, como também, da redução abrupta dos gastos com armas atômicas por parte da China (350 ogivas nucleares), do Paquistão (165 ogivas nucleares), da Índia (160 ogivas nucleares), de Israel (90 ogivas nucleares) e da Coreia do Norte (20 ogivas nucleares), segundo o Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (SIPRI).
 
E três países do G7 têm uma enorme quantidade de ogivas nucleares em seu território ou em bases militares aliadas: os EUA (5.428 ogivas nucleares), a França (290 ogivas nucleares) e o RU (225 ogivas nucleares), conforme o SIPRI.
 
Atualmente, em plena Quarta Revolução Industrial, as nove potências nucleares têm 12.705 ogivas nucleares, e juntas têm um poder destrutivo equivalente a 135 mil bombas atômicas de Hiroshima, amendrontando a humanidade. Todavia, nunca devemos esquecer as lágrimas de Hiroshima e, necessitamos ler, reler e ler de novo a célebre frase japonesa: “Descansai em paz, pois o erro jamais se repetirá”.

4.4 A Guerra na Ucrânia
A Rússia, o maior país do mundo, entrou oficialmente no G7 em 1998 e formando o Grupo dos Oito (G8). Posteriormente, a emergente e continental Federação Russa foi suspensa indefinidamente do G8 em 2014, porque ocorreu a anexação da Crimeia, na Ucrânia, por ordem do presidente russo Vladimir Putin.
 
No dia 21 de maio, em Hiroshima, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy participou do último dia de reunião dos líderes do G7 para buscar a paz no Leste Europeu. E o G7 determinou novas sanções econômicas contra a Rússia, para cortar as vias de financiamento de Moscou e a sua utilização de produtos e materiais que possam ser utilizados na poderosa indústria militar russa.
 
É preciso revelar que a Rússia tem 70 submarinos nucleares, sendo 10 que podem lançar um míssil balístico intercontinental chamado Satan 2, que tem alcance de 16 mil km e uma potência de 750 quilotons de Trinitrotolueno (TNT), superior a 50 vezes a potência da bomba atômica Little Boy com 15 quilotons de TNT, que foi lançada em Hiroshima, em 1945.
 
Lembrando que a invasão de tropas russas ao território ucraniano ocorreu em 24 de fevereiro de 2022, e Rússia já anexou as regiões ucranianas de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia (15% da Ucrânia, com a Crimeia sobe para 19,4%), e já provocou a morte de mais de 300 mil pessoas entre civis e militares, o contingente de 13 milhões de refugiados, além do aumento dos preços das commodities agrícolas como trigo e milho e de commodities energéticas como petróleo e gás natural.


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em suma, com base nos dados recentes do Banco Mundial e do PNUD, as economias avançadas do G7 apresentam os EUA como o maior PIB e a mais alta população. O Japão tem a maior esperança de vida ao nascer. A Alemanha tem o maior IDH e a mais alta média de anos de estudo. Enquanto, a Itália tem o menor IDH e a mais baixa média de anos de estudo, e os EUA a mais baixa expectativa de vida.
 
Dos cinco indicadores analisados neste artigo, o Canadá encontra-se em posição de desvantagem em dois indicadores (PIB e população), o maior país da América do Norte e da América tem o menor PIB nominal do G7 e a menor população. Já em três indicadores (IDH, esperança de vida ao nascer e média de anos de estudo) o continental Canadá apresenta vantagem, com a 2ª posição no IDH do G7 e na média de anos de estudos, além de 3º lugar na expectativa de vida ao nascer.
 
É fundamental aumentar a produção da riqueza global e melhorar o padrão de vida da população mundial. E o grande desafio é diminuir a distância entre os países desenvolvidos e emergentes, e sobretudo, reduzir o abismo entre as pessoas ricas e pobres nos países em desenvolvimento como o continental Brasil.
 
Os líderes do G7 precisam disponibilizar mais recursos financeiros, mais recursos humanos, e mais equipamentos para prestar socorro às vitimas de desastres naturais em todo o planeta. E a visão humanística dos problemas globais exige soluções mundiais na construção de um mundo melhor.
 
Enfim, os líderes do G7, da UE, de 9 países convidados e de 7 organizações internacionais homenagearam as 140 mil vítimas da bomba atômica em 1945, depositando suas coroas de flores no Parque Memorial da Paz. Com certeza, estamos vendo o G7 na busca da paz mundial em Hiroshima.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FAO. The State of Food Security and Nutrition in the World 2022. Disponível em: https://www.fao.org/3/cc0639en/cc0639en.pdf. Acesso em: 21 abr. 2023.
G7. Documentos e Materiais. Disponível em: https://www.g7hiroshima.go.jp/en/. Acesso em: 22 mai. 2023.
PNUD. The Human Development Report 2021/2022. Disponível em: https://hdr.undp.org/system/files/documents/global-report-document/hdr2021-22pdf_1.pdf. Acesso em: 21 mai. 2023.
SIPRI. World nuclear forces. Disponível em: https://sipri.org/sites/default/files/YB22%2010%20World%20Nuclear%20Forces.pdf. Acesso em: 22 mai. 2023.
STATISTICS CANADA. Principais indicadores. Disponível em: https://www.statcan.gc.ca/en/start. Acesso em: 21 mai. 2023.

Link
Leia Também »
Comentários »