A COP15 em Montreal: uma nova conferência sobre a biodiversidade

A 15ª Conferência das Partes (COP15) das Nações Unidas sobre Biodiversidade começou em 7 de dezembro e terminará em 19 de dezembro de 2022, em Montreal, no Canadá. E a COP15 no Palais des Congrès de Montréal trata da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e são 196 países membros, sob a presidência da China, buscando um novo acordo para o Marco Global da Biodiversidade até 2030.
 
O Canadá é o segundo maior país do mundo, atrás apenas da Rússia. É um dos seis países continentais do planeta. Tem 10 províncias e três territórios e a maioria dos 38,9 milhões de habitantes vive bem próximo da fronteira com os Estados Unidos da América (EUA). A capital canadense é Ottawa, localizada na província de Ontario. E as três principais cidades do bilíngue Canadá são Toronto, Montreal e Vancouver.
 
Montreal é a segunda maior cidade francófona do mundo, atrás apenas de Paris. E o inverno de Montreal é de dezembro até março, são exatamente quatro meses de muito frio, com a temperatura mínima de -10ºC em dezembro, a temperatura média de -9,3ºC em janeiro e a temperatura máxima de -4ºC em fevereiro.
 
Com certeza, Montreal é uma cidade secular de estilo europeia na América do Norte. É uma cidade histórica, portuária, multicultural, inclusiva e uma das mais turísticas do Canadá. É a segunda cidade mais populosa do Canadá e a maior da província canadense de Quebec, com 3,2 milhões de habitantes.
 
É visível para os moradores e os turistas que o transporte público é de excelente qualidade. E o Metrô de Montreal tem 4 linhas (Linha Verde, Linha Laranja, Linha Amarela e Linha Azul), com 68 estações, com 69,2 km de extensão e fundado em 14 de outubro de 1966.
 
E Montreal é a cidade que tem maior número de restaurantes per capita da América do Norte e a comida mais típica é o poutine. É preciso destacar que RÉSO é a segunda maior cidade subterrânea do mundo, com mais de 32 km no subsolo, atrás apenas de Toronto, com PATH, com mais de 37 km de extensão.
 
Segundo o site Fauna News (2022), “A existência da humanidade depende de ter ar puro, alimentos e um clima habitável, todos eles regulados pelo mundo natural. Um planeta saudável é também um precursor de economias resilientes. Mais da metade do PIB global, o equivalente a 41,7 trilhões de dólares, depende de ecossistemas saudáveis”. E os desafios da COP15 para manter o aquecimento global em 1,5°C está intimanente ligada a conservação da biodiversidade nas florestas, pântanos, oceanos, lagos, rios e mares. E cerca de um milhão de espécies estão em perigo de extinção no planeta Terra.
 
A perda da biodiversidade mundial tem um alto custo para a economia global, porque os agentes econômicos estão explorando os recursos naturais escassos além dos limites permitidos pela natureza. É preciso urgente criar unidades de conservação, evitar o desmatamento e, sobretudo, investir mais em Educação Ambiental.
 
De acordo com o site BBC News (2022), “A biodiversidade é a soma de todos os seres vivos do planeta e a maneira como eles estão conectados em uma complexa teia de vida da qual dependemos para alimentação, ar puro e água”. Desde a década de 1980 existe o conceito de biodiversidade que defende a necessidade da humanidade de sobreviver com água, solo, ar, plantas, animais e alimentos.
 
“O Brasil é o país com maior diversidade biológica mundial, hospedando entre 15 e 20% da biodiversidade do planeta”, de acordo com o Centro Brasil no Clima (CBC). E o Brasil precisa proteger mais os botos-cor-de-rosa, os micos-leões-dourados, as araras-azuis, as onças-pintadas e as capivaras.
 
Conforme o site do Ministério do Meio Ambiente (2022), “O Brasil ocupa quase metade da América do Sul e é o país com a maior biodiversidade do mundo. São mais de 116.000 espécies de animais e mais de 46.000 espécies de vegetais conhecidas no País, espalhadas pelos seis biomas terrestres e três grandes ecossistemas marinhos”. É fundamental preservar a biodiversidade na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa.
 
Para o site do United Nations Environment Programme (UNEP), a natureza é fundamental para cumprir os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030 e limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius. Os ODS números 14 e 15 são os mais ligados a COP15 em Montreal. E o ODS 14 é Vida na Água, cuja meta é conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares, e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. Já o ODS 15 é Vida Terreste, cuja meta é proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da Terra e deter a perda da biodiversidade (ESTRATÉGIA ODS, 2022).
 
Para a CEO da The Nature Conservancy (2022), Jennifer Morris, “As pessoas dependem da natureza para a sobrevivência e a natureza depende de nós. A The Nature Conservancy une-se a seus aliados de todo o mundo para pedir à presidência chinesa da COP15 que assegure um resultado da CDB-COP15, que detenha a crise de biodiversidade e coloque a natureza no caminho da recuperação”.

Um dos principais pontos turísticos da sede da COP15 é a Biosphère de Montréal, um museu localizado na Ilha de Santa Helena e dedicado ao meio ambiente, que diariamente conscientiza sobre as relevantes questões ambientais de hoje para os atuais 8,0 bilhões de habitantes, como também, de amanhã para os futuros 8,512 bilhões de pessoas em 2030 e os 9,687 bilhões de habitantes em 2050, segundo o relatório World Population Prospects 2022, do Departamento de Economia e Assuntos Sociais da Organização das Nações Unidas (ONU).
 
Em suma, é urgente proteger as espécies da flora e da fauna no Brasil (exemplo, os tatus-bolas), no Canadá (exemplo, os esquilos), na China (exemplo, os pandas), na Austrália (exemplo, os coalas) e no mundo (exemplo, as baleias). E o Brasil possui a maior biodiversidade do planeta e abriga 9% da fauna mundial (PENSAMENTO VERDE, 2022) e 20% da flora global, além de possuir a Amazônia Verde (5,5 milhões de km²) e a Amazônia Azul (3,5 milhões de km²).

Logo, é hora de estudar mais a Economia Verde e a Economia Azul, agir voluntariamente para proteger a biodiversidade global, para garantir um futuro melhor para as atuais e futuras gerações.