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04/04/2022 às 10h27min - Atualizada em 04/04/2022 às 10h27min

Corpos civis são encontrados em “valas comuns” na Ucrânia

Presidente diz que culpados vão pagar pelos “crimes de guerra”

Leandro Mendonça
AFP/Twitter

A Guerra na Ucrânia tem deixado suas vítimas pelo país. Na manhã desta segunda-feira, em Boutcha (cidade a nordeste de Kiev), o presidente Volodymyr Zelensky reconheceu os corpos de civis, deixados pelo exército russo em “fossas” rasas. Putin nega a morte de civis em Boutcha, Zelensky confirma ao menos 410 mortos pelas ruas da cidade.

As forças ucranianas conseguiram a retomada da cidade na última quinta-feira, após quase um mês de domínio russo. De acordo com os jornalistas de guerra, a Rússia abandonou Boutcha totalmente devastada com explosões de mísseis e cadáveres por todos os lados.

Valadymyr Zelensky usou suas redes sociais para se manifestar. Usando um uniforme de guerra e acompanhado pelas forças táticas ucranianas, o presidente não conseguiu esconder seu descontentamento após a descoberta dos corpos.

“Todos os dias, quando nossos combatentes entram e conquistam territórios, você vê o que está acontecendo”.
"Estes são crimes de guerra e serão reconhecidos pelo mundo como genocídio", acrescentou, referindo-se a "milhares de pessoas mortas e torturadas, com extremidades cortadas, mulheres estupradas, crianças mortas".

O Ministro Russo de Relações Exteriores acusou os ucranianos de simulação para a imprensa e disse que os russos não mataram civis em Boutcha. De acordo com o prefeito da cidade, cerca de 300 corpos foram jogados em “valas comuns” e outros foram vistos em decomposição pelas ruas.
 
Mais e mais sanções
 
As notícias chegaram aos países da OTAN. Macron, presidente da França, falou:

“Centenas de civis foram assassinados covardemente nesta cidade”, acrescentando que “as autoridades russas terão que responder por esses crimes”.

A Grã-Bretanha pediu uma 'investigação de crimes de guerra' e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou que a União Europeia vai 'ajudar a Ucrânia e as ONGs a reunir as provas necessárias para a acusação internacional'.

“Mais sanções à Rússia e ajuda da UE estão a caminho”, acrescentou Charles.
 
 
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