Fonte: FIEPB. Este artigo é dedicado ao novo presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEPB), o empresário industrial Cassiano Pereira. A sede da FIEPB está localizada na Rua Manoel Gonçalves Guimarães, número 195, no bairro de José Pinheiro, na cidade de Campina Grande, distante a 125 km da capital paraibana.
O presidente Cassiano Pereira enfatizou no Instagram da FIEPB: “A FIEPB agora não olhará para o retrovisor, e sim para o futuro”. É hora de acelerar a FIEPB, pois a Paraíba apresenta o pior Índice de Gini do Brasil, o segundo menor PIB per capita do país, além de estar entre os quatro estados brasileiros com maior número percentual de pobres.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI): “Investir na indústria é investir no futuro do Brasil”. Portanto, o futuro da Paraíba na era da Quarta Revolução Industrial passa necessariamente pela revitalização de sua indústria. Não podemos tirar milhões de paraibanos da pobreza absoluta sem uma indústria forte.
No contexto industrial, a revitalização refere-se à modernização de fábricas, parques industriais ou setores industriais inteiros para torná-los mais eficientes, competitivos e sustentáveis durante a Quarta Revolução Industrial. O objetivo é trazer novo impulso e vitalidade a algo que está em declínio, como é o caso da relevante iniciativa da FIEPB.
Uma indústria forte nasce da mão de obra qualificada. É fundamental dispor de uma força de trabalho qualificada e treinada nas habilidades necessárias para operar na Indústria 4.0. Nas escolas, universidades e programas de capacitação profissional, é necessário investir em educação de qualidade e oferecer treinamentos específicos para as demandas da indústria moderna. São requisitos indispensáveis para a competitividade no cenário global da Indústria 4.0.
A Quarta Revolução Industrial é a atual fase de transformação tecnológica, econômica e social impulsionada por avanços em áreas como inteligência artificial (IA), internet das coisas (IoT), robótica, big data, computação em nuvem, biotecnologia, entre outras tecnologias. No contexto da Indústria 4.0, as empresas, os estados e os países que conseguirem se adaptar e aproveitar as oportunidades oferecidas por essas novas tecnologias terão uma vantagem competitiva significativa, enquanto aqueles que não conseguirem acompanhar correm o risco de ficar para trás.
O futuro da Paraíba será de prosperidade econômica se houver grandes mudanças. Por exemplo, as bibliotecas paraibanas não funcionam 24h como em Montreal, no Canadá. Que a FIEPB comece dando o exemplo nacional, com a inauguração da sua biblioteca, em Campina Grande, disponibilizando gratuitamente uma vasta coleção de livros e funcionando 24h por dia.
Outro exemplo é o Porto de Cabedelo, que precisa ser modernizado para realizar cabotagem com navios de passageiros. Não podemos viajar de navio de passageiros do Porto de Cabedelo para o Porto do Rio de Janeiro e, de lá, atravessar a Ponte Rio-Niterói para visitar parentes e amigos. Que a FIEPB inaugure um escritório de representação na cidade portuária de Cabedelo, incentivando a cabotagem, as exportações e as importações, e as indústrias sempre com um olhar voltado para a proteção do meio ambiente e para os processos de comércio exterior.
A compreensão abrangente dos desafios e oportunidades industriais enfrentados pela Paraíba é crucial, considerando que o estado apresenta o terceiro maior índice de analfabetismo do Brasil, além de ocupar a 19ª posição no ranking do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e a 7ª colocação no Nordeste em termos de PIB. É alarmante observar que a Paraíba abriga a segunda cidade mais pobre do país, Parari, com quase dois mil habitantes, cujo PIB nominal em 2021 foi de apenas R$ 21,4 milhões, evidenciando uma carência significativa de indústrias no município.
O futuro da Paraíba refere-se ao conjunto de transformações econômicas, sociais e tecnológicas que são esperadas e desejadas para o estado durante este período de avanço tecnológico e digital. A Quarta Revolução Industrial é caracterizada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas, que estão redefinindo a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos.
No contexto da Paraíba, isso implica em aproveitar as oportunidades oferecidas pela inovação tecnológica e pela digitalização para impulsionar o desenvolvimento econômico, promover a inclusão social e melhorar a qualidade de vida dos paraibanos.
Isso pode envolver investimentos em educação de qualidade e capacitação para preparar a força de trabalho para os empregos do futuro, estímulo ao empreendedorismo e à inovação, modernização da infraestrutura portuária, promoção de políticas industriais e de desenvolvimento tecnológico, entre outras iniciativas como o apoio aos sindicatos industriais.
Desejamos muito sucesso ao empresário campinense Cassiano Pascoal Pereira Neto em sua gestão compartilhada na FIEPB. Que sua equipe possa, o mais rápido possível, dialogar com os agentes econômicos das quatro mesorregiões paraibanas, promovendo novos projetos econômicos e ações conjuntas para impulsionar o crescimento econômico da Paraíba e fomentar a geração de emprego e renda.
Em suma, uma breve análise da situação socioeconômica do estado ressalta a necessidade urgente de revitalização da indústria paraibana. O futuro da Paraíba na era da Quarta Revolução Industrial envolve a adoção de estratégias que permitam ao estado se adaptar e prosperar em meio às mudanças tecnológicas, econômicas e climáticas, buscando sempre o desenvolvimento sustentável.
(1) Economista formado pela UFPB, especialista em Gestão de RH na UNINTER, professor de Economia no UNIESP, conselheiro efetivo do CORECON-PB, sócio do Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da Paraíba e apresentador do Programa Economia em Alta na Rádio Alta Potência. E-mail: [email protected]. WhatsApp: 55 (83) 98122-7221.