Fonte: Delmo Almeida. Considerações Iniciais
Ontem, eu participei do evento “Fórum Nordeste: AGROBUSINESS 5.0”, realizado na Ilhatech, no bairro da Torre, em João Pessoa, Paraíba (PB), Brasil. Na primeira fila do evento privado, estive ao lado de diversas autoridades, empresários e executivos, como o economista Delmo Almeida, conselheiro do Conselho Regional de Economia da Paraíba (CORECON-PB); o ex-secretário de Agricultura do estado da Paraíba, o advogado e produtor rural Rômulo Montenegro; Pedro Martins, vice-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Caprinos (ABCC); Rômulo Polari Filho, diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (CINEP); o governador em exercício da Paraíba, Lucas Ribeiro; e o gerente executivo estadual do Banco do Nordeste, Keke Roseberg. Durante o evento, participamos de três excelentes apresentações que começaram às 18h e se encerraram após as 20h.
O evento foi aberto oficialmente pelo fundador e CEO da Hub de Inovação Ilhatech, o publicitário Ruy Dantas. A primeira apresentação do evento foi de Alexandre Humberto Harkaly, sócio diretor estratégico de integração na QIMA Instituto Biodinâmico (IBD) Certificações Ltda., localizada em Botucatu, no estado de São Paulo (SP). QIMA IBD é uma certificadora líder de produtos orgânicos da América Latina e oferece certificações orgânicas baseadas em padrões internacionais, como USDA Organic (EUA), EU Organic (União Europeia), JAS (Japão) e Canada Organic Office (COO).
A QIMA IBD possui presença global, com escritórios e serviços de certificação disponíveis em diversos países, inclusive no Canadá. Em Vancouver, na província de British Columbia (BC), a QIMA IBD oferece serviços de auditoria, inspeção e certificação para produtos orgânicos e sustentáveis, ajudando empresas locais a atenderem aos padrões internacionais e acessarem mercados estrangeiros com os certificados reconhecidos.
Depois ocorreu a apresentação do médico paraibano Gláucio Nóbrega e especialista em Inteligência Artificial (IA) pelas universidades americanas de Harvard e de MIT e CEO da Innovation and Intelligence for Health. Ele focou a importância de utilizar a IA para otimizar a gestão de dados e aprimorar as atividades agropecuárias. Revelou forte preocupação com o baixo acesso à internet na zona rural do Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 71,87% dos 5,0 milhões de estabelecimentos rurais não têm acesso à internet, no último Censo Agropecuário de 2017. Sem internet é inviável a utilização da IA nas fazendas brasileiras.
E a terceira apresentação foi do empresário suíço Pierre Landolt (foto), proprietário da Fazenda Tamanduá, localizado na zona rural do município paraibano de Santa Terezinha. A Fazenda Tamanduá começou em 1977, com 300 hectares, com a produção de algodão mocó, que foi encerrada com a praga do bicudo, posteriormente, ela iniciou a produção de mangas Tommy, mangas Keitt, melões amarelos, mel orgânico, Spirulina, polpa de manga e extrato de própolis, entre outros produtos, como arroz negro e arroz castanho. Recentemente, a Fazenda Tamanduá esteve presente na SIAL Paris 2024, uma das principais feiras internacionais de alimentos do mundo.
Em plena Caatinga a Fazenda Tamanduá gera emprego e renda e tem várias certificações nacionais e internacionais, como Demeter, USDA Organic, S.I.F. Brasil, Produto Orgânico Brasil, GlobalG.A.P., IBD Certificado Orgânico, IFA e Sedex Smeta. Todavia, suas deliciosas mangas não são exportadas pelo Porto de Cabedelo, logo, é preciso maior apoio do Governo da Paraíba e da iniciativa privada para aumentar as exportações paraibanas para os Países Baixos, como também, para o Canadá e os Estados Unidos da América (EUA), pela cidade portuária de Cabedelo, e, sobretudo, se preparar para as mudanças que surgirão nas relações comerciais Brasil-EUA a partir de 20 de janeiro de 2025.
