A Guerra na Ucrânia tem deixado suas vítimas pelo país. Na manhã desta segunda-feira, em Boutcha (cidade a nordeste de Kiev), o presidente Volodymyr Zelensky reconheceu os corpos de civis, deixados pelo exército russo em “fossas” rasas. Putin nega a morte de civis em Boutcha, Zelensky confirma ao menos 410 mortos pelas ruas da cidade.
As forças ucranianas conseguiram a retomada da cidade na última quinta-feira, após quase um mês de domínio russo. De acordo com os jornalistas de guerra, a Rússia abandonou Boutcha totalmente devastada com explosões de mísseis e cadáveres por todos os lados.
Valadymyr Zelensky usou suas redes sociais para se manifestar. Usando um uniforme de guerra e acompanhado pelas forças táticas ucranianas, o presidente não conseguiu esconder seu descontentamento após a descoberta dos corpos.
“Todos os dias, quando nossos combatentes entram e conquistam territórios, você vê o que está acontecendo”. "Estes são crimes de guerra e serão reconhecidos pelo mundo como genocídio", acrescentou, referindo-se a "milhares de pessoas mortas e torturadas, com extremidades cortadas, mulheres estupradas, crianças mortas".
O Ministro Russo de Relações Exteriores acusou os ucranianos de simulação para a imprensa e disse que os russos não mataram civis em Boutcha. De acordo com o prefeito da cidade, cerca de 300 corpos foram jogados em “valas comuns” e outros foram vistos em decomposição pelas ruas.
Mais e mais sanções
As notícias chegaram aos países da OTAN. Macron, presidente da França, falou:
“Centenas de civis foram assassinados covardemente nesta cidade”, acrescentando que “as autoridades russas terão que responder por esses crimes”.
A Grã-Bretanha pediu uma 'investigação de crimes de guerra' e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou que a União Europeia vai 'ajudar a Ucrânia e as ONGs a reunir as provas necessárias para a acusação internacional'.
“Mais sanções à Rússia e ajuda da UE estão a caminho”, acrescentou Charles.