De acordo com o relatório
World Economic Outlook – Jan 2025 (em português, Perspectiva Econômica Global – Jan 2025), publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a Índia destacou-se em 2024 como o país com o maior crescimento econômico dos 30 países analisados, com estimava de uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,5%.
Atualmente, a Índia ocupa a posição de quinta maior economia do mundo, com um PIB nominal estimado em 3,9 trilhões de dólares americanos em 2024. Projeções do FMI indicam que, Índia ultrapassará o Japão em 2025, tornando-se a quarta maior economia do planeta. Até 2030, o país mais populoso do mundo deverá alcançar o ranking de terceira maior economia mundial e superar a Alemanha, reflexo de sua notável trajetória de crescimento econômico, aumento da produção de produtos manufaturados e transformação socioeconômica no cenário internacional.
Para 2025, o FMI projeta que a Índia continuará a liderar o crescimento econômico, com um aumento de 6,5% no PIB. Essa taxa supera as de outras grandes economias, como a China (4,6%) e os Estados Unidos (2,7%). Em comparação, países como o Brasil (2,2%), Canadá (2,0%), Reino Unido (1,6%), África do Sul (1,5%), Rússia (1,4%) e Japão (1,1%) apresentam taxas mais moderadas. Enquanto a Alemanha (0,3%), Itália (0,7%) e França (0,8%) estão entre as economias com menor crescimento projetado pelo FMI.
Entre os países do Grupo dos Sete (G7), que reúne as economias mais avançadas, os Estados Unidos lideram com um crescimento projetado de 2,7%, enquanto a Alemanha ocupa a última posição, com apenas 0,3%. O Canadá será o segundo maior crescimento econômico do G7, com 2,0%, e encontra-se na presidência rotativa e anfritião da 51ª Cúpula do G7, em Kananaskis, em Alberta, entre 15 a 17 de junho de 2025.
É preciso ressaltar que em 2025, o Canadá e seus seis parceiros (Estados Unidos, Alemanha, Japão, Reino Unido, França e Itália) celebrarão 50 anos do G7, marcando o marco de meio século desde que a França sediou a primeira reunião do G7 em 1975. O Canadá já sediou seis Cúpulas do G7 nos anos de 1981, 1988, 1995, 2002, 2010 e 2018. Será a sétima Cúpula do G7 no Canadá em 2025.
Já no BRICS, que engloba dez economias emergentes, a Índia destaca-se no topo com 6,5%, enquanto a Rússia figura na última posição, com um crescimento de 1,4%, de acordo com o FMI. O Brasil será o quarto maior crescimento econômico do BRICS com 2,2%, e encontra-se na presidência rotativa e anfritião da XVII Cúpula do BRICS, no Rio de Janeiro, em julho de 2025. O Brasil já sediou três Cúpulas do BRICS nos anos de 2010, 2014 e 2019. Acontecerá a quarta Cúpula do BRICS no Brasil no ano de 2025.
Também é relevante destacar as projeções de crescimento do PIB para 2025 de outros países membros do grupo econômico BRICS. A Indonésia apresenta uma taxa projetada de 5,1%, reforçando sua posição como uma das economias emergentes mais dinâmicas. O Egito, por sua vez, registra um crescimento estimado de 3,6%, enquanto o Irã alcançará uma taxa de 3,1%.
O Brasil também apresentou estimativa interessante, com o crescimento de 3,7% em 2024, mesmo diante de desafios como a elevada taxa Selic, dólar em alta e dívida pública bruta crescendo. Para 2025, o crescimento do PIB brasileiro deverá desacelerar para 2,2%, ainda assim um desempenho sólido entre as economias emergentes do BRICS.
As projeções econômicas do FMI reforçam a posição da Índia como um dos principais motores do crescimento global e um líder incontestável entre as economias emergentes, com 6,5% para 2025. Logo, em seguida no ranking de economias que mais vão crescer em 2025, aparecem Filipinas (6,1%), Cazaquistão (5,5%), Indonésia (5,1%) e Argentina (5,0%). O Brasil está na 18ª colocação entre 30 países analisados pelo FMI, com 2,2% para 2025.
É necessário observar também as taxas de crescimento econômico dos países não membros do BRICS ou do G7 para 2025, como Arábia Saudita (3,3%), Nigéria (3,2%), Espanha (2,3%) e México (1,4%), de acordo com as projeções econômicas do FMI. Recentemente, a Nigéria foi oficialmente anunciada como o mais novo país parceiro do BRICS. A Nigéria é o país mais populoso da África e o sexto do mundo, a frente do Brasil, o sétimo do planeta. E a presidente do México, Claudia Sheinbaum, lançou o Plano México, com 13 grandes metas, e a meta número 1 é o México conquistar a posição de décima maior economia do mundo. Atualmente, o México ocupa a décima segunda colocação no ranking das vinte maiores economias do planeta, atrás apenas da Rússia (décima primeira maior economia do mundo) e do Brasil (décima maior economia do mundo).
O desempenho econômico da Índia reflete a conjugação de fatores estruturais e conjunturais, como o aumento do contingente populacional e da população economicamente ativa (PEA) nas 28 províncias e oito territórios da União, as reformas estruturais e a abertura da economia, além da expansão do mercado interno e dos avanços tecnológicos.
Finalmente, com perspectivas de se tornar a terceira maior economia do mundo, superando o Japão em 2025 e a Alemanha até 2030, a Índia desempenha um papel estratégico no fortalecimento do BRICS e nas discussões econômicas internacionais para gerar um crescimento econômico sustentável.
Referência Fundo Monetário Internacional (FMI).
World Economic Outlook – Jan 2025. Disponível em:
file:///D:/Meus%20arquivos/Downloads/FMI.pdf. Acesso em: 18 jan. 2025.
(1) Economista paraibano, conselheiro efetivo do CORECON-PB e diretor secretário do Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da Paraíba. WhatsApp: (83) 98122-7221. Autor de 18 e-books de Economia, incluindo o e-book “A Importância do Canadá no G7 e G20”. Saiba mais sobre o e-book pelo link: https://paulogalvaojunior.com.br/canada/