A Vitória de Trump e os Impactos no Agronegócio Brasileiro
Com certeza, a recente vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, o país mais rico do mundo, com um Produto Interno Bruto (PIB) nominal de US$ 26,9 trilhões em 2023, reabre discussões sobre os impactos que sua segunda administração poderá ter no agronegócio brasileiro.
Os EUA são o segundo maior mercado para os produtos agropecuários do Brasil, com US$ 35 bilhões, atrás apenas da China, com US$ 63 bilhões ao ano segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). As exportações dos produtos do agronegócio brasileiro, como café, suco de laranja concentrado e congelado, carne bovina, carne de frango, açúcar, etanol, couro, soja, frutas e fumo, são relevantes para um superávit comercial.
A mudança de políticas comerciais poderá afetar diretamente essa parceria comercial e trazer desafios ou oportunidades para o setor agroexportador brasileiro. Além disso, no Brasil já ocorre à transição do Agrobusiness 4.0, que se concentra apenas em máquinas, equipamentos e soluções tecnológicas, para o Agrobusiness 5.0, que incorpora novas tecnologias aos sistemas de produção agropecuária, incluindo robótica, Machine Learning e IA, focados na produtividade e na sustentabilidade.
As Relações Comerciais entre o Brasil e os EUA
Com 295 votos do Colégio Eleitoral e um total expressivo de 73,3 milhões de votos populares, o republicano Donald Trump foi eleito o 47º presidente dos EUA, o terceiro país mais populoso do planeta, com 333,2 milhões de habitantes. Este resultado histórico, desperta expectativas sobre como sua nova gestão poderá impactar a economia brasileira, e especialmente o agronegócio brasileiro, um dos setores mais relevantes nas relações comerciais entre os dois países localizados no continente americano.
A nova e segunda administração Trump buscará fortalecer a indústria e a produção agrícola norte-americana, seguindo sua visão protecionista. No entanto, o Brasil, que tem os EUA como o segundo maior importador de produtos agropecuários, poderá encontrar novas oportunidades e desafios. A expectativa é que Trump aumente políticas de incentivo aos produtores rurais americanos, o que pode gerar competição direta com produtos brasileiros.
Por outro lado, uma política mais agressiva em disputas comerciais com outros países, como a China, pode beneficiar o Brasil, abrindo espaço para a exportação de commodities como soja e carne bovina.
A relação entre o Brasil e os EUA, no contexto do agronegócio, sempre foi de grande importância estratégica, e o primeiro governo de Trump, de 20 de janeiro 2017 a 20 de janeiro de 2021, foi marcado por uma política de "America First", que visava priorizar a produção nacional e, em muitos casos, impôs barreiras comerciais para produtos estrangeiros, sobretudo, chineses.
No entanto, no caso específico do Brasil, o país se beneficiou de algumas brechas criadas pelas disputas comerciais acirradas entre os EUA e a China, especialmente na soja. Em razão da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, a partir de 2018, o Brasil viu suas exportações para a China aumentarem exponencialmente, ao mesmo tempo em que ampliou a venda de outros produtos agropecuários aos EUA.
Para o agronegócio brasileiro, a vitória de Trump pode significar uma continuidade no cenário de protecionismo norte-americano. Este fator exige um olhar atento do governo brasileiro e dos empresários do setor, especialmente porque uma possível ampliação das políticas de subsídios à produção norte-americana poderá tornar alguns produtos brasileiros menos competitivos no mercado dos EUA.
Por outro lado, a continuidade de Trump também pode fortalecer as negociações bilaterais, caso haja interesses específicos alinhados entre os dois países da América, como também, com outros países americanos, como a Argentina e o Uruguai. O presidente argentino Javier Milei irá aos EUA para se reunir com o presidente eleito Donald Trump e o empresário bilionário Elon Musk, com fortuna avaliada em US$ 269,8 bilhões, assim aumentará as relações comerciais entre a Argentina e os EUA nos próximos quatro anos.
É fundamental avaliar as futuras mudanças nas relações comerciais entre os EUA, a maior economia do mundo e da América, e o Brasil, a nona maior economia global e segunda maior da América. Esses novos rumos trarão oportunidades e desafios para o agronegócio brasileiro, com novas políticas comerciais, tarifas, exportações e importações que influenciarão diretamente a balança comercial entre os dois países.
Estatísticas e Expectativas Agropecuárias do MAPA
De acordo com o MAPA, entre 2014 e 2023, os EUA importaram cerca de US$ 76,7 bilhões em produtos do agronegócio brasileiro. Desses, mais da metade – ou seja, US$ 36,7 bilhões – foi registrado durante o primeiro mandato de Donald Trump, o que evidencia a importância da relação comercial entre os dois países, mesmo em um período de políticas protecionistas adotadas pelos EUA.
As expectativas para o novo governo Trump envolvem um acompanhamento próximo das políticas que serão adotadas, especialmente em relação a acordos comerciais e possíveis tarifas de importação. Trump prometeu durante sua campanha eleitoral impor uma alíquota de importação de 60% em produtos chineses e alíquotas de 10% a 20% em produtos de outros países, como o Brasil.
O ministro do MAPA, Carlos Fávaro, afirmou que o Brasil e os demais países da América do Sul desejam manter boas relações comerciais com os EUA, destacando que não é necessário ficar “refém” da postura protecionista que será adotada pelo presidente eleito, Donald Trump.
Os produtores rurais dos estados que compõem o cinturão agrícola dos EUA estão, em sua maioria, apoiando o presidente eleito Donald Trump. Agricultores de milho, soja e trigo e pecuaristas em Iowa, Illinois, Indiana, Missouri, Nebraska e Ohio, além de fabricantes de tratores, colheitadeiras e outras máquinas agrícolas, estão exigindo novas mudanças com a segunda administração de Trump. Entre suas demandas, estão à ampliação do uso das tecnologias do Agrobusiness 5.0 para aumentar a produção, a produtividade e as exportações agropecuárias dos EUA.
O Agrobusiness 5.0 e a Expansão das Exportações Brasileiras
O conceito de Agrobusiness 5.0 é uma nova revolução tecnológica e representa uma nova era no agronegócio, marcada pelo uso de tecnologias avançadas como IA, Internet das Coisas (IoT), big data, automação e biotecnologia para aumentar a eficiência e sustentabilidade das atividades agropecuárias.
Nas fazendas brasileiras, será possível utilizar tratores autônomos equipados com sistemas de câmeras e GPS que permitem movimentá-los com precisão para a direita ou esquerda, por meio de comandos de IA. Essa tecnologia se adapta às necessidades das áreas rurais e às diversas culturas agrícolas, promovendo maior eficiência no campo.
Já é possível nas fazendas com drones agrícolas que monitoram as lavouras, e com sensores que coletam dados em tempo real, provocando a redução do desperdício de insumos, o crescimento da produtividade agropecuária e as práticas sustentáveis em várias atividades agropecuárias.
O Agrobusiness 5.0 abrange desde 2015 o surgimento da IA na agricultura e a utilização da Iot, Agricultura de Precisão (AP), Robótica, Automação Agrícola, Blockchain e Rastreabilidade. A adoção dessas novas tecnologias tem o potencial de revolucionar o setor e impulsionar as exportações brasileiras, posicionando o país de forma competitiva no mercado global e respondendo a demandas crescentes por alimentos produzidos de forma mais eficiente, sustentável e responsável.
Agrobusiness 5.0 refere-se à quinta revolução agrícola, que sucede as etapas anteriores de mecanização, introdução de fertilizantes e defensivos, irrigação em larga escala e, mais recentemente, o uso de ferramentas digitais. Nessa fase, o setor agrícola adota tecnologias avançadas e integradas, como sensores para monitoramento do solo, drones agrícolas para mapeamento de lavouras, softwares para gestão em tempo real e máquinas autônomas.
Em 1941 surgiu o primeiro pesticida moderno, DDT, tão prejudicial à saúde humana. Bem depois surgiram as inovações que promovem um controle muito mais preciso e eficiente sobre todo o processo produtivo, reduzindo custos, otimizando o uso de recursos naturais e aumentando a produtividade por hectare. Assim, o Brasil pode produzir mais, com menor impacto ambiental, e adaptar-se melhor às exigências dos mercados externos, que valorizam cada vez mais a sustentabilidade e a rastreabilidade dos produtos agropecuários.
O Agrobusiness 5.0 Poderá Expandir as Exportações Brasileiras
O Brasil foi o maior exportador mundial de soja, carne bovina, carne de frango, açúcar, café, algodão, milho, suco de laranja concentrado e congelado, fumo e celulose no ano de 2023. No entanto, enfrenta desafios, no ano de 2024, como a competição internacional e as crescentes exigências dos mercados globais por práticas sustentáveis.
A adoção das tecnologias do Agrobusiness 5.0 pode ser uma resposta estratégica para o país manter sua posição de destaque global e até expandir suas exportações em três frentes principais, como o aumento da produtividade e eficiência. Com sensores inteligentes e sistemas de monitoramento, os produtores podem otimizar o uso de água, fertilizantes e defensivos, o que reduz custos e aumenta a produtividade. Esse ganho em eficiência permite que o Brasil produza mais alimentos de forma competitiva, ampliando sua capacidade exportadora.
Acesso a mercados exigentes e valorização de produtos sustentáveis. A tecnologia do Agrobusiness 5.0 permite uma rastreabilidade completa dos produtos, desde a produção até a chegada ao consumidor final. Isso é particularmente importante para mercados mais exigentes, como a União Europeia (UE), os EUA e o Canadá, que priorizam produtos com certificação de origem e práticas sustentáveis. Ao atender esses requisitos, o Brasil ganha espaço para exportar para esses países com maior valor agregado.
Adaptação às mudanças climáticas e gestão de riscos. O uso de big data e IA permitem aos produtores prever e se adaptar às condições climáticas adversas e a outros riscos. Essa capacidade de resiliência é um diferencial importante para que o Brasil mantenha a regularidade de sua produção, mesmo em face de eventos climáticos extremos globais.
Perspectivas Futuras no Agrobusiness 5.0
Em estados do Brasil, como Mato Grosso (MT), Goiás (GO) e Mato Grosso do Sul (MS), a adoção de tecnologias do Agrobusiness 5.0 já começa a mostrar resultados dentro da porteira. Propriedades rurais que implementaram sensores de solo e drones agrícolas para monitoramento das lavouras têm registrado aumentos na produtividade de até 20%. Além disso, a rastreabilidade dos produtos permitiu que algumas empresas agroexportadoras conseguissem melhores preços em mercados como o europeu e o canadense, que demandam produtos sustentáveis e de alta qualidade.
A expectativa é que o investimento em Agrobusiness 5.0 continue crescendo no Brasil. Com apoio de políticas públicas e parcerias com o setor privado, o país pode se tornar uma potência tecnológica no agronegócio. Este avanço beneficiará não apenas o crescimento do setor, mas também a sustentabilidade e a eficiência do sistema produtivo brasileiro, alinhando-se com as exigências do mercado internacional e as necessidades de preservação ambiental.
Considerações Finais
O “Fórum Nordeste: AGROBUSINESS 5.0”, realizado na Ilhatech, foi um sucesso, com a presença também do presidente da OCB/PB, o médico André Pacelli e do presidente do Farol da Paraíba, o economista Chico Nunes. O tema do agronegócio é especial no atual contexto, pois o republicano Donald Trump venceu uma disputa acirrada pela Casa Branca, em Washington, contra a vice-presidente democrata Kamala Harris. Além disso, Trump prometeu aumentar as tarifas de importação sobre produtos estrangeiros, impondo taxas de 60% para produtos chineses e de 10% a 20% para produtos de outros países, incluindo o Brasil. Essas medidas visam proteger os agentes do agronegócio americanos, que enfrentam dificuldades financeiras, especialmente na Flórida, após as passagens devastadoras dos furacões Helene e Milton.
Durante sua campanha eleitoral nos 50 estados norte-americanos, Trump também prometeu adotar uma postura mais rígida em relação à imigração e à segurança nas fronteiras dos EUA com o Canadá e, principalmente, com o México. Sua principal promessa é realizar deportações em massa de imigrantes que não possuam vistos válidos para permanecer nos EUA, o quarto maior país em extensão territorial do mundo.
O presidente Donald Trump e o vice-presidente JD Vance tomarão posse em 20 de janeiro de 2025, no Capitólio, em Washington, D.C., com muita segurança e a presença da imprensa mundial. O presidente eleito Donald Trump recebeu muitos votos de eleitores preocupados com o custo de vida nas cidades americanas, com o aumento dos preços de alimentos, gasolina, remédios e aluguel. A China é o segundo maior parceiro comercial dos EUA, foi superado pelo México em 2023, e Trump prometeu ampliar agentes federais nas fronteiras e revogar cidadania para filhos de imigrantes sem documentação legal.
Com certeza, o Agrobusiness 5.0 é um marco de transformação no setor agropecuário, e seu crescimento no Brasil pode ser decisivo para expandir as exportações brasileiras para os EUA, a China, o Canadá, a Índia e o resto do mundo. Ao investir em tecnologias que aumentam a produtividade, promovem a sustentabilidade e melhoram a rastreabilidade dos produtos brasileiros, posicionando como um fornecedor competitivo e responsável no mercado global. Um bom exemplo de produtos com rastreabilidade são as mangas da Fazenda Tamanduá na Paraíba, e, sobretudo, sem nenhum uso de pesticidas em suas lavouras. Excelente exemplo de uma fazenda biodinâmica.
Com a crescente demanda por alimentos e o compromisso com práticas sustentáveis, a tecnologia do Agrobusiness 5.0 é uma ferramenta estratégica para o Brasil consolidar sua posição no agronegócio mundial e abrir novas oportunidades para a exportação de produtos agropecuários de maior valor agregado, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do país.
A vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA traz um misto de desafios e oportunidades para o agronegócio brasileiro. O histórico de protecionismo e as possíveis novas políticas internas de incentivo ao produtor americano podem exigir do Brasil estratégias assertivas para manter e expandir sua presença no mercado norte-americano. Um bom exemplo, o setor sucroalcooleiro, porque os EUA compram açúcar e etanol brasileiro.
Os EUA importam vários produtos do agronegócio brasileiro como café, cacau, carne bovina, carne de frango, carne suína, soja, frutas, fumo, suco de laranja concentrado e congelado, couros e peles, entre outros, como produtos florestais, cera de carnaúba, peixes e crustáceos. É preciso prestar muito atenção nos futuros passos de Donald Trump nas sérias questões ligadas às mudanças climáticas, a próxima COP30, será na cidade de Belém, no Brasil.
Em um momento em que o agronegócio brasileiro se firma como pilar da economia nacional, a manutenção de relações comerciais sólidas com o segundo maior comprador do setor será fundamental para o crescimento e a diversificação do mercado. A vigilância sobre as mudanças nas políticas norte-americanas e a adaptação a novas exigências podem posicionar o Brasil estrategicamente para aproveitar oportunidades e mitigar impactos negativos, sobretudo, para os quatros estados brasileiros (SC, SP, ES e CE) que exportam mais produtos para os EUA.
Finalizando, o continental, populoso, tropical e emergente Brasil deve estar preparado para negociar e adaptar-se rapidamente às mudanças do novo governo norte-americano, com seu forte slogan “Make America Great Again”, para continuar a expandir os produtos do agronegócio brasileiro no mercado global de alimentos.
(1) Economista paraibano, escritor, palestrante, conselheiro efetivo do CORECON-PB, diretor secretário do Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da Paraíba e autor de 18 e-books de Economia, como “A Importância do Canadá no G7 e G20”: https://paulogalvaojunior.com.br/canada/ e “Investimentos no Agronegócio: Como investir em ativos financeiros no agro brasileiro?”: https://clubedeautores.com.br/livro/investimentos-no-agronegocio