Os canadenses tem menos interrese do que os americanos em usar ou investir em criptomoedas, diz uma pesquisa divulgada pela Ipsos. Os dados fazem parte de um projeto de pesquisa que mescla ciências sociais e humanas. Ele aponta que 24% dos americanos usariam Bitcoin ou outras criptomoedas para comprar bens e serviços, em comparação com 18% dos canadenses.
Um dos possíveis para os norte americanos usarem as criptomoedas são as taxas bancárias transfronteiriças (19% versus 14%). Um em cada quatro americanos e 29% dos canadenses de 18 a 34 anos disseram que provavelmente usarão criptomoedas no próximo ano para compras. Isso se compara com 22% dos canadenses de 35 a 49 anos e 6% daqueles de 50 a 74 anos dizendo o mesmo.
A pesquisa foi realizada na Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Índia, Indonésia, Israel, Japão, Quênia, México, Polônia, África do Sul, República da Coreia, Cingapura, Espanha, Suécia, Turquia e Estados Unidos.
Afinal, o que são criptomoedas?
É uma classe de ativos nova no mercado e, justamente por isso, desperta muitas dúvidas em quem ainda está aprendendo.
Genericamente, uma criptomoeda é um tipo de dinheiro, a diferença é que é totalmente digital. Além disso, ela não emitida por nenhum governo (como é o caso do real ou do dólar, por exemplo).
Aqui vai um exemplo. Antes da internet, as pessoas dependiam dos correios para enviar uma mensagem a quem estivesse em outro lugar. Era preciso um intermediário para entregá-la fisicamente. Algo semelhante acontecerá com as moedas virtuais no futuro. Se você possui um criptomoeda, não possui nada físico, mas uma chave que permite mover um registro ou uma unidade de medida de uma pessoa para outra, sem necessidade de uma terceiro confiável.
Embora o Bitcoin seja a moeda digital mais conhecida, o conceito de criptomoeda é anterior a ele. As criptomoedas foram descritas pela primeira vez em 1998, por Wei Dai, que sugeriu usar a criptografia para controlar a emissão e as transações realizadas com um novo tipo de dinheiro. Isso dispensaria a necessidade da existência de uma autoridade central, como acontece com as moedas convencionais.
Para que servem
As criptomoedas podem ser usadas com as mesmas finalidades do dinheiro físico em si. As três principais funções são: servir como meio de troca, facilitando as transações comerciais; reserva de valor, para a preservação do poder de compra no futuro; e ainda como unidade de conta, quando os produtos são precificados e o cálculo econômico é realizado em função dela.
Fraudes e golpes em criptomoedas
Os fraudadores podem se passar por negociadores legítimos de moedas virtuais ou criar transações falsas para ludibriar pessoas a lhes dar dinheiro. Outro golpe de criptomoeda envolve promoções fraudulentas de vendas para contas de pensão individuais em criptomoedas. Há também a violação direta de criptomoedas, na qual os criminosos invadem as carteiras digitais de pessoas para roubar a moeda virtual.
Infelizmente, o crime relacionado a criptomoedas está aumentando. Os golpes de criptomoedas incluem:
Sites falsos: Sites fraudulentos que apresentam depoimentos falsos e jargões sobre criptomoeda, prometendo retornos maciços e garantidos, desde que você continue investindo.
Esquemas Ponzi virtuais: Os criminosos de criptomoedas promovem oportunidades falsas de investimento em moedas digitais e criam a ilusão de grandes retornos, pagando os primeiros investidores com dinheiro de novos investidores. Uma operação fraudulenta, a BitClub Network, arrecadou mais de US$ 700 milhões antes que seus autores fossem indiciados em dezembro de 2019.
Endosso de "celebridades": Os estelionatários posam online como se fossem bilionários ou pessoas conhecidos que prometem multiplicar seu investimento em moeda virtual, mas em vez disso roubam o dinheiro recebido. Eles também podem usar aplicativos de mensagens ou salas de chat para espalhar boatos de que um famoso empresário está apoiando uma determinada criptomoeda. Após engajarem investidores na compra e aumentaram o preço, os fraudadores vendem sua participação e a moeda perde valor.
Golpes de relacionamentos amorosos: O FBI vem alertando para uma tendência em golpes de relacionamentos online,onde trapaceiros convencem pessoas a se encontrarem por meio de aplicativos de namoro ou redes sociais, levando-as a investir ou negociar em moedas virtuais. O Centro de Queixas de Crimes na Internet do FBI registrou mais de 1.800 relatos de golpes de relacionamento focados em criptomoedas nos primeiros sete meses de 2021, com prejuízos que atingiram US$ 133 milhões